domingo, 22 de abril de 2012

Itália




Dados Principais

Área: 301.302 km²
Capital: Roma
População: 60,74 milhões de habitantes (2011)
Moeda: Euro
Nome Oficial: 
República Italiana (Repubblica Italiana)
Nacionalidade: italiana
Data Nacional: 25 de abril (Dia da Libertação). 

Geografia da Itália

Localização: sul da Europa.
Fuso Horário:  +4h em relação à Brasília
Clima: mediterrâneo (Sul), temperado oceânico (Norte)
Cidades (Principais):Roma, Milão, Nápoles, Turim, Palermo, Gênova, Veneza, Florença , Verona, Bolonha, Cagliari , Bari, Parma,Udine,  Módena , Livorno
Composição da população: italianos 97,7%, outros 2,3% (censo de 1996).
Idioma: italiano (oficial), dialetos italianos, alemão, rético, francês, grego, albanês, sardo.
Religião: cristianismo 83,2% (católicos), sem filiação e outras 16,8%.

Capital da Itália - Roma

Distritos centrais de Roma

Centro Moderno
Onde ficam muitos hotéis, bem como muitas lojas e restaurantes ao longo daVia Veneto; aqui ficam as áreas de Quirinale, a Fontana de Trevi, Barberini, Castro Pretorio, e Repubblica.
Roma Velha
O centro da cidade nos períodos medieval e Renascimento, com praças bonitas, catedrais, o Panteão, e muitos restaurantes tranquilos; inclui os bairros de Navona, Campo de' Fiori e o bairro judeu.
Vaticano
A cidade-estado papal e os bairros italianos ao seu redor.
Colosseo
O coração de Roma Antiga: o Coliseu, o Fórum Romano, o Fórum de Augusto, o Fórum e os Mercados de Trajano, o Monte Capitolino e seus museus.
Centro Norte
Localizado na parte norte de Roma, onde ficam a Villa Borghese, a Piazza di Spagna, e os bairros elegantes de Parioli e Salario.
Trastevere
Famoso bairro boêmio, a sul do Vaticano e do outro lado do Tibre, com ruas estreitas de calçamento de pedra e praças pitorescas que inspiraram artistas como Giorgio de Chirico. Considerado o atual centro da vida artística da cidade.
Aventino-Testaccio
Bairros de Roma menos frequentados, com muitas surpresas para viajantes interessados, bem como gastronomia verdadeiramente incrível.
Esquilino-San Giovanni
Ao sul do Termini, com um mercado, a Piazza Vittorio Emanuele e a Basílica de São João de Latrão.
Nomentano
Municipio III, os bairros "atrás" da estação de trem. Noite vibrante em San Lorenzo.


A basílica de Santa Maria Maggiore, é a igreja mais importante de Roma dedicada à Virgem Maria e é também  a mais bem preservada.

Uma viagem a Roma cristã certamente nos leva à descoberta da Basílica de São Clemente.

Com a morte de Vittorio Emanuele II, em 1878, decidiu-se erguer um monumento para celebrar o Pai da Nação e com ele toda a temporada Ressurgimento.

Dois mil anos de idade, mas o Coliseu é ainda o símbolo da cidade eterna, atraindo milhares de visitantes todos os anos, isso significa longas filas intermináveis ​​e espera.
Para superar esse problema, você pode comprar bilhetes com antecedência através do centro turístico de contato 060608 ou no site www.pierreci.it.

Localizado no centro da Piazza Navona, a Fonte dos Rios é uma obra de Gian Lorenzo Bernini (1598 - 1680).
As quatro figuras humanas que emergem de uma paisagem de rochas e cavernas simbolizam os grandes rios dos quatro continentes conhecidos na época, o Nilo, o Ganges, o Danúbio eo Rio de la Plata.

Pirâmide de Cestius.

Não perca um passeio a Villa Torlonia, cerca de dois quilômetros da Porta Pia. Comprado em 1797 por Giovanni Torlonia e, posteriormente, transformado em um monumento (a restauração foi confiada ao arquitecto Valadier).

Mercado Esquilino. Um sabor do mundo no coração do Esquilino, o bairro multi-étnico de Roma.
Cruzamento de línguas, culturas e alimentos. Produtos tipicamente italianos, como alcachofras, azeitonas, chicória e produtos exóticos dificilmente fáceis de encontrar em outras partes da cidade. Na confusão de línguas estrangeiras e na mistura de cheiros e cores que caracterizam este mercado, não faltam para a escolha cardumes de peixe, carne, pão, frutas, legumes e especiarias de todos os cantos do mundo.
O mercado tem outros setores, dedicados ao vestuário, têxteis, bolsas e sapatos, etc. 

Mais informações

Para mais informações, disponibilizo site de turismo em Roma. Nesse site tem muito mais sobre pontos turísticos, além de conter informações sobre festas regionais, itinerários de trens e ônibus, mapas e diversas fotos. O site é em italiano, mas com um pequeno esforço e ajuda de algum meio tradutor da pra entender um pouco.









sábado, 21 de abril de 2012

Novidade!

Para dar um toque mais jovem ao nosso blog criamos uma playlist com músicas de artistas da Europa. Temos músicas da banda de rock irlandesa U2, formada em Dublin, da banda de rock inglesa The Rolling Stones, formada no Reino Unido e da banda de rock Franz Ferdinand formada em Glasgow, Escócia. Curtam as músicas enquanto viajam com a gente sem rumo! 

Bélgica


Dados Principais

Área: 30.528 km2
Capital: Bruxelas
População: 10,82 milhões (estimativa janeiro de 2010)
Moeda:  Euro
Nome Oficial
:  Reino da Bélgica
Nacionalidade: belga
Data Nacional: 21 de julho (Dia da Pátria)
Governo: Monarquia parlamentarista

Geografia da Bélgica

Localização: oeste da Europa
Cidade Principais: Bruxelas, Antuérpia, Gent, Charleroi e Liège.
Densidade Demográfica:  354 hab./km2
Fuso Horário: + 4h
Clima: temperado


Dados culturais e sociais

População: flamengos 55%, valões 33%, europeus meridionais 12%
Idioma: francês e flamengo (oficiais), alemão.
Religiãocristianismo 90,4% (católicos 90%, protestantes 0,4%), islamismo 1,1%, sem filiação e ateísmo 7,5%, outras 1%. 

Bruges


Bruges é uma cidadezinha com pouco mais de 110 mil habitantes, com aspecto de vila medieval, que, no entanto, é a principal cidade turística da Bélgica. Carrega a fama de cidade medieval de modo muito merecido, os edifícios de tijolinhos à vista, as ruas estreitas, canais cortando a cidade, tudo traz um clima muito característico e realmente remete aos tempos de meados do século XIII. É interessante ver que os lugares tem um ar super antigo mas abriga lojinhas bastante atuais, bons restaurantes, pubs e, é claro, chocolaterias. O centro histórico tem um formato quase redondo e é limitado por um riacho ou canal, que acredito ser artificial. A cada tanto, uma ponte a liga com o lado "de fora", passando por um lugar onde antigamente havia uma porta de acesso á cidade.
É possível caminhar a pé por toda extensão da parte de interesse turístico. Tudo é muito bonito por lá. Como se não bastasse, há vários canais de água menores cortando a cidade, fazendo com que também seja conhecida como mais uma das "Venezas do Norte" de que a Europa está cheia. 
Não há grandes atrações turísticas em si, isoladamente consideradas. A cidade inteira, no seu conjunto, é que é interessante.
A cidade é conhecida também por ter um clima "romântico", principalmente em razão dos canais e dos parques que possui em vários pontos. Para outros, também tem fama de ser um bom lugar para experimentar mais de 300 marcas da cerveja que talvez seja uma das melhores do mundo - a belga (ou será a alemã? ou será a tcheca?)

Uma das igrejas mais famosas do lugar, a Igreja de Nossa Senhora. Lá dentro, está uma das obras primas de Michelangelo: a Madonna e a Criança.

Outra das igrejas famosas é a Basílica do Sangue Sagrado. Diz-se que o sangue guardado num relicário mantido dentro desse templo transforma-se em uma substância sólida para depois, sem causa aparente, voltar a ser líquido.


Chocolateria

Praça central da cidade, conhecida simplesmente como "Markt", ou mercado.

Prefeitura da cidade.

Torre do Belfort, o ponto mais alto da cidade.

Vista da cidade

Capital da Bélgica - Bruxelas

Praça central da cidade. É considerada uma das mais bonitas do mundo.


O famoso Manneken Pis, ou simplesmente "Menino Mijando", que é meio que o símbolo da cidade.

Parque onde fica uma das imagens mais conhecidas de Bruxelas: o Atomium. Construído para uma daquelas exposições mundiais, ainda na década de 50, o que era para ser provisório acabou sendo permanente (sim, como aconteceu com a Torre Eiffel). A curiosa estrutura abriga um museuzinho dentro de cada esfera, que é ligada uma à outra por escadas rolantes.

Prédios da União Européia. O prédio, todo ondulado, é cheio de bandeirinhas azuis estreladas.

Parque do Cinquentenário.



Museu da cerveja.



Delícias no Museu do Chocolate. 



Mini-Europa, com miniaturas de várias cidades.





sexta-feira, 20 de abril de 2012

Grécia


Dados Principais

Área:131.957 km²
Capital: Atenas
População: 11,30 milhões (estimativa 2010)
Moeda: Euro
Nome Oficial:  República Helênica ( Hellenike Demokratía ).
Nacionalidade: grega
Data Nacional:  25 de março (Independência). 

Geografia da Grécia

Localização: sudeste da Europa
Fuso Horário: + 5 horas em relação à Brasília
Clima:
 mediterrâneo
Cidades (Principais): 
Atenas, Salônica, Pireu, Patras, Héraclion.
Composição da população: 
gregos 98%, outros 2%  (censo de 1996).
Idioma: grego (oficial )
Religião: cristianismo (92,9%) , outras (4,7%), sem religião e ateísmo (2,4%).

Capital da Grécia - Atenas

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Lá você vai encontrar muitos bares que servem cervejas belgas e gregas. 


Adrianou é a rua mais charmosa de Atenas, cheia de restaurantes e turistas. Lá também tem pontos turísticos legais para se conhecer, como a Acrópole, cuja entrada custa 12 euros. Abaixo alguns vídeos do local.


                                                            Início da subida.


 
Entrada da Acrópole, onde os templos mais importantes da  cidade estão localizados. 




Templo de Hefesto

                                              Teatro de Dionísio, construído em 600 AC. 


                                                           Prisão de Sócrates. 

É uma sensação muito interessante você estar em uma construção que tem mais de 2500 anos. Tentar imaginar como era na época, como viviam as pessoas que passavam por ali diariamente. 

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O bairro mais turístico de Atenas é Parka. Abaixo um vídeo para você conhecê-lo.


A vida noturna em Parka é agitada, e dependendo do mês que você for pode encontrar eventos regionais acontecendo, como por exemplo um festival de música popular grega, como o mostrado no vídeo abaixo.


Um prato típico grego que você não deve deixar de provar é a Moussaka, que lembra uma lasanha.

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Espero que tenham gostado da nossa "viagem" por Atenas! Aproveitem!

A mochila ideal


Antes de se empolgar com aquele modelo bonitão pense que a mochila ideal é aquela que se encaixará às suas atividades durante a viagem e à sua estrutura física.
Atente que as mochilas para longos percursos e períodos, ao autêntico estilo "mochilão", são desenvolvidas para transportar "carga" (chamadas de mochilas cargueiras).
Numa viagem mais prolongada e quase sempre sem grandes comodidades (como ônibus na porta), a escolha da mochila é um tanto "elaborada" - o que faz parte do prazer de viajar de maneira independente! Conforto, resistência e praticidade são as pedidas na hora de desembolsar seus preciosos reais!

Fique atento:


A mochila cargueira geralmente tem armações internas e ou externas (de alumínio, por exemplo), ombreiras (alças semi-rígidas/acolchoadas), barrigueira (que envolve o abdômen) e o corpo (de nylon e/ou outros materiais).

Armações internas dão maior sustentação à mochila; já as externas podem enroscar em galhos de árvores numa trilha, por exemplo.

Ombreiras muito estreitas podem "cortar" seus ombros; as muito largas podem machucar suas axilas.

Além de não serem lá tão baratas, se esses detalhes passarem despercebidos podem lhe dar dores de cabeça futuras, por isso a importância de pesquisar bastante e optar por bons fabricantes na hora da compra. Eles usam critérios ergonômicos e as mais avançadas tecnologias nos tecidos e outros materiais empregados na confecção.

Tamanho


Quando falamos em tamanho de mochila, logo nos vem à mente: para que a usarei e por quanto tempo? Correto, mas há ainda que se levar em conta que a "companheira" deve ser compatível com seu dorso (ligação do pescoço à bacia).

Além disso, preste muita atenção aos ajustes das ombreiras. Caso as alças estejam longas demais, a mochila acabará puxando seu corpo para trás, sobrecarregando seus ombros. Para as mulheres então, mais sufoco: a mochila começa a pular sobre o quadril das de bumbum mais "avantajado"! Já as alças curtas podem render uma bela dor na parte superior das costas.
O tamanho ideal é aquele que não causa desconforto para ombros e coluna.
O tamanho da mochila é determinado pela sua capacidade em litros. As de até 40 litros podem ser consideradas pequenas, de 45 a 60 médias e as grandes ou cargueiras suportam 90 litros ou mais.

Hoje há interessantes modelos expansíveis, ou seja, uma mochila de 50 litros + 15 litros (totalizando 65 litros se esticar o "pescoço" dela) por exemplo. Existem também as com frente destacável que podem funcionar como boa mochila de ataque (pequena, para trilhas de curta duração) enquanto sua mochilona "repousa" no locker do albergue.


Detalhes também ajudam no "rendimento" da mochila: bolsos laterais e internos, zíperes nas partes inferiores e superiores são interessantes para separar a bagagem e manter alguns itens sempre à mão.

Pra não errar: Com a mochila nas costas (cheia de preferência), observe se ela é mais baixa que sua cabeça, mais estreita que seus ombros e se forma um perfil achatado! Se sim, você terá grandes chances de ficar contente com ela.

Antes de comprar, vista a mochila e se possível coloque alguns itens dentro da mesma, faça os ajustes necessários, dê uma voltinha pela loja e "sinta" antes, o que levará para casa. Se comprá-la pela internet, verifique todo o tipo de informação sobre o modelo que escolheu e peça dicas a outros viajantes!

Arrumação: compartimentos e como distribuir o peso na mochila


Seja pra onde for e quanto tempo ficará lá, não leve a "casa nas costas"; pra isso é melhor alugar um motor-home! Leve somente o necessário.

Para leves e curtas caminhadas pense basicamente na mochila de baixo para cima:
1 - saco de dormir
2 - material leve
3 - e rente às costas o material mais pesado.

Para grandes cargas pense em: 
1 - materiais pesados
2 - saco de dormir
3 - (não necessariamente rente às costas) o material mais leve.

Atente para não levar objetos pontiagudos desprotegidos em qualquer um dos casos. Vale ressaltar que estas são apenas dicas e que cada um certamente encontra uma maneira muito peculiar de fazer com que a mochila fique confortável. Deixe a sua dica em: www.mochileiros.com

Penduricalhos extras


As presilhas externas da mochila servem para que você pendure lanterna, panela, isolante térmico, barraca etc. Tem muita gente que não gosta de ficar parecido com uma árvore de natal e tenta ao máximo acomodar tudo dentro da mochila. Além da aparência, em uma área externa livre isso pode evitar que se enganche em galhos de árvore ou até mesmo derrube aquele "spot" da banca de jornal da rodoviária! Se for inevitável, experimente colocar algum item na vertical e não na horizontal.
Abuse dos bolsos para colocar as coisas que quer sempre à mão: cantil, canivete, câmera fotográfica (dependendo do tamanho), capa de chuva, aquele lanchinho etc.

Acomodando as roupas



Há os que prefiram fazer um "rocambole" das peças, outros enfatizam que dobrar é a melhor opção. Faça um teste com ambas. 
Também é recomendado embalar em sacos plásticos as peças que levar. Mesmo feita de um bom material a mochila pode molhar e lá se vai a esperança de uma roupa limpinha e sequinha! Ah, depois, os sacos acabam servindo para embalar a roupa suja até que você meta a mão na massa e encare a fila do tanque ou leve-a à lavanderia mais próxima.
Roupas leves e de tecidos que não amassem são pedidas tanto para lugares frios como quentes. Uma roupa pesada não necessariamente é quente, assim como uma leve não necessariamente é fresquinha (atente para os tecidos e tecnologia empregada).


Checklist


O bom equilíbrio da mochila é fundamental para o conforto e desempenho do usuário.
Evite carregar embalagens pesadas de vidro, quadradas, pontiagudas ou muito rígidas.
Não esqueça de levar (sugestão):

- Sacos plásticos
- Kit primeiro socorros (com os paliativos básicos que costuma utilizar em casa)
- Cantil
- Capa de chuva e capa impermeável para mochila (há boas opções no mercado)
- Canivete multifuncional ou faca comum, abridor de lata/garrafa, tesoura e alicate
- Lanterna de mão e ou cabeça
- Pilhas
- Óculos de sol
- Boné ou chapéu
- Protetor solar (pele e lábio)
- Produtos de higiene pessoal ( escova de dentes, creme e fio dentais, pente, escova, desodorante, sabonete, shampoo e condicionador, ou dois em um, cortador de unhas, barbeador/depilador etc)
- Fósforo ou isqueiro
- Varal
- Purificador de água (Ex. Hidrosteril)
- Ipod ou MP3 player
- Equipamentos para captura de imagem (máquina fotográfica, filmadora, celular com câmera etc)
- Binóculos
- Toalhas de banho
- Saco de dormir
- Isolante térmico
- Bolsa protetora para mochila (tipo uma rede protetora, muito útil para transportar a mochila nas esteiras de aeroportos ou em tetos de ônibus "capengas" mundo a fora!)
- Cadeado
- Roupas e calçados apropriados para o que fará e onde fará. Atenção aos calçados, eles devem estar já amaciados. Ah e meias extras!
- Barraca e utensílios para camping (panela, fogareiro, prato etc),caso tenha intenção de acampar.
- Documentos pessoais (vistos, passaporte, comprovantes de vacina, bilhetes de transporte e ou reserva de albergues/hotéis caso os tenha).
- Informação! Muita informação!




Conforto, resistência e praticidade são as pedidas ideais na hora da escolha.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Relatos de viagens

Relato - Londres


Esse relato foi escrito por Daniel.


Saudações mochileiros! Minha primeira eurotrip (1ª internacional tb) acabou em nove de julho e estou de volta para comentar um pouco do que foi esta experiência fantástica e principalmente, me dispor e colaborar de todas as formas possíveis com os que pretendem visitar a Europa. Devo muito, muito, muito dessa viagem a vocês, sejam pelas dicas ou pelos valiosos estímulos que recebi. Não quero decepcionar, rs, mas este relato será conciso para não cansá-los, minha organização não permitiu saber quando gastei ou exatamente o que fiz em cada dia ;) mas focarei no que penso ser a dúvida da maioria e estarei muito feliz em responder tantas quantas perguntas forem feitas.

Todos os meus gastos com transporte entre cidades, Brasil-Europa-Brasil e as minhas previsões de gastos estão disponíveis em minha planilha na seção “roteiros de viagem” (1-vez-na-euro-londres-paris-amsterda-bruxelas-berlim-praga-barcelona-madri-londres-33-dias-t53059.html). Passei 34 noites na Europa ao longo de 8 cidades e 7 países, entre 6 de julho e 9 de agosto de 2011.

O que mais me marcou nessa viagem não foram as estátuas, museus, castelos ou baladas mas a descoberta de uma cultura bem diferente da minha, algumas cenas do cotidiano, as pessoas inesquecíveis que encontrei, os grandes amigos de mesa de bar e de albergue que ganhei, rs. Me fascinou quantas pessoas legais encontrei de todo o mundo nos albergues, no metrô, nas ruas..., conversei, bebi junto, virei melhor amigo, fiz planos, troquei telefone e no dia seguinte, na hora da ressaca, vem a sensação realista que muito provavemente nunca mais vai vê-la(o), pois a pessoa ou você já fez o check-out, hehe. Nessa viagem me apaixonei pelo idioma inglês que nunca dei bola antes, foi surreal para mim o fato de um russo, uma canadense, um brasileiro, uma tcheca, um vietnamita e um filipino poderem sentar numa mesma roda e trocar ideias através desse vínculo universal que é o inglês, me prometi aprender inglês de verdade, rs.

 

Ida e Volta
 
Fui de Iberia, tinha ouvido falar mal dessa empresa, mas ela ainda assim conseguiu me surpreender negativamente, rs, as comissárias são muito agressivas, comida ruim, cadeiras brutalmente apertadas, nenhuma TV, etc, mas no vôo de volta fui escolhido aleatoriamente para ir na classe Bussiness e foi animal, nunca tive tantos luxos, voltei praticamente deitado numa cadeira-cama que fazia até massagem, comi e bebi tudo do bom e melhor, ou seja, adoro a Iberia, hehehe. De qualquer forma, o que são 7h da sua vida para economizar? Vá na mais empresa mais barata.

Imigração em Londres
 
Muito tranquila, desencane, se você tem seus comprovantes de reservas direitinho, comprovante de R$, cartão, etc, tudo vai dá certo. Aqui vale os lembretes de: não minta, não aumente, se tiver em grupo lembre seus colegas para não mentirem, não desencontre as histórias. Torça para a fila da imigração está grande, assim diminui suas chances de te enxerem de perguntas... quanto a ser mandado de volta, é impossível se você não fizer um mini-curso de: "como ser deportado da europa".

Gastos

Além dos albergues e transportes entre as cidades, gastei 53 euros por dia, um valor para mim absurdamente alto, mas vou tranquilizá-los. Bebi 33 dias consecutivos, dentre eles tiveram 3 ou 4 madrugadas que me empolguei e extrapolei, a média já baixaria para 42 euros/dia sem essas 4 noites. Além de bebida todos os dias em pubs, boates, quarto ou bar de albergue e supermercados, eu comi bastante e uma vez por dia era em restaurante local que é meio caro, fazia três grandes refeições além do café da manhã do albergue, rs, alguns dias cheguei a gastar 55 euros só com comida, em outros dias 12 euros, em suma quero passar que na Europa comida e bebida são muito baratos se você der todo dia uma passadinha no supermercado e fizer compras, se aproveitar o happy hour do albergue quando é metade do preço e se beber bastante no hostel antes de ir para alguma balada. Quando quiser comer algo típico, fuja das avenidas principais e adentre um pouco nas ruas paralelas, fugindo da muvuca turística onde as comidas são mais ruins e muito mais caras. Acho que eu teria passado muito bem com 30, 35 ou 40 euros/dia, mas administrei meus gastos me baseando no que eu tinha disponível.
Usei o VTM, praticamente todos os ATM’s da Europa são “free”, ou seja, você paga apenas os 2,50 por saque, sem taxas extras. Mas quem prefere usar cartão de crédito para comprar tudo, também recomendo, fica até um pouquinho mais barato na maioria das vezes, a maior desvantagem é que você pode se perder nos gastos, se não for seu caso, pode contar com ele. Eu preferi VTM para não voltar com despesas pós-viagem. 

Londres – Onde tudo funciona... (7 dias)

Acho que eu comecei pela cidade certa, foi o meu maior choque cultural e uma das melhores semanas da minha vida, tudo era novidade e uma grande atração para o filho do ex-vendedor de picolé e da ex-catadora de algodão do interior do Piauí. Às vezes me sentia um pouco culpado por meus avós, tios e pais não terem tido oportunidade semelhante na vida no momento oportuno a eles =/ mas voltando ao que vos interessa, que é o relato ^^ Me impressionaram a pontualidade, o respeito às regras, o pragmatismo, em Londres uma palavra que não consta no dicionário é “contratempo”.
Minha estada foi longa, mas como dizem: “quem se cansa de Londres está cansado da vida...”, mas ainda assim, eu diria que 5 dias completos é o ideal para essa gigante cidade.

Fiquei no Central Hostel, muito simples e barato (14 pounds a diária), nada de luxo, mas os banheiros são limpos e a cama também, é muito bem localizado perto de mc donalds, burguer king e subway 24h, pertinho da estação de Bayswater, para mim isso é 99%, não me arrependi desse apesar de ter ficado em albergues bem mais sofisticados no restante da trip.

Comprei o passe livre de 7 dia do metrô/bus para as zonas 1 e 2, se você for passar 4 dias em Londres compre esse que vale a pena, se for passar 3 dias ou menos, compre todo dia antes de pegar o metrô o ticket de 1 dia livre para zonas 1 e 2. É muito simples comprar naquelas máquinas.


Aqui eu já ratifiquei a grande importância do “Guia Criativo do Viajante Independente na Europa”, fantástico. Em Londres fui a praticamente todos os pontos turísticos nesses sete dias, postarei as fotos de alguns deles.

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London Eye: A mais fantástica visão de Londres, é muito bonito mas infelizmente parece passar meio rápido, rs. Um ótimo ponto de partida para começar a descobrir Londres, aqui pertinho estão dezenas de pontos turísticos para conhecer a pé, após a London Eyes, siga o imponente Big Ben que não irá se perder.
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Se tiver um sábado em Londres, não deixe de ir ao Portobello Market, é uma caminhada divertida, muitos artistas locais cantando, fazendo estripulias, rs, muitas velharias, muambas e comidas também.
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Se estiver em Londres no domingo, é o melhor dia, se não, mesmo assim não deixe de conhecer o mercado de Camden Town, muita gente, realmente ferve, semelhante ao Portobello mas com bem mais opções de comidas baratas, é uma boa opção para quem está com saudades de comer um arroz: gostosa comida chinesa suficiente para enxer um jegue por 5 euros, acompanha refrigerante lata.
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Comprei um combo: london eye, museu de cera e aquario, todos são legais e divertidos, o aquario nem tanto, mas apesar de divertido nenhum é imperdível, não se sinta mal se tiver sem grana para curtí-los. Se tiver certeza que pretende ir, vale a pena comprar antecipado, além de um mini-desconto, você economiza um tempo valioso. Abaixo eu e David Beckham, como sempre, procuro dá atenção especial a tudo que envolve futebol.
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Numa bela manhã de domingo fui ao Palácio de Buckinghan assistir à troca da guarda, confiante que eles atrasariam uns 10 minutos esperando por mim, como o desfile de sete de setembro, kkk. É realmente uma muvuca, milhares de pessoas duelando por um espacinho junto a grade e outros milhares vendo a distância, é bonito e apesar de solene, divertido também, mas ou você chega 3 horas antes ou pode chegar na hora, porque chegar 30 ou 60 min antes não fará diferença alguma.
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Foto tirada no não muito emocionante aquário:
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Londres e seus museus. Os mais conhecidos são o British Museum, Museu de História Natural, Museu de Ciência e o excelente menos conhecido Imperial War Museum. Não fui ao British, só aos outros três já que me pareceu ser menos interessante. O museu de história é muito divertido e interativo, mas não perda tempo vendo rochas nas primeiras seções pois ele é gigante e você precisa de paciência para curtir a parte mais interessante. O Science Museum também é interessante, mas é mais focado para a informação. Para mim o Imperial War Museum foi o melhor de todos, a história de praticamente todas as guerras contadas com equipamentos, tanques, roupas, munições, etc, se não tem muita paciência para museu, já entre lá e pergunte: "Onde fica a seção do holocausto?" Fica no último andar e é fascinante, pode inclusive emocionar, é a mais extensa seção mas te deixa ligado, imperdível. Foto da frente do museu.
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Tower of London e London Bridge. Ficam um ao lado do outro, mas esse segundo é só uma ponte, não vale a pena pagar para subir no mini-mirante da ponte, pois além de baixinha não tem nada de muito interessante, basta que você aprecie a linda ponte. Quanto a Tower of London, foi meio cara, cerca de 15 euros, mas para mim valeu muito a pena, se você é um apreciador de jóias, história, da tradicional coroa britânica, não deixe de entrar e lá dentro após rodar bastante pela mini-cidade medieval, procure a seção da Coroa, onde tem a maior fila, é muito legal, você vai ver a história da coroa, todos os brasões, as jóias e coroas de toda a história da inglaterra, os cajados, presentes reais, etc, ou seja, muito ouro e diamante, bem como alguns filminhos sobre a posse da rainha Liza (para os não íntimos: Elizabeth), princesa Diana, etc
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Hyde Park. Este é realmente imperdível, um programa bem londrino para você fazer seja no almoço ou no fim do dia. O Hyde Park é gigante e as pessoas se agrupam por afinidade: os jogadores de futebol, rugby, muçulmanos, indianos,etc, é muito bom passar um tempo de bobeira, caminhar e sentar feito besta olhando pro povo se divertir, aqui é imprescindível que você alugue uma bike, recomendo muito, bem na frente da estação do hyde park aluga-se por 2 euros a hora e 1 euro a hora adicional, vale muito a pena pois o park é imendo, você dá uma pedalada boa e quando mudar de cenário para, aí segue. Tirei essa foto às 21h enquanto pedalava, à direita um grupo misto (H e M) jogando futebol.
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St. Paul Cathedral. É o maior templo de Londres, pois penso que lá não tem a Igreja Universal de Edir Macedo. É muito bonito mas não pode tirar fotos do interior, é meio caro também, uns 14 euros, mas curti. Se você tem um bom preparo físico e não tem claustrofobia pode subir os mais de 530 degraus da catedral e ter acesso a uma bonita vista, é uma epopéia para subir, corredores estreitos, pessoas impedindo o trânsito porque não conseguem terminar a subida, rs, quanto a descida... todo santo ajuda, imagine dentro da Igreja ;)
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Relatos de viagens

Relato - Lisboa, cidades italianas, Vale do Loire e Estrasburgo

Esse relato foi escrito por Marcos

1 - Planejamento

Como disse, foram seis meses de pesquisa e considero esta fase indispensável. Fiz uma curta viagem pela América do Sul no meio do ano e não tivemos tempo para planejamento. A consequência disso é que tivemos um bocado de perrengues. Já na nossa viagem de lua de mel não poderia haver espaço para muitos aborrecimentos, afinal, o foco é ter uma experiência que deixe saudades. E posso dizer que tudo deu certo, tivemos um aborrecimento que relatarei mais a frente e conseguimos cumprir uns 80 % do planejado.

Ficou corrido (e muitos aqui avisaram que ficaria), mas eu precisava passar pela experiência para saber. E não me arrependo. Na primeira viagem intercontinental você não conhece ainda seu perfil de viajante, então fica difícil saber exatamente como distribuir o roteiro. Uma pergunta muito comum aqui é "quantos dias no lugar x". Pra responder a isso você precisa responder a diversas outras perguntas. Então nossa estratégia foi ficar um número mínimo de dias em cada cidade, que chamarei de "base" e procurar conhecer os arredores. Este número mínimo foi de 3 dias, com algumas exceções. Fizemos bastantes daytrips e houve muitos deslocamentos, mas uns 90 % deles de trem, tentando evitar o estresse de chegar muito cedo para check-in e demorar para pegar bagagem.

Digo que não me arrependo de ser tão corrido porque se você passou rapidamente por um lugar legal e não o aproveitou, sempre poderá voltar. Mas ruim mesmo é você ficar vários dias num lugar não tão legal, desperdiçando tempo valioso de viagem e não ter alternativas. Foi o caso de Roma, 3 dias teriam sido suficientes (foram 3, mas apenas 2 deles completos, depois explico).

O perfil de nossa viagem não foi mochilão, mas também não foi luxuosa. Diria que foi uma "mochilinha", mesmo porque eu literalmente carreguei uma nas costas a viagem inteira. Procuramos sempre quartos duplos, com banheiro privado, tendo por foco boa localização (segura, próxima de metrôs, restaurantes e supermercados), limpos e com preços razoavelmente acessíveis. Organizava os hoteis por nota de usuário e os filtrava por faixa de preço, sempre abaixo dos 100 euros diários.

Mudamos o roteiro inúmeras vezes, pois conforme você vai pesquisando, descobre que outros lugares te seduzem mais e outros não mais parecem ser tão prioritários. Um grande erro que tivemos foi reservar logo a passagem com 6 meses de antecedência. Isso aconteceu porque ficamos com medo do preço disparar, ainda mais porque o euro estava barato na época. Mas por outro lado perdemos não só várias oportunidades de promoção, como a flexibilidade de poder mudar datas e lugares. O mesmo aconteceu com alguns hoteis, reservamos e ficamos engessados. Mas como tudo há prós e contras, tivemos a conveniência de contar com algumas verdadeiras pechinchas. O segredo de reservar hotel é pegar aqueles com cancelamento grátis, especialmente se você reserva pelo site Booking, que foi o nosso caso.

Reservamos com antecedência todos os deslocamentos entre cidades. Creio que isto seja essencial para quem quer economizar, pois na maioria das vezes há descontos enormes. Na Itália cheguei a viajar por 22 euros na tarifa "mini" o trecho Nápoles-Florença, ao passo que um sujeito do meu lado estava com o bilhete "Nápoles-Roma", ou seja, mais curto, por 90 euros ! Não sei a que se deve esta diferença, pois a mini supostamente seria no máximo 60 % mais barata, mas veja como a economia foi grande. Na França, da mesma forma, você economiza reservando antes. Mas o pulo do gato é entrar no site em francês. Pois os malandros não deixam você comprar com antecedência no site em inglês.

Falando em línguas, aproveitei que tenho gosto por aprender línguas novas e resolvi aprender italiano e francês por conta própria.
Considero o aprendizado de línguas algo que não é indispensável, mas muito importante. Muita gente fala que você se vira só com o inglês e isso é parcialmente verdade. De fato, muitos falam inglês. Mas nem todos falam bem o suficiente. Nem todos sabem falar ao menos o mínimo. E o principal, nem todos querem falar. Você está visitando a casa dos outros, não pode esperar os outros se adaptem a você. Por muitas vezes estivemos em situações específicas que ou você falava a língua local ou teria que perder tempo caçando alguém que fale inglês. E esse tempo perdido pode ser a diferença entre pegar aquele trem que você quer, ou visitar a atração que você gostaria. Por fim, o tratamento é outro quando as pessoas te vêem se esforçando para falar a língua deles. Muito se fala aqui da antipatia dos franceses, mas foram raras as vezes em que tivemos problemas com isso. A maioria foi simpática e prestativa. E olha que meu francês é bem basicão, não tive tempo de aprender a me comunicar direito.


Voltando a falar do planejamento, evitamos inúmeros problemas com isso e principalmente, economizamos tempo e dinheiro. Mas nem tudo são flores. É preciso tomar cuidado com o extremo oposto, o "overplanning". Você querer colocar data e hora pra tudo e se obrigar a seguir. A ideia de se planejar é te dar opções que talvez você não saberia que existem na hora, não restringí-las. Creio que o roteiro ideal seja o aberto à flexibilidade, mas que você saiba o que está fazendo ao escolher.


Trabalhamos com orçamento relativamente apertado, por razões particulares não poderei entrar em detalhes. Mas posso adiantar que praticamente nenhuma hospedagem passou dos 100 euros e tudo que podia gerar economia foi reservado com antecedência. Alimentação pro casal creio ter ficado entre 30 e 50 euros diários, com muitas idas ao supermercado, fast foods e, vez ou outra, restaurantes baratos. Supermercado é a grande jogada, de modo que recomendo reservar ao menos algo com frigobar. Ideal mesmo é pelo menos frigobar e microondas e, se você puder pagar, um apartamento com cozinha. Tudo lá é caro (e muitas vezes mal servido) e comprando no supermercado sai muito mais barato. Darei mais dicas específicas ao longo do relato. Vamos ao cronograma:


Perdemos dois dias inteiros em Paris por causa de deslocamentos durante o dia e pelas compras de presentes e acabamos não indo a Versailles por conta disso. Também não conseguimos fazer a excursão Chambord-Cheverny no dia 16, mas no lugar tivemos uma ótima tarde em Amboise.


Legenda: daytrip significa viagem de ida e volta no mesmo dia. Stopover significa parada em algo no caminho, enquanto nos deslocávamos para a cidade de destino.

2 - Cronograma

23/09 – Chegada em Lisboa às 12h
24/09 – Lisboa
25/09 – Chegada em Veneza às 12h
26/09 – Veneza
27/09 – Chegada em Roma às 11h
28/09 – Roma
29/09 – Roma (Vaticano)
30/09 – Chegada em Sant’agnello às 11h. Ida para Herculano
1/10 – Costa Amalfitana (Amalfi e Ravello)
2/10 – Capri e Sorrento
3/10 – Pompeia e chegada em Florença (noite)
4/10 – Florença
5/10 – Daytrip Siena e San Gimignano
6/10 – Stopover Pisa e chegada em Levanto às 15h
7/10 – Daytrip Lucca
8/10 – Cinque Terre
9/10 – Stopover Milão, chegada em Paris (noite)
10/10 – Paris dia 1 (Cluny, Pantheon, Quartier Latin, Saint Germain)
11/10 – Paris dia 2 (L’invalides, Escola Militar, Campo de Marte, Torre Eiffel (só por baixo)
12/10 – Paris dia 3 (Notre Dame, St Chapelle, Conciergerie, Marais)
13/10 – Paris dia 4 (Louvre, Tuleries, Concorde, Champs-Élysées, Arco do Triunfo (só por baixo)
14/10 – Paris dia 5 (D’orsay, L’orangerie, Pont Alexandre III, passeio de barco
15/10 – Tours (Vale do Loire) – excursão para Villandry e Azay le Rideau, ida para Chenonceau por conta própria
16/10 – Amboise (Vale do Loire)
17/10 – Paris – Shopping Place d’Italie, compras de presentes
18/10 – Paris (Opera e Montmartre – Sacre Coeur, Dali, Place du Tertre)
19/10 – Estrasburgo
20/10 – Paris - Republique, Compras de dia, passeio pelas margens do Sena de noite. Volta para o Rio de Janeiro de madrugada.


3 - A chegada na Europa - Lisboa, dia 1

Começo falando da viagem de avião. Fomos pela TAP. Na sua frente há uma tela interativa, que te dá várias opções de filmes, jogos e outras coisas. Minha esposa tem intolerância à lactose, pediu refeição especial e um item veio errado. Quem tiver restrições alimentares, cuidado, confira bem a sua comida.

Chegamos em Lisboa às 12h. A imigração foi tranqüila, a fiscal só perguntou até que dia ficaríamos e em qual hotel. Não durou 1 minuto, creio. Também demos sorte ao pegarmos as malas, foi tudo bem rápido.

Saindo do aeroporto até fazer o check-in, tivemos uma série de más impressões dos lisboetas. Fomos atendidos com desdém pela funcionária da loja de revistas, quando fomos comprar um cartão telefônico e pelo funcionário do transfer do hotel. Estamos encurtando a história para poupar esta parte chata, mas tivemos vários outros problemas com esse povo mais à frente.

Fomos até a parada de ônibus para pegar o 25, ônibus que nos levaria ao Oceanário. O ônibus é bem moderno. Você não dá o dinheiro na mão do motorista, deixa num suporte que fica ao lado dele.

Descemos na Estação Oriente. Entramos no Centro Comercial Vasco da Gama, um shopping local, em busca de um lugar para comer. Lá fizemos a pior refeição de nossa viagem, uma das piores de nossas vidas. Fiquei mal por muito tempo depois de lá, sentindo grande mal estar e cansaço, mesmo sem ainda ter feito quase nada.

Fomos em direção ao Oceanário. Havia a opção de ir pro Oceanário apenas ou pegar uma mostra com tartarugas por mais 3 euros por pessoa, opção que escolhemos. A parte das tartarugas descobrimos ser um roubo, uma “puta falta de sacanagem”. É um pequeno lugar que mais mostra desenhos de tartarugas. Vimos UMA no aquário e só. FDPs.

A seguir, uns vídeos que fizemos lá dentro. Mal tiramos fotos, pois a câmera de minha esposa estava sem bateria e eu ainda ia comprar a minha, de modo que por muito tempo ficamos só com a filmadora.

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http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... MdEQzYduVc

http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... a8uTy4sbWk

Eu ainda estava passando mal e não aproveitei tanto, mas minha esposa gostou do Oceanário. De lá, pegamos o teleférico ida e volta. Não costumo ter medo de altura, mas tive. O treco balançava e fazia um barulho estranho ao passar por cada poste que o sustenta. Achei pouco seguro. Fomos sozinhos nele. A vista é interessante, mas nada deslumbrante.

http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... ttJ9oVnNcs

O Parque das Nações é bem agradável. Se pudéssemos, teríamos passado mais tempo lá. Mas eu ainda estava passando mal e tinha que ir até a Pixmania comprar uma câmera que eu queria (Canon S95) que, segundo o site, estava em estoque. Tentamos ir de metrô. A estação é meio caótica, cheia de máquinas vendendo bilhetes e nenhum funcionário pra ajudar. Não sabíamos qual tipo de bilhete comprar. Pedimos ajuda a uma portuguesa, que foi até interessada, mas também se enrolou. Pra piorar, a máquina que tentamos estava recusando as notas, embora não aparecesse aviso de que tinha defeito.

Quase desistimos, mas tentamos mais uma vez. Dessa vez deu tudo certo. Não chega a ser difícil, você precisa comprar um cartão e carregá-lo com as viagens desejadas. O problema era não ter nenhum funcionário por perto pra dizer que necessariamente tinha que ser assim.

Pegamos o metrô. Não foi difícil andar nele. Saltamos numa estação e não sabíamos qual saída deveríamos pegar. Pedimos informação a duas portuguesas. Custamos novamente a entender aquele sotaque horrível, mas conseguimos entender que uma outra estação nos deixaria mais próximos do local.

Dali veio a decepção. Apesar do site dizer que havia a câmera em estoque, não havia mais. Fomos lá à toa, já mortos de cansaço. Passamos na FNAC e compramos a câmera, apesar de pagar mais caro. Acabamos perdendo a hora, pois nosso último ônibus saía às 21h e já passava deste horário. Pedimos um taxi, já preocupados de que a corrida fosse caríssima. Quase tomamos um susto quando o taxista disse que sairia por volta de 7 ou 8 euros. Luciana até perguntou de novo, achando que tinha entendido errado. Mas era isso mesmo. Demos sorte de pegarmos um taxista honesto e tranqüilo, o que não ocorreu na nossa ida ao aeroporto.


4 - Lisboa, dia 2

Chegamos a Belém. Começamos pelo Mosteiro dos Jerônimos. Bonito, mas não resolvemos entrar, só tiramos fotos na entrada. Fomos em direção ao Padrão dos Descobrimentos. Passamos antes por uma pracinha bem agradável, onde paramos para fotos e um descanso. Chegamos ao Padrão dos Descobrimentos, um monumento com vista panorâmica, nas margens do rio Tejo. Valeu a pena, por apenas 2,50 euros subimos de elevador e tivemos uma vista legal da cidade. Descemos, partindo em busca da Torre de Belém. Pedimos informação a uma portuguesa, que nos indicou a direção errada. Mais tarde nos lembraríamos que a Torre era pertinho do Mosteiro dos Jerônimos, não havia o que errar. Cansados de procurar, resolvemos voltar e ir num restaurante indicado por alguém do Fórum Mochileiros, o restaurante Espaço Camões. Boa indicação, comemos um Robalo e um Salmão, ambos bem temperados e gostosos, acompanhados de legumes e um dos poucos sucos de laranja realmente naturais na Europa. Dispensamos o pãozinho oferecido para não pagarmos a mais, como sugerido. A conta veio barata, algo inferior a 20 euros para o casal, se não me engano.


De lá, na mesma rua, fomos na famosa Pastelaria de Belém. Pegamos o 28 e saltamos em Estrela, onde pelo Google Maps estaríamos a uma curta caminhada do 28 elétrico, um bondinho das antigas que faz um trajeto bem turístico. Bem, Google Maps pregou uma das inúmeras peças (mais estaria por vir), pois a rota era uma subida interminável. Chegamos lá mortos de cansaço. Visitamos uma igreja, a Catedral da Estrela, onde havia acabado de acontecer um casamento. Em frente, pegamos o 28 elétrico lotadíssimo. Por isso não chegou a ser uma viagem agradável.

Andamos até a Catedral da Sé e dali pegamos mais uma subidinha pro Castelo de São Jorge. Já mortos, destruídos, finalmente chegamos. Não tem nada de castelo, mas é legal ainda assim. Basicamente é um parque murado, com lindas vistas.

Praça do Comércio, vista do Castelo.

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Ponte do Castelo:

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No dia seguinte pedimos um taxi e tivemos um aborrecimento, falo com mais detalhes desta parte chata no blog. Assim termina nossa experiência em Lisboa, cidade bonita, com um bom balanço entre história e modernidade, mas com um povo que ainda pensa que é metrópole e nós somos colônia.

Dicas de Lisboa:

- Procure se hospedar perto do centro histórico e de uma estação de metrô. O táxi até lá não é tão caro. Fica mais caro ficar perto do aeroporto, como eu fiquei, pois a área não é considerada Lisboa. A cidade é das mais baratas da Europa pra se comer e se hospedar.

- Não pense que você está seguro de "falar português". O português de lá é quase uma língua à parte e há várias palavras que possuem significados diferentes. Compre um guia de turismo de lá, geralmente no final vem uma parte destacando estas diferenças.

- tanto o transporte público quanto o taxi são baratos. Os ônibus e metrôs são bem conservados e respeitam horários, recomendo imprimir o mapa do metrô e os horários e pontos das linhas de ônibus que irá usar. Você os consegue no site http://www.carris.pt

5 - Veneza dia 1

A chegada ao aeroporto de Veneza foi caótica. Tínhamos que pegar os bilhetes do vaporetto pass e Alilaguna, ambos reservados com antecedência. Pedimos informação a um guarda, que falava italiano meio pra dentro, mas deu pra ter uma noção de onde era. No guichê do Vaporetto Pass um funcionário nos recebeu em seu inglês macarrônico e conseguimos resgatar o passe, mas não entendemos bem onde pegaríamos os bilhetes do Alilaguna, o transfer do aeroporto pra ilha Veneza-Lido.

Rodamos pra lá e pra cá várias vezes, até finalmente entendermos que deveríamos percorrer um longo corredor bem afastado do saguão do aeroporto para acharmos a bilheteria. Tudo é mal sinalizado, daí a confusão. Após pegarmos o bilhete e validarmos, mais confusão. Ficamos numa estação lotada de turistas perdidos, sem saber se estávamos no lugar certo. Mas estávamos. Pegamos o barquinho, que por algum motivo foi bemmm devagar.

Chegamos em Lido. A ilha é bonitinha e arrumada. Estávamos mortos de fome, então comemos no primeiro restaurante que vimos. Comida horrível e cara. Ali descobrimos que os sucos da Europa em geral são artificiais e horríveis. Não tivemos problemas com o atendimento.

Saímos pra conhecer Veneza, pegando o vaporetto pela primeira vez. É agradável andar nele. Saltamos na Piazza San Marco e começamos a andar. Veneza é muito linda e charmosa. A Piazza San Marco é fantástica, cheia de vida, pessoas deslumbradas e muitos pombos.

Vídeo do início da Praça, com o Palazzo Ducale à direita, à esquerda o Campanário e, em frente, a lindíssima Basílica de San Marco.


Restaurante tocando “Brasileirinho” e uma breve vista da Praça, com seus inúmeros pombos.


Andamos sem rumo pelas ruelas, parando para ver as gôndolas

Loading...Andamos bastante sem rumo, até chegar a hora de irmos embora.

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De lá, sabia que deveríamos pegar a linha 1 ou 2 para voltarmos ao hotel, só não sabia exatamente a direção. Meu mapa estava em preto e branco, de modo que havia uma confusão das linhas. É fortemente recomendado imprimir um mapa colorido. Além do mais, demoramos a entender como funcionava o sistema de identificação das linhas na estação. Após uma estação, percebi que pegamos o vaporetto na direção errada, na direção em que percorreríamos o Grande Canal. Mas foi um erro muito bem vindo, pois aproveitamos o passeio. Demos a volta por todo o canal e saltamos novamente na Piazza San Marco, onde pegamos o vaporetto certo para Lido. Com o passe é tudo tranqüilo, pois você pode pegar quantos vaporettos quiser.

Veneza dia 2

Nesta manhã tínhamos o itinerário secreto do Palácio Ducale reservado para as 10:45, de modo que não poderia haver atrasos. Saímos com antecedência, pegamos o vaporetto. Porém, descobrimos que aquele daria a volta em toda a ilha, em vez de ir direto para o grande canal. Não daria tempo. Ao percebermos isso, estávamos quase do outro lado da ilha, perto de onde se pega o vaporetto pra Murano. Eram mais ou menos 10:15. Minha esposa queria desistir do Ducale. Era uma decisão até racional, pois estávamos num lugar desconhecido, numa ilha onde é normalíssimo as pessoas se perderem. Além do mais, não havia placas e o local era pouco turístico.


Mas eu estava obstinado a chegar. Confiei nas referências, pois eu tinha o mapa das linhas do vaporetto, que nos mostrava mais ou menos onde estávamos e a direção aproximada que deveríamos seguir, tendo o rio como referência. Andamos bem rápido e aos poucos as placas começavam a aparecer. Nem todas eram bem indicadas, chegamos a nos perder um pouquinho, mas chegamos ! Havia uma fila imensa. Como tínhamos reserva, fui direto lá pra frente e fui perguntando aos funcionários para onde ir. Foram indicando. Acho que furamos fila “sem querer, querendo”, pois todas as vezes havia uma fila, mas acabamos sendo atendidos imediatamente ao mostrarmos o papel da reserva. Ao chegarmos no pátio, a guia estava terminando uma explicação. 30 segundos depois, começou a visita !


Creio que vale a pena a visita. Por apenas 4 euros a mais do que o ingresso normal, não enfrentamos fila, pegamos 1h30 de visita guiada num trajeto que não é acessível para os demais visitantes. Ouvimos explicações interessantes sobre a história do Palácio e de Veneza. Muito também se falou de Casanova, um sujeito que foi preso no Palácio Ducale na época em que Veneza era um estado independente. As histórias sobre ele são interessantíssimas, o cara virou uma espécie de herói popular e tem até um museu sobre sua vida. Não é permitido fotos por todo o itinerário secreto, mas tirei umas roubadas.

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O fim da visita ao itinerário secreto já te deixa dentro do Palácio. Fomos conhecer o local, que é interessantíssimo. Lá também não pode tirar fotos, mas é óbvio que tirei mais umas roubadas.

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O lugar é bem bonito, vale a pena. É enorme. Saímos mais ou menos 13h30 porque já estávamos com muita fome. Na saída, ainda pedimos em italiano para um casal tirar fotos, até descobrirmos que eram brasileiros ! Isso se repetiu algumas vezes na viagem. Saímos e fomos andar. Passamos pela Torre Dell’Orologio, muito bonita

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Minha esposa ficou louca pelas vitrines, cheias de máscaras bonitas.

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Trabalhos em vidro, normalmente vindo de Murano

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Achamos um cantinho afastado do corre-corre, onde paramos para comer dois sanduíches e descansar. Andamos mais, tomamos um gelato maravilhoso, atendidos por uma gordinha simpática. Mais tarde descobriríamos que esta era uma das melhores sorveterias da viagem. Continuamos a caminhar, até percebermos que andamos em círculos e paramos no mesmo cantinho, que batizamos de nosso.

Passeamos mais um pouco pela cidade e voltamos para a visita à Basílica de São Marco, pois eu havia reservado a entrada por 1 euro cada, o que evitaria fila. Infelizmente eu me confundi, achando que a reserva era pra 16h, mas era pras 15h. Tivemos que enfrentar a fila. Não era nada muito grande na época em que fomos. A Basílica é bem bonita, vale a visita.

Fomos pro outro lado do canal, conhecer a Basílica de Santa Maria Della Salute, que rendeu lindas fotos para nós. Lindíssima por fora, provavelmente também era linda por dentro. Na hora que fomos já estava fechada. No rio passava um gondoleiro cantando e em troca provavelmente arrancando muitos euros dos coroas, que olhavam fascinados como crianças.

Dali resolvemos andar pelo outro lado do canal. Gostamos muito, é mais vazio e menos turística, mais autêntica. Entramos num beco onde tivemos um daqueles momentos espetaculares de uma viagem. Um violinista sentado num canto escuro tocava a trilha sonora de O Poderoso Chefão. Aquilo se integrou ao ambiente numa harmonia fantástica, a sensação foi indescritível.


O outro lado do Grande Canal tem seus atrativos, apesar de menos turístico. Em Veneza, até os “caminhões de lixo” são charmosos:

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Pegamos um vaporetto voltando para a Piazzale San Marco e andamos mais um pouco pela cidade e voltamos às 18h, com o objetivo de ver o pôr do sol no Campanário. Infelizmente não me lembrei de checar o horário de fechamento e ao chegarmos estava fechado. Tiramos mais umas fotos da beleza que é Veneza ao pôr do sol

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Pegamos o vaporetto para voltar para o hotel e tomar um banho, pois já estávamos podres. Tomamos um banho e voltamos pra estação de Lido, para pegarmos o vaporetto #1, que percorre todo o Grande Canal. É bem recomendado, uma boa alternativa ao passeio de gôndola. Você passa por vários pontos turísticos. Passamos pela Ponte Rialto, Ca D’oro, Casino di Venezia, onde parte do filme O Turista foi filmado e muitas outras atrações. Saltamos no último ponto, na Piazzale Roma, que ainda não havíamos conhecido. Já estava tarde e bastante frio, de modo que não demoramos muito lá.

Ao voltarmos, ajudamos um casal de turistas americanos totalmente perdidos a chegar na estação Ca D’Oro. Ficamos com pena. O sujeito estava hospedado em Murano, pegou um vaporetto errado e foi parar do outro lado de Veneza. Pegamos nosso vaporetto de volta para o hotel, tiramos mais umas fotos e encerramos nosso dia, já bem tarde.

Dicas de Veneza:

- nunca se esqueça de validar seus bilhetes, o que é feito numa máquina amarela na entrada. Não vi fiscalização, mas a multa é pesada se pegarem.

- Pra mim valeu muito a pena comprar o passe pro Vaporetto (chamado de "Venice Connected"). É muito cômodo pegar na hora que quiser quando estiver cansado e o passeio é bem agradável. Eles passam com bastante frequência. Comprando o passe com antecedência na internet é mais barato, você só precisa ir em um dos guichês listados no site e retirá-lo. O site é esse aqui: http://www.veniceconnected.com/

- imprima um mapa colorido dos vaporetto e o estude com antecedência, entendendo como funcionam as linhas. Anote as linhas principais, que são a 1 (percorre todo o canal) e o de Murano (esqueci o número, pois não fomos pra lá).

- Se quiser fazer o itinerário secreto, reserve com antecedência pelo site: http://www.museiciviciveneziani.it/?lin=EN . Eu recomendo. O Palazzo Ducale é imperdível.

- Não subestime Veneza. O consenso geral no forum é que há pouco o que se ver, geralmente se recomenda 2 ou 3 dias pra lá. Mas Veneza não é pra meramente ver atrações, mas pra curtir com calma o charme do lugar.

- Leve o mapa mais detalhado possível e não confie no seu GPS, nem sempre funciona bem lá. Evite reservar hoteis em locais meio escondidos, pois você pode ter dificuldade de chegar lá com malas, desviando da multidão andando pelas ruas estreitas.

- Recomendo chegar a Veneza de trem, não de avião. A estação de trem fica dentro da cidade, é tudo mais cômodo. Aliás, recomendo evitar pegar avião na Itália, os aeroportos não são bons e os funcionários não tomam cuidado com as malas.

Roma, dia 1

Chegamos em Roma por volta de 9h30. Esperamos um bom tempo até pegarmos as malas, pois o aeroporto concentra as bagagens de vários vôos diferentes numa mesma esteira. Partimos em busca do Sitabus, o ônibus que parte do aeroporto e para na Piazza Cavour e Termini. Pegamos um engarrafamento grande, demorou para chegar. Saltamos na primeira estação e andamos um bom pedaço até o hotel.

Fizemos o check-in sem problemas, atendidos por uma funcionária bem simpática. Saímos para comer no Burguer King, pertinho do hotel e depois voltamos para nosso quarto, de onde não saímos mais o dia todo. Estávamos cansados demais pelo fato de acordarmos muito cedo e estarmos com cansaço acumulado dos outros dias. Tiramos um tempinho para nós.

Roma, dia 2

No dia seguinte tivemos que alterar o roteiro original para podermos ver ao menos algumas das principais atrações de Roma. Naturalmente, acabou ficando um pouco corrido. Fomos para a estação de metrô comprar o Roma Pass e já o utilizamos para pegar o metrô até a Galleria Borghese, reservada para às 9 da manhã. Usamos o GPS para nos orientarmos na Villa Borghese, enorme parque onde está situado o museu e se não fosse por isso teria sido um pouco difícil, já que a sinalização é muito ruim a partir da estação Piazza di Spagna, onde havíamos saltado.


No papel da reserva faziam um terrorismo de que você tinha que chegar meia hora antes para resgatar seu bilhete ou o perderia, mas o setor mesmo só abriu uns 20 minutos antes e não havia um controle sobre isso. Exigiram que deixássemos nossas coisas na entrada, inclusive câmeras, mas depois descobrimos que se passássemos com a câmera escondida não haveria como descobrissem.


O museu é legal, fácil de visitar, pois é bem distribuído e relativamente pequeno em relação aos grandes museus. Vimos várias obras interessantes. Não optamos por alugar áudio-guia, pois era muito caro. Algo entre 5 e 8 euros se não me engano. O tempo de visita foi bem adequado, algo em torno de 2 horas.


Chegamos na estação Barberini, pegamos o metrô usando o Roma Pass e saltamos na Termini, onde fomos conhecer o Coliseu. Gostamos de lá, é realmente impressionante.

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Saímos de lá, tiramos fotos no Arco de Constantino e partimos em direção ao Fórum. Estávamos com muita sede, mas resistimos à tentação de comprar água a 2 euros. Isso foi essencial, pois dentro do Fórum há fontes com água potável de graça.


O Fórum foi um pouco decepcionante, pois está tudo muito destruído. Fica difícil imaginar como era. E o lugar é muito vasto, de modo que nos cansamos muito rapidamente. Estávamos tão cansados e famintos que não conseguimos sequer conhecer o Palatino. Partimos em busca de um lugar para almoçar.

No caminho, passamos pelo Monumento Vittorio Emanuelle, pelo Fórum de Trajano e pela Chiesa Ss. Nome di Maria. Por todo esse tempo tudo o que vimos foram quiosques que cobravam preços exorbitantes e nos recusamos a ficar por lá. Andamos um pouco mais e achamos um restaurante.


Continuamos andando, passando pelo Palazzo Barberini, já um pouco perdidos, até que por acaso chegamos a algo que descrevi parecer um monumento deslumbrante. Ao nos aproximarmos, constatamos que era a Fontana de Trevi. De fato, maravilhosa. Um dos pontos mais bonitos da cidade.

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Ficamos ali por um tempo curtindo o local, abarrotado de turistas e de indianos chatíssimos que se ofereciam “gentilmente”para todos os turistas para tirarem fotos deles. Obviamente, nada é de graça e recusamos. Minha esposa cumpriu o protocolo e jogou uma moedinha de 2 centavos, que renderá 2 milhões de euros no futuro, quando o desejo for realizado. Saímos de lá e passamos pela Piazza Barberini. Em seguida, chegamos ao Pantheon. Muito bonita a igreja, imponente. A Piazza della Rotonda, onde fica o Pantheon, também é legal.

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Em seguida, caminhamos mais e paramos na Piazza Navona. Bonita, com uma fonte bem legal, a Fontana dei Quattro Fiumi. Lá um sujeito tocava com muito talento sucessos do rock, como Dire Straits e Eric Clapton, dando um toque especial ao local. Nesta mesma praça está a embaixada brasileira.

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Resolvemos voltar para a Fontana de Trevi, pois é perto da estação de metrô e seria legal revê-la de noite. Foi uma boa experiência, é iluminada e cheia de vida.

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Saímos, fizemos uma parada rápida na Fontana del Tritone e voltamos pro hotel, podres de cansaço.

Roma, dia 3 (Vaticano)

Logo pela manhã, às 9:45, fomos para a visita às escavações, passeio à parte, que precisa ser reservado com muita antecedência. É bem legal, o guia te explica muito sobre a história do local. Não é possível tirar fotos, mas tirei umas roubadas. 90 % ficaram horríveis. Numa sala havia túmulos de povos pagãos, com o local devidamente decorado por eles. Teria vindo dali a inspiração para a nossa bandeira ? Note a semelhança

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A visita termina dentro da Basílica de São Pedro, o que te poupa filas absurdas. A basílica é bem bonita, creio ser a igreja mais bonita de Roma.

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Resolvemos subir a cúpula, experiência da qual nos arrependemos muito. Na fila para comprar os ingressos havia lindos mosaicos ilustrando fatos bíblicos. Mesmo optando pelo elevador, você ainda tem muitos degraus pra subir. Uma escadaria estreita e muito mal ventilada, abarrotada de pessoas. Não recomendo. A vista não vale isso tudo.

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Praça do Vaticano

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Acabamos perdendo mais tempo na subida à cúpula do que imaginávamos e ainda estávamos mortos de fome. Voltamos para o hotel para comermos algo (era relativamente perto). Havíamos reservado o Museu do Vaticano para 13:30, mas chegamos só 14:30. Não houve problemas, o fiscal sequer olhou para o bilhete, apenas passou o leitor de código de barras. O museu é bem legal, mas é muito grande e as obras estão muito condensadas. Você fica meio perdido, sem saber o que ver. Alugamos áudio-guia, mas não ajudou muito. O museu é imenso.

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Chegamos já mortos de cansaço na Capela Sistina. Lá é proibido tirar fotos mesmo sem flash. Os fiscais ficam o tempo todo falando “no flash, no photo” enchendo o saco. Mas é claro que eu não sairia de lá sem essa recordação.

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Me senti um pouco decepcionado, pois é menor do que imaginávamos em termos de extensão e o teto é muito alto. Você enxerga com muito menos nitidez do que nos livros. Além de lotadíssima, não pode tirar fotos. Já estávamos tão cansados que acabamos não ficando por ali. Já estava tarde para ir ao Castelo di Sant’Angelo. Voltamos para o hotel e assim termina nosso passeio em Roma, pois o dia seguinte era de acordar cedo.


Dicas de Roma:


- Reserve o ufficio Scavii com muitos meses de antecedência. Não é difícil. As instruções estão no site http://www.vatican.va/roman_curia/insti ... 12_en.html . Pode escrever em inglês mesmo. Vale não só pelo passeio, mas pra evitar as filas da Basílica de São Pedro. Não recomendo o passeio se você for claustrofóbico ou se tiver problemas com lugares muito abafados.


- Roma Pass normalmente vale a pena, não só pelas duas atrações gratuitas e descontos nas demais, como pelo transporte público gratuito. Não é ruim como dizem, andamos de metrô numa boa por lá. Nada que quem more por aqui já não tenha visto. O site do Roma Pass é esse aqui http://www.romapass.it


- Da mesma forma que Veneza, recomendo chegar a Roma de trem, pois a estação é bem central.


- A cidade é fácil de se andar a pé, as atrações estão todas próximas umas das outras. Por isso, não se prenda a hospedagem em Termini. Ficamos perto do Vaticano e foi muito tranquilo. Trastevere também parece uma opção legal, mas tem a desvantagem de não ter metrôs por perto.


- comer na Itália é pra quem gosta e pode comer massas. Fugiu disso, se prepare para pagar caro. Mas se ficar só nas massas você gasta bem pouco, normalmente enchendo a pança por menos de 15 euros por pessoa, bebida incluída.


- o Forum romano é imenso, não tente ver tudo. Nem sei se valeria mesmo a pena, pois depois de um tempo tudo parece muito igual. Igualmente destruído. E olha que sou apaixonado por história.


- Em Roma há várias fontes com água mineral potável, então carregue sempre uma garrafinha com você. Se não achá-las, compre no supermercado, pois agua nos quiosques são caras demais, como falei.

Sul da Itália - Herculano

O trem para Nápoles estava marcado para 7:30. Na estação houve alguma confusão para saber se deveríamos trocar o papel reservado pela internet por um bilhete ou não. Já imaginava que não seria necessário, mas como era a primeira viagem, queria confirmar. Ninguém sabia dar a informação, nem mesmo alguns funcionários. Até que finalmente conseguimos falar com um fiscal que nos orientou a apenas mostrar o papel para o fiscal, quando solicitado. Entramos no trem.

A viagem transcorreu sem problemas e sem atrasos. Na estação de Nápoles, um pouco mais de confusão. Não sabíamos exatamente onde comprar o ticket Artecard Plus "tutta la regione 3 days", que dá direito a duas atrações grátis (das quais escolhemos Herculano e Pompéia) além de transporte público gratuito em toda a região da Campania por 3 dias. Mais tarde descobrimos que não é bem assim, os ônibus de Sorrento não estão incluídos no passe, apesar de ser transporte público na região. Acabamos achando o escritório de turismo, que estava fechado. A funcionária abriu com algum atraso, o que nos custou a perda do próximo trem direto. Compramos o bilhete e meia hora depois conseguimos pegar o caído trem da Circumvesuviana, em direção a Sorrento.

Passamos por um grande perrengue. Apesar de estarmos na mesma plataforma (chamada “binário” em italiano) indicada pelo painel, veio um trem escrito “baiano” na frente. Pegamos o trem. Após olhar o painel de linhas, vimos que “baiano” não era a nossa linha.

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Pensamos, “fodeu”. Perguntei a um senhor, que nos disse que o trem ia pra Sorrento mesmo. Que alívio.

Saltamos na nossa estação em Sant’agnello, cidadezinha bem próxima de Sorrento. Fizemos o check-in no hotel, recebidos por Paolo, funcionário simpático até demais, beirando à artificialidade. Também pensei que ele poderia simplesmente ser bicha. Mas nos deu todas as orientações que precisamos e nos indicou um restaurante, onde fomos almoçar, além de uma companhia de turismo que agendava a excursão para a Costa Amalfitana.

Normalmente não aceitaria indicações de restaurantes vindas de donos de hotel, pois sempre há um conchavo. Abrimos exceção, pois os reviews no Booking diziam que o funcionário deu ótimas recomendações. Bem, descobrimos que este hotel não fugia a regra. O restaurante recomendado era ruim, atendimento seco e demorado, comida sem tempero e que não chegava a ser bem barata.

Reservamos nosso passeio para a Costa Amalfitana e resolvemos pegar o trem para Herculano. Apesar de estarmos com o passe, nao havia máquinas para passá-lo, o fiscal mandou seguir direto para a plataforma. É meio bagunçado assim mesmo e creio que muita gente pega trem de graça por ali. Pegamos o trem. O vinho do almoço e o fato de termos dormido pouco no dia anterior nos deu uma grande indisposição, ficamos com um sono exagerado. Mesmo assim, deu pra aproveitar o passeio.

Entramos em casas com afrescos, colunas e esculturas. Em uma delas havia um fóssil com esqueletos de um casal de aproximadamente 20 anos e um jovem de 15 anos, na posição em que morreram, abraçados, protegendo as cabeças e os rostos com as mãos. Os pisos das casas estavam bem conservados.

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Nosso passeio não foi com guia, mas, segundo um que estava oferecendo os seus serviços no local, calcula-se que tenha sobrado apenas um quarto da cidade após a erupção do vulcão Vesuvio. As ruínas de Herculano estão muito bem conservadas porque a cidade foi soterrada predominantemente por magma, e não por cinzas, como Pompéia.

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As ruínas são legais e é uma visita relativamente rápida, em poucas horas é suficiente. Mas a cidade em si é feia demais e tem pouca estrutura, em plena sexta de tarde o comércio estava quase todo fechado e mal conseguimos achar um gelatto.

Dicas:

- Logo na saída da estação de trem, há uma van oferecendo transporte por 3 euros para as ruínas. NÃO PEGUE ! É o maior roubo que já vi. Pra chegar lá, você apenas segue em frente por 500 metros e chegou. Quase pegamos a van e o pior, quase a seguimos, quando vimos que ela dobrou numa outra rua. Mais tarde descobrimos que ela faz isso pra enganar turistas otários, que teriam a impressão de rodarem muito e acharem que a van valeu a pena. Por sorte resolvemos pedir informação e fomos andando até lá.

- evite programar deslocamentos bem cedo. Na teoria é lindo, você fica com o resto do dia pra "aproveitar". Mas na prática você já vai estar cansadíssimo, doido pra dormir mais, mas está com aquela obrigação de acordar algumas horas antes pra uma viagem que já é bem cedo. Viaje sempre no fim do dia, via de regra você pode deixar as malas no hotel em que ficou hospedado após o checkout.

- via de regra, não confie em indicações de donos de hotel quando o assunto diz respeito a coisas que envolvam grana (restaurantes, excursões, etc). Quase sempre há conchavo. Sabíamos disso, achamos que a boa reputação do staff do hotel garantiria uma exceção, mas não houve.

- Vale muito a pena comprar o Artecard Plus se você pretende visitar dois sítios arqueológicos (no nosso caso, Pompeia e Herculano, mas há outros). Pois você pode viajar à vontade de trem durante o período de validade do passe, que teoricamente é de 3 dias, mas pra nós durou 4. Você pega informações no site http://www.artecard.it/ clicando na parte superior, onde está escrito "tutta la regione 3 days". Não vale a pena comprar antes, você pode comprar na hora no centro de turismo, dentro da estação Napoli Centrale.

- definitivamente não vale a pena se hospedar em Nápoles. A cidade é suja e meio ameaçadora. Nada que um carioca não tenha visto antes, mas você pode evitar isso se hospedando em Sorrento, excelente base pra se conhecer o local. Nós ficamos em Sant'Agnello, ali pertinho, também recomendo.

- pedir informações no sul da Itália não é muito fácil. Tirando lugares muito turísticos como a Costa Amalfitana e Capri, poucas pessoas falavam inglês e o italiano deles é diferente, creio que falam algum tipo de dialeto. Leve o máximo de informações que puder, como mapas bem detalhados, horários de atrações, onde e como comprá-las. Você pode obter os horários dos trens da Circumvesuviana aqui: http://www.vesuviana.it/web/en/Orari

Sul da Itália - Costa Amalfitana e o belo pôr do sol de Sant'Agnello

Hoje era o dia da excursão que reservamos pela Costa Amalfitana, chamada “Amalfi Drive”. Paradas em Amalfi e Ravello, passagem por Positano, Conca dei Marini, Scalla, Maiori e Minori. Seguimos pela estradinha

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e passamos por essa maravilha da natureza, uma formação natural que parece uma santa com um buquê

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E o ônibus parou numa lojinha de trabalho em cerâmica, onde havia um café. Seguimos viagem e já avistávamos Amalfi de longe, até que chegamos. Lá, estava programado um passeio de barco a 10 euros. No caminho para o barco tive uma breve conversa com uma senhora americana, mas acabamos tendo que sentar em lugares diferentes.

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Entramos numa gruta, onde o mar tinha uma coloração toda especial


Foi legal poder ver a Costa pelo mar, mas a claridade causou enxaqueca em minha esposa, que havia esquecido os óculos escuros. As enxaquecas dela são fortíssimas e quase tivemos que voltar para casa. Achamos uma farmácia, onde compramos um remédio para o “mal di testa”, que é dor de cabeça em italiano. O problema é que esquecemos de trazer todos os remédios na mochila, algo que acabamos aprendendo ser essencial de dar atenção. Com isso, mal podemos dizer que conhecemos Amalfi, pois esperamos o resto da parada dentro do ônibus. Até deu pra tirar umas fotos bonitas, como dessa bonita igreja:

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O passeio continua, desta vez em direção a um restaurante em Scala, uma cidadezinha próxima. Já pensamos que a conta seria os olhos da cara. O restaurante até que era legal, tinha uma boa vista de cima da montanha. O restaurante era meio bagunçado. Meu prato veio errado, mas comi mesmo assim, era uma opção que eu também comeria. Possivelmente a conta também veio, pois com duas saladas, duas massas, um peixe e duas bebidas a conta veio 26 euros para o casal. Que bom :).

Voltamos ao ônibus e a próxima parada era Ravello. A cidade é bonitinha, mas os horários determinados pela excursão fizeram com que não pudéssemos explorá-la muito.

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Assim terminou o passeio para a Costa Amalfitana e suas vistas espetaculares. Andamos até um ponto de observação em Sant’agnello, para ver o pôr do sol. Vimos um casamento acontecendo numa igrejinha próxima e a praça era rodeada de árvores com suas folhas de outono. A vista do pôr do sol foi realmente espetacular, uma atração à parte

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Houve várias tentativas frustradas de tirarmos fotos nossas com o pôr do sol ao fundo, mas não só era difícil de enquadrar, como ainda não sabíamos como clarear áreas da figura. Mais tarde, lendo um ótimo livro de fotografia, descobri que o nome deste conceito é “exposição” e que é possível tirar fotos criativas assim. Recomendo.

Voltamos para o hotel. No Google Maps achei um restaurante na mesma rua do hotel, o Moonlight. Resolvemos arriscar. Simplesmente o melhor da viagem, recomendo fortemente pra quem for se hospedar por lá. Muito barato e comida excelente, atendimento de alto nível e os pratos não demoraram a chegar. Ali tivemos a certeza de que o dono do hotel tem conchavo com o outro restaurante, pois ele certamente sabe que o restaurante da rua do hotel é excelente. Fomos dormir de barriga cheia, bem satisfeitos.

Dicas:

- pra quem não tem tempo, como eu, a excursão é uma boa opção, apesar de ser meio corrido. Custou 34 euros, de 8 a 17h, contando ainda com o benefício de um guia. Pega pertinho do hotel e te deixa por lá

- A Costa Amalfitana foi um ponto difícil no planejamento, pois o acesso não é fácil. O transporte público é horroroso, os ônibus são lotados e pouco frequentes. Alugar um carro a princípio é uma boa opção, pela liberdade de parar para tirar fotos e curtir o tempo que quiser, o local que quiser, mas não há muitos lugares pra se estacionar e a estrada, como puderam ver, é muito estreita. O transfer privado é caríssimo. Taxi ? Nem pensar, custa os olhos da cara. Acabamos fechando a excursão por conta disso.

- A Costa é legal, mas gostamos mais de Capri, que proporcionou vistas ainda mais espetaculares, como poderão ver no próximo post. Entre uma e outra, pra quem não tem tempo, escolha Capri.

- Tudo lá é caríssimo. Leve lanche e água. E não se esqueça dos remédios, hehe.

- procure evitar o sul da Itália no final de outono, especialmente no inverno. No outono chove muito (demos muita sorte de não pegarmos chuva, mas foi pura sorte mesmo). No inverno vários serviços ficam suspensos ou menos frequentes, como horários de ônibus, barcos, etc.

Sul da Itália - Capri

Acordamos um pouco tarde e fomos pegar o ônibus. Descobrimos que o nosso passe que “contemplava todo transporte público na região” não valia para os ônibus. Coisas “culturais” na supostamente tão avançada Europa. Isso depois de pegarmos o ônibus no sentido errado e um motorista com voz de Darth Vader falando em italiano ter nos avisado que era pro outro lado. Pedi informações para uma senhora, que embora muito gentil, falava num sotaque muito difícil de entender. Todos no sul da Itália falam de um modo diferente do resto do país, talvez pelo histórico de diferentes colonizações. Mas foi o suficiente para descobrirmos que deveríamos comprar o bilhete num bar próximo.

Pegamos o ônibus certo e saltamos em Sorrento. Paramos num ponto de observação, nos dirigimos ao porto e compramos o ferry boat mais caro, pois os da Caremar, que são os mais baratos, já tinham parado de funcionar pelo horário.

Pegamos o barco, que rapidamente encheu. A viagem correu sem problemas. Chegamos na ilha, lotadíssima de turistas.

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Já em Capri, avistamos a bilheteria que vendia o passeio ao redor da ilha. Pegamos o barquinho. Foi um ótimo passeio, fortemente recomendado. Vimos esse sujeito admirando a
paisagem

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Mas que na verdade era uma estátua. entramos numa gruta cujo nome eu não sei, com uma formação rochosa legal


e avistamos os Faraglioni, essas duas formações rochosas da esquerda da foto, consideradas um símbolo de Capri.

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Passamos por debaixo deles e chegamos a outra gruta, onde um povo nadava. Que inveja, pois nosso barco era versão pobre, não parou pra ninguém nadar. Recomendo um passeio mais longo, com paradas. Parece que há um de 2 horas de duração, que permite isso por um preço um pouco maior.

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Optamos por não entrarmos na grotta azzurra por conta do preço alto e pouco tempo, algo em torno de 12 euros por pessoa, por 3 minutos. Esperamos um lonnnngo tempo para que todos os interessados de nosso barco pegassem um barco menor para entrar na gruta, que não comporta muitos ao mesmo tempo. Havia vários barquinhos na espera. Esperamos uns 40 minutos.

No final do passeio, compramos 3 bilhetes para cada pessoa: 1 para pegar o funicolare da Marina Grande até Capri, 1 para pegar o ônibus de Capri até Anacapri e 1 para pegar um ônibus, seja de Anacapri até Capri, seja de Anacapri direto até a Marina Grande, o que ainda escolheríamos.

Pegamos o funicolare, uma espécie de bondinho. O primeiro que se tem notícia foi inaugurado no monte Vesúvio e deu o nome à famosa música de Pavarotti. Chegamos a Capri e andamos um pouco pela cidade

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De lá, pegamos o lotado ônibus para Anacapri. Já no destino, ficamos admirando aquela vista maravilhosa

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E paramos para um lanche. Pizza meia boca, mas lanche barato para os padrões da ilha, algo em torno de 15 euros o casal incluída a bebida. Andamos um pouco pela ilha e partimos em busca da entrada para o Monte Solaro. Após andarmos um bocado perdidos, descobrimos que a entrada estava logo ao lado do ponto de ônibus. Monte Solaro é um mirante acessível por um teleférico. O bilhete de ida custa 7,5 euros e ida e volta custa 10. Pegamos esta última opção.


O passeio é legal, mas deu medo na minha esposa. Eu senti um pouco, mas menos do que no teleférico de Lisboa, pois estava numa altura em que poderia chegar a sobreviver. Se caísse, apenas quebraria as duas pernas, algumas costelas e sairia rolando morro abaixo :). Chegamos ao Monte Solaro. O lugar é simplesmente o melhor ponto de observação da viagem, com vistas realmente muito lindas.

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Ficamos um tempinho, explorando bem o local e voltamos de teleférico, desta vez mais acostumados. Descemos e curtimos um pouco mais Anacapri. Já estava ficando tarde e estávamos um pouco cansados. Pegamos direto o ônibus de Anacapri para Capri, com um motorista louco, que fazia curvas de qualquer maneira na beira de precipícios. Andamos um pouquinho por ali


Nesta cidade resolvemos descer a pé para a Marina Grande, achando que poderíamos descobrir algo interessante. Descobrimos que a descida é muuuuito grande e não valia a pena, mortos de cansaço que estávamos. No balanço, recomendo descer pelo funicolare mesmo, ou pegar o ônibus direto. Pegamos o barco de volta e, já cansados, resolvemos voltar para o hotel. Saímos para jantar novamente no Moonlight, pedindo um prato diferente e novamente achamos ótima a comida.

Dicas:

- Não invente nem de descer, muito menos subir o trajeto Marina Grande (onde chegam os barcos) e o centro de Capri. É muito chão.

- O Monte Solaro é simplesmente imperdível. Você pode subi-lo a pé ou de teleférico, como fizemos. Creio que valha ao menos a ida de teleférico, mas a volta custa só 2,5 euros a mais.

- Há outros pontos legais que não fomos na ilha, listados no site http://www.capri.net/en/what-to-see . Veja se tiver tempo.

- Entre no site da Caremar e anote com antecedência o horário dos ferry deles, pra economizar. Dá uma diferença de 4 euros por pessoa, se não me engano.

- consulte a meteorologia antes de ir, ou poderá ter surpresas na volta. Os ferry não funcionam em condições meteorológicas adversas.

- Se resolver visitar a Grotta Azzurra, esteja preparado pra pagar (acho que é algo em torno de 12 euros) e esperar um bommm tempo na fila de barcos.

- Não deixe de fazer o passeio ao redor da ilha, gostei muito. Mas tente pegar um que dê pra mergulhar, a água parece limpa, vez ou outra você vê cardumes.

- Da mesma forma que na Costa Amalfitana, leve lanche e água. Lá as coisas são caras e o que é barato pode ser de qualidade duvidosa.


Sul da Itália - Pompeia

Chegamos em Pompeia. O passe teoricamente já estava vencido, mas resolvemos usar mesmo assim. E funcionou ! A funcionária nem olhou a validade, passou na máquina e rolou. Achamos lá melhor que Herculano, mas é bem mais cheia. Embora em Herculano o interior das casas esteja muito mais bem preservado, gostamos da grandiosidade de Pompéia.


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... 6OFTQdbUGY

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Churrasqueira mais antiga do mundo

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Chegávamos na saída, mas antes havia a Villa dei Misterii, conservadíssima e com afrescos bem legais, ponto alto de Pompeia.

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Voltamos para o hotel para pegarmos as malas, pois nosso trem partiria às 17h30. Ainda ficou muito o que ver em Pompéia, saímos de lá sem conseguirmos ver os corpos preservados, nem as duas casas que reservamos, a do Príncipe de Napoli e as Termas Suburbanas.


Voltamos ao hotel, pegamos as malas e resolvemos nos despedir do restaurante Moonlight. Comemos o mesmo prato da noite anterior e pegamos o trem para Nápoles


Chegamos com alguma antecedência na estação de Nápoles. Entramos no trem e ali começou o maior estresse da viagem. Pra encurtar a história, sumiram com o trem que reservamos e foi um parto pra resolver a situação, pois alguns funcionários eram destreinados, não sabiam o que estava acontecendo e sequer falavam inglês, de modo que tive que discutir em italiano. Queriam que eu pagasse uma multa, pois eu "havia perdido meu trem". Depois de muito tempo, conseguimos falar com o chefe dos fiscais, que nos orientou a procurar qualquer lugar no trem que substituía o nosso (o nosso ia direto pra Florença, tivemos que pegar um pra Milão, com parada em Florença, provavelmente fizeram a substituição por economia). Isso causou mais aborrecimentos com outros passageiros, pois os locais são reservados e nossa reserva era pro tal trem que não partiu, mas tudo acabou se resolvendo.


Após a bagunça causada pela Trenitalia, chegamos em Florença. O hotel era pertinho da estação, o único trabalho era descobrir para que lado dela sair. Aliás, se localizar de certa forma é muito fácil, difícil é descobrir as direções a se seguir. Achamos o hotel e fizemos o check-in. Tivemos uma grata surpresa. O hotel mais barato da viagem era o melhor. Bem luxuoso e cheio de facilidades desejáveis. Quem quiser recomendação, é o Hotel Aurora, pagamos 40 euros a diária.

Dicas:

- Algumas construções em Pompeia, supostamente das melhores, estão fechadas para o público, mas é possível reservá-las gratuitamente com antecedência aqui http://www.arethusa.net/w2d3/v3/view/fl ... enuto.html


- pra chegar a Pompeia, você desce na estação "Pompeii - Villa dei Misterii", pegando a linha que liga Nápoles a Sorrento. Preste atenção nisso, pois há mais uma estação chamada "Pompeia" em outra linha, mas essa que falei é a que deixa mais perto.


- Recomendo fazer uma boa pesquisa sobre o local antes de ir, ou você ficará perdidão num lugar imenso, cheio de ruínas que a princípio não terão nenhum significado pra você sem essa pesquisa ou um guia que explique. Existe um site que sugere percursos de 2, 4 e 6 horas, com as atrações apontadas no mapa. Não me lembro qual é, posso colocar aqui depois. Nós imprimimos o percurso de 4 horas desse site e seguimos no que foi possível, pois acabamos ficando menos tempo do que isso por termos chegado atrasados.


- Como sempre, leve lanche e muuuita agua.

- Quem desejar visitar o Vesúvio, recomendo fazê-lo a partir de Pompeia. Em Herculano parece que o transporte que ligava a cidade ao local acabou. Em Pompeia você tem 3 opções, pegar o transporte público, uma van ou um taxi. O transporte público parece que é bom o suficiente, mas você tem que pesquisar os horários, não é muito frequente. A tal da van tem muitas reclamações, parece que o motorista dirige como um louco, apressa os visitantes e ainda tenta cobrar a mais pelo ingresso do Vesúvio. Taxi não sei o esquema. Pra fazer Pompeia e Vesúvio no mesmo dia, além de muita disposição você precisará começar o passeio bem cedo.

Toscana - Florença

A cidade é bem fácil de andar. Começamos pela igreja Santa Maria Novella, a qual só conhecemos por fora, pois era preciso pagar para entrar. Achamos um absurdo pagar só pra entrar numa igreja, quando muitas outras você pode conhecer de graça.

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Seguimos em busca do Mercato Centrale. Do lado de fora há um camelódromo, que não vendia nada que nos interessasse. Do lado de dentro há um mercadinho que vende ingredientes típicos. Ainda não estávamos com fome e não compramos nada, mas teria sido muito interessante comprar umas coisas e levar pro hotel. Talvez numa próxima viagem. Continuamos andando e avistamos o Duomo. Lindíssima por fora, bem diferente.

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Havia um filão para entrar e deduzimos corretamente, pela fila, que era de graça. Visitamos a igreja por dentro e optamos não pagar para entrar no batistério e cripta.

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Saímos e chegamos à Piazza della Signoria, onde vimos a Fontana di Piazza del Netuno e o Palazzo Vecchio


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... KDLhWw97B0


Na frente do Palazzo Vecchio estava uma das inúmeras réplicas de David espalhadas por Florença. David é uma das obras mais famosas de Michelângelo, esse sujeito peladão na foto abaixo.

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A propósito, mais uma prova de que os italianos não são tão machões e, sim, meio esquisitões. Não só há inúmeras réplicas do David, peladão, como numa loja de souvenirs havia o saco do David pra vender em forma de chaveiro (!!!)


Como há réplicas dele por toda a cidade e já tendo pouco tempo disponível, resolvemos nem ir para a Galeria Academia, cujo ponto principal era a estátua original. Não nos arrependemos disso, pois havia muito mais o que ver. Chegamos na entradinha do Palazzo Vecchio, mas demos meia volta e nos despedimos desse belo monumento. Já estava na hora da Uffizi, que estava reservada. Pagamos inclusive pelo direito de não enfrentarmos filas, o que acabou se revelando vantajoso.


Houve alguma confusão sobre onde se dirigir, pois era mal sinalizado, mas perguntando achamos. Não gostamos de lá. Logo na entrada, um esquema de segurança meio anti-terrorista. Mas depois descobrimos, assim como em todos os lugares, que no final das contas todo mundo entra com câmera. O local é extremamente abafado. Os fdps ganham muita grana e não podem investir em ar condicionado que funcione. Já meio saturados de renascimento, pouco dispostos a encarar um lugar abafadíssimo e com minha esposa já se sentindo mal por algum motivo que não me recordo, saímos logo dali. Caminhamos até o Rio Arno


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... PPhsRLZU6A


e partimos em direção à Ponte Vecchio, repleta de joalherias caras. É bem legal, o pôr do sol lá é bem famoso, mas optamos por seguir em direção à Piazzale Michelangelo.


A Piazzale Michelângelo fica no alto, você começa a subir, subir e quando acha que chegou, você tem que encarar uma escadaria sinistra. Pausa pra descansar e mais escadas.

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Mas digo, vale todo o esforço. Lá em cima tivemos um dos melhores momentos da viagem. Com uma vista lindíssima, onde se destacam o Duomo, a Capela Médici, o Palazzo Vecchio, o Rio Arno, a Ponte Vecchio, dentre outras coisas.


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Nos sentamos nas escadas e tivemos o prazer de ouvir um sujeito com cara de maconheiro que tocava violão muito bem. Sempre ela, a música, compondo o ambiente. No mesmo local pararam dois japas que haviam se casado e estavam fazendo seu ensaio em vários pontos da cidade. Ficamos assistindo ao pôr do sol dali

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http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... hB-8V-Qkd4


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... BKbAOsAtOQ


E nos preparamos para ir embora. No meio da praça havia mais uma réplica do David iluminada pela lua, afinal, a praça era em homenagem a Michelângelo.

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Dicas:

- Florença é fácil de andar, barata pros padrões europeus e com bastante coisa pra se ver, basta pegar um bom mapa e anotar com antecedência os pontos de interesse. Muita gente subestima a cidade por não ter este preparo devido.


- Você não precisa subir a pé as escadarias da Piazzale Michelângelo, como fizemos. Há ônibus partindo de vários pontos, nós mesmos pegamos um para irmos ao terminal Santa Maria Novella. É que no nosso caso quando vimos as ladeiras já estávamos quase lá, resolvemos encarar. Não deixe de ir, pra mim, um dos lugares mais agradáveis da viagem.


- Cuidado com a overdose de arte. Florença é uma cidade cheia de opções neste sentido, o que leva muita gente a colocar muitos museus no roteiro e ignorar a cidade em si. A Uffizi teria sido de bom tamanho mesmo se tivesse sido o primeiro museu que visitamos na Europa. A menos que você seja fanático por arte, chega uma hora que satura e você precisa variar com outras coisas.


- Florença é uma excelente base para a Toscana, bem servida de transporte público e com ótima estrutura. Vale a pena reservar vários dias pra cidade e, de lá, fazer muitas daytrips. Faltou muita coisa pra conhecer.

Toscana - Siena e San Gimignano

A idéia original era ver a primeira pela manhã e a última pela tarde. Acordamos tarde, pegamos o trem nosso de cada dia e chegamos em Siena quase ao meio dia. Da estação para o centro é preciso pegar um ônibus. O problema é descobrir onde pega e qual é. É tudo mal sinalizado, como uma menina daqui do forum já havia descrito. Pedimos informação e um rapaz indicou um ônibus. Chegamos, tentamos ir numa igreja, mas estava fechada.


Seguimos andando pelas ruas da cidade e conhecemos sua praça principal, a Piazza del Campo, onde há o Museu Cívico

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http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... rb0JHP6ADE


Entramos, mas ao dirigirmos para a bilheteria, a sacanagem:

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Tudo caro e ainda por cima reajustado na cara dura na mão mesmo, pra roubar grana de turista otário. Os italianos são extremamente mercenários. Nos mandamos de lá e andamos sem rumo pelas ruas da cidade.

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É diferente, até interessante, mas a cidade não chegou a nos impressionar. Fomos também ao Duomo, que acabamos só conhecendo por fora. Muito bonito.

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Pensamos em entrar, comprando um bilhete que dava direito ao Duomo, museu e outras atrações, mas já estávamos com fome e com pouco tempo. Resolvemos parar para comer algo e comemos pedaços de uma pizza horrorosa, que não fez muito bem para minha esposa. Voltamos para a estação e pegamos o trem para Poggibonsi, onde pegaríamos um ônibus para San Gimignano. O caminho é cheio de curvas, alternando-se em direções opostas, o que a deixou ainda mais enjoada, pois já estava meio debilitada. Tomou o remédio, melhorou um pouco. Da janela vimos a cidade ao fundo, separada pelos vastos campos da Toscana

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Chegamos nesta charmosa cidade e caminhamos, caminhamos

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E paramos na que parecia ser a principal praça da cidade. Veja como é gigantesca

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http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... YVVp2rNANI


Acabamos achando por acaso nessa mesma pracinha uma sorveteria indicada no fórum de mochileiros. O local recebeu prêmios mundiais e já teve a visita de Tony Blair.

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Resolvi provar um gelato. Delicioso. Comprei mais um. Faz jus à reputação, o melhor da viagem. Vários sabores diferentes e criativos. Percorremos todo o caminho de volta, pois já era tarde. Adoramos o local. É muito gostosa de andar e lamentamos por termos pouco tempo, pois já era por volta de 17h. San Gimignano deixou saudades.

Dicas:

- chegar em Siena é mole, você pega o trem em Florença. Problema é ir até o centro histórico. É muito mal sinalizado. Prepare-se pra ir perguntando. Andar por lá também não chega a ser muito fácil, se você quer otimizar sua visita. Leve o mais detalhado possível e tente pesquisar a respeito das linhas de ônibus que ligam a estação ao centro histórico. Outro ponto, você precisa comprar o ticket com antecedência numa maquininha, que só aceita moedas.


- chegar a San Gimignano não é difícil como parece. Você pega o trem para Poggibonsi e, já na saída da estação, está a parada do ônibus. Num bar dentro da estação você compra a passagem. No ponto final há um cartaz com os horários do ônibus, não deixe de olhar.


- A sorveteria que falei é imperdível. Não saia de lá sem conhecer. E o sorvete é barato, mesmo preço cobrado por toda a Itália, algo entre 2 e 3 euros.


- entre Siena e San Gimignano, se você não tiver tempo, recomendo ir para esta última. É melhor até ir lá primeiro e, se sobrar tempo, você vai pra Siena.

Toscana - Pisa e Lucca

Pisa é um pouco feia e não há nada para ver. Também é banhada pelo rio Arno. A Piazza dei Miracoli, onde fica a famosa Torre de Pisa é bem legal, único ponto que realmente vale a pena por lá, na minha opinião. Pra chegar até ela você sai da estação e anda em frente toda vida, algo em torno de 1,5 km.

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Ficamos um tempinho na Piazza dei Miracoli e não subimos na Torre, já meio traumatizados de escadas apertadas. Optamos por passarmos um tempinho ali embaixo e voltamos para a estação, onde pegamos o trem.


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... 6jBRTazGek


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Chegamos a Levanto, cidade da Costa da Ligúria, onde nos hospedamos como base para conhecermos as Cinque Terre. Mesmo chegando relativamente cedo, por volta de 15h30, optamos por não sairmos mais e tiramos um tempo para nós. No dia seguinte, apesar de estarmos na Ligúria, voltamos para a Toscana para conhecer Lucca, cidade muito bem falada e que faltou conhecer.


Antes disso tivemos que pegar conexão numa cidade chamada Viareggio. O intervalo de conexão era de apenas 10 minutos. Mas nosso trem atrasou e perdemos a conexão por cerca de 30 segundos. 30 segundos que custaram boa parte do passeio, pois o próximo trem só partiria 2 horas depois. Não tínhamos nada para fazer, fomos conhecer essa bendita cidade. Não recomendo, feia e não há nada que preste por lá.


Chegamos a Lucca. A cidade decepcionou um pouco. É uma cidadezinha murada onde a principal atividade é alugar uma bike e rodar por lá. Foi o que fizemos.


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... NUGyFPpxqw


Paramos num restaurante ótimo, de cujo nome já não me lembro. Comemos um ótimo penne com salmão e um molho que levava vodka.


Seguimos de bike, passando por umas pracinhas e beirando a muralha, seguindo uma ruazinha bem arborizada


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... V_eHFUOWIU


E já com a bunda doendo de tanto andar, resolvemos devolver a bike


Lucca é basicamente é uma cidadezinha com ruas estreitas feitas pra andar de bike e umas pracinhas. Não tem aquele toque medieval, isso me decepcionou um pouco, pois cidades assim sei que temos pelo Brasil.


Seguimos para Levanto, procurando um mercado para abastecer. Ficamos um pouco perdidos, mas um senhor simpático viu e ofereceu ajuda. Vimos que o mercado estava bem próximo. Aliás, as pessoas do interior da Itália parecem bem simpáticas e prestativas. No mercado, todos os funcionários te cumprimentam. Fomos para o hotel.

Dicas:

- caso queira subir na torre, reserve seu ingresso com muita antecedência, pois esgota rápido. Há limite de pessoas para subir.


- Programe seu tempo de visita a Pisa considerando que você anda de 20 a 30 minutos da estação até a Piazza dei Miracoli. Assim você não corre o risco de perder o trem.


- A menos que você seja apaixonadíssimo pela Itália e queira conhecer cada cantinho, não vale muito a pena perder tanto tempo em Pisa. Umas 2 horas tirando o deslocamento está de bom tamanho. Já Lucca, apesar de não termos gostado tanto, é uma cidade que agrada muita gente aqui no forum e nos foruns gringos, não se guie apenas pela nossa impressão.


- Levanto é uma excelente base para se conhecer as Cinque Terre. É relativamente plana, havendo pequena subida para a estação de trem. A estrutura é melhor que nas Cinque Terre e é ali pertinho, menos de 5 minutos de Monterosso. Os hoteis são menos caros (hospedagem na região é das mais caras de toda a Itália). A estratégia ideal é você comprar o Cinque Terre Card na estação de trem, o que te dará acesso a transporte público em toda a região das Cinque Terre, inclusive Levanto, e se deslocar livremente por lá. Você ainda ganha um mapa com as trilhas.

Cinque Terre

Compramos o Cinque Terre card, que dá direito a transporte público ilimitado pelas Cinque Terre, incluindo trens e ônibus ecológicos, além da passagem pela Via Dell’Amore, a trilha que liga Riomaggiore a Manarola. Saltamos na primeira terrinha pra quem vem de La Spezia, Riomaggiore. Na estação se vê um belíssimo painel que ilustra a história das Cinque Terre

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Passeamos um pouco pelo centro da cidade e pela costa

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até chegarmos à Via Dell’Amore

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Nada mais é que uma trilha que liga as duas cidades pela costa, um percurso curto (1km) e fácil de andar. Como os italianos privatizariam até o ar que respiramos se pudessem, o acesso à via dell’amore é pago e você precisa pagar o ingresso. Como tínhamos o passe, entramos. As vistas são muito bonitas.

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http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... bvOKYR_aSc


Chegamos a próxima terrinha, Manarola. Um trem partia da estação e nosso reflexo foi sair correndo para pegá-lo, já traumatizados de perder trem e esperar muito por outros. Só depois nos demos conta de que simplesmente não saímos pra conhecer Manarola. Saltamos em Corniglia.


A cidadezinha fica no alto de um morrão. Logo ao sair da estação, nenhuma informação. Havia uma van verde parada e uma plaquinha com um suposto ônibus que ia pra não sei onde de hora em hora. Achamos que a van servia para subir o morro, mas acabamos resolvendo subir a pé, pois vários turistas estavam fazendo isso. Mas as pessoas são como gado, seguem as outras sem refletir sobre o que estão fazendo e nós não somos exceção. Poucos minutos depois a vanzinha partiu e nos deixou putos, morrendo de inveja de quem tava dentro. Já com a língua de fora de tanto subir, vimos mais uma van passando. Depois mais uma.


Chegamos finalmente ao topo e a decepção, Corniglia nos pareceu a "Terre" mais sem graça


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... bvOKYR_aSc


Paramos num barzinho, que oferecia uma promoção até legal, bebida + comida + café por 10 euros por pessoa. A bebida foi um suco de laranja autêntico, o que era quase um milagre na região. A comida era uma massa que descongelaram no microondas. Pedimos também um peixe da região, que mais parecia uma sardinha minúscula salgadíssima. Pagamos e partimos de volta, desta vez com a vanzinha. Pegamos o trem, saltamos na próxima Cinque Terre, Vernazza. Dessa vez bem mais charmosa,mas não ficamos muito tempo nela para descobrirmos o que ela oferecia. Não achamos nenhum ônibus que levasse até lugares altos.


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... N3qu93Hsh4

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Naquele momento, vimos mais uma das ironias da Itália. Sabemos que lá você precisa pagar para tudo, só falta o ar que respira. Então as lojas precisam colocar avisos para que os assustados turistas saibam que é de graça

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Estávamos cansados de subidas a pé e optamos por ir para Monterosso. Conhecemos na estação um casal de brasileiros, acompanhados da cunhada, Mercedes. Conversamos bastante e conhecemos juntos a cidade. Foi um passeio legal, Monterosso é “Terre” preferida. Tem muito mais para se ver em relação às outras.

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Nos despedimos e voltamos para o hotel.

Dicas:

- o já mencionado 5 terre card, no post anterior, além da hospedagem em Levanto


- evite a região em épocas de chuva, como o outono e também no inverno. 15 dias depois de estarmos em Monterosso vi no noticiário que houve um desabamento provocado por chuva, causando 8 mortes. Demos muita sorte de não ter chovido, mas num dos dias acordamos com uma ventania sinistra, parecia que o mundo ia acabar. No inverno os serviços na região ficam precários.


- evite ir de carro. Lá é pra se andar de trem.


- 5 terre é cheia de ladeiras. Se você não curte esse tipo de coisa ou simplesmente possui limitações, evite a região, ou fique só por Monterosso, que tem mais áreas planas pra se ver.


- a região tem um toque diferente, a simplicidade dos cortiços em vez de mansões, mas achei um pouco redundante visitar a Ligúria e a Costa Amalfitana. Se pudesse voltar no tempo, escolheria só um lugar e o aproveitaria melhor, pois o que você realmente aproveita são as vistas panorâmicas. Exceção se você é do tipo que curte trilhas, no caso, Cinque Terre é melhor.

Milão

Saindo cedinho de Levanto, chegamos em Milão. A estação é enormeee e foi difícil achar o bagageiro, pois as placas são sinalizadas de modo estranho. Deixamos as malas lá e fomos conhecer a cidade. Pegamos o metrô e saltamos na estação do Duomo. Logo na saída é possível avistar a catedral. Lindíssima.

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http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... O25YxIucHM


E também a Galeria Vittorio Emanuelle, uma galeria cheia de lojas caríssimas de moda. Havia fila para o Duomo, afinal, a entrada é gratuita. Entramos. É realmente menos impressionante por dentro, mas vale a visita, já que é de graça.


De lá, entramos nas galerias Vittorio Emanuelle em busca de um banheiro. Os banheiros na Europa são apenas de duas categorias: os podres e os pagos, que também não são lá essas coisas. Aquele era um banheiro podre. Acabei indo no de um fast food. Seguimos andando em direção ao Teatro Escala, que não achei tão belo quanto dizem (a menos que tenha deixado de ver alguma coisa) e seguimos para o Castello Sforzesco. Fizemos breve parada na Decathlon, onde compramos uma segunda pele para minha esposa, após muita insistência minha de que faria frio dali pra frente em Paris. Mais tarde ela viu que eu estava certo.


O Castelo é basicamente uma região murada com torres e no interior não há nada, só passagem e um museu. Não entramos nele. Fomos até o final, onde há uma praça, tendo ao fundo uma réplica do Arco do Triunfo, nesta praça há também uma feirinha.


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Voltamos para a estação e esperamos o trem para Paris. A viagem durou 7 horas. Foi cansativa, mas o real problema foi ter comprado pouca coisa para lanchar. Fiquei com uma fome sinistra, pois não havia nada que realmente enchesse. Só carboidrato, maçã e uns biscoitos de água e sal. Perdi meu GPS neste trem, de tanto que mexi na mochila procurando coisas pra comer. Deve ter caído no chão e não percebemos.


Chegamos em Paris às 23h30 mais ou menos, na Gare de Lyon. Houve alguma confusão para nos orientarmos na estação, especialmente para comprarmos bilhetes. A bilheteria já estava fechada e a máquina não aceitava nem o VTM, nem notas. Apenas cartão de crédito e moedas. Não havia moedas suficientes e por sorte meu cartão de crédito foi aceito. Outro carinha não teve a mesma sorte e saiu pedindo pros outros, pra poder voltar pra casa. Pra piorar, perdemos muito tempo neste processo e faltava pouco pra estação fechar.


Acabamos resolvendo ir a pé para o hotel, pois seria confuso pegar o metrô pela primeira vez no meio de tanta confusão, com malas e ainda por cima tendo conexão a fazer. O hotel ficava a cerca de 1km dali. As ruas estavam meio desertas e tudo estava meio sinistro. O medo de ser assaltado foi grande. Saímos em disparada e confiei no meu senso de direção, já que não estava tudo muito sinalizado. Algumas coisas batiam com a referência de nosso mapa. O problema é que quando você sai de uma estação, é difícil se situar em que direção seguir.


Acabamos localizando a rua de nosso hotel, graças ao nosso ponto de referência: o espetacular Mc Donald’s. Este tão difamado fast food salvou nossas vidas várias vezes. Entramos no hotel com a senha fornecida, retiramos o cartão do quarto no cofre e finalmente pudemos dormir.

Dicas:

- Em Milão, é possível ver o Cenáculo de Da vinci, mas você precisa reservar com muuuuuuita antecedência. Não conseguimos.


- A menos que você seja fanático por futebol italiano, Milão não vale a visita, no máximo uma passagem rápida pra ver o belíssimo Duomo. É meio difícil de acreditar que uma cidade tão importante quanto ela seja tão sem sal, mas é verdade. Até os próprios italianos admitem.


- não deixe de carregar moedas no bolso. Elas serão necessárias quando você menos esperar. Isso ocorreu mais de uma vez na viagem.


- salvo raras exceções, em Paris não há dúvidas de que o meio mais econômico de viajar dentro da cidade é comprando 10 bilhetes de metrô, que saem por 12,50 euros em vez de 17. Há alguns blogs por aí que fazem a comparação com o Paris Visite e outros passes, você vai ver que não valem a pena, em matéria de transportes. Já o Paris Museum Pass vale muito a pena os de 4 ou 6 dias, se você gosta de museus. 


Paris dia 1 - Quartier Latin e Saint Germain

Em Paris tiramos foto de tudo, pois tudo nos fascinava. Vou colocar só algumas aqui, pois o relato já está ficando bem pesado. Quem tiver curiosidade pode ver mais no blog.


Nosso hotel fica de frente para o Museu de História Natural, bem legal. Mas ironicamente acabamos não entrando lá, nem no Jardin des Plants, ali do lado. Estávamos sem café da manhã, pois era studio e não houve tempo no dia anterior para passar num mercado. Partimos para a Rue Mouffetard, famosa por padarias e mercados baratos. Antes passamos pela Mosquée de Paris, uma mesquita. Seguimos pela rue Daubenton até chegarmos ao nosso destino. Vimos quase tudo fechado, mesmo já passando das 9 e me toquei que segunda era o dia de muitas coisas fecharem em Paris.


Mas por sorte havia uma creperia aberta. Cada um pediu um crepe preparado com o tempero secreto europeu: sem luvas, com a mesma mão que pega no dinheiro. Isso não foi exclusividade desta creperia, em todos os lugares é assim. Por sorte o euro é comprovadamente muito mais limpo que o real, já que os europeus não precisam ter os mesmos cuidados com higiene que nós.


Seguimos comendo nosso crepe temperadíssimo, passando pela Paroisse Saint Medard (cuidado para não pronunciar errado) e seguimos um pouco perdidos até acharmos as Arènes de Lutèce. O lugar nada mais é que uma mini praça com ruínas romanas, mais precisamente uma arena pequena. Nada de impressionante para se ver, vale pelo aspecto histórico.

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Passamos pela Place de la Contrescarpe e continuamos nosso passeio até avistarmos o Pantheon.

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http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... ClsSPDmNic


Da pracinha, vimos a igreja Saint-Étienne-du-Mont, a faculdade de direito e a Bibliothèque Sainte-Geneviève, compondo o ambiente. Dentro do Pantheon compramos nosso Paris Museum Pass, atendidos por uma senhora simpática. Os franceses em geral seguem o protocolo da polidez. Digo protocolo, pois nota-se claramente que para alguns a educação é algo que simplesmente aprenderam desde criança e repetem como robôs, sempre com a mesma entonação na voz. Crianças, mulheres, homens, idosos, todos têm a mesma impostação quando falam “bonjour”, “merci” e “s’il vous plaît”. Ainda assim, é seguro dizer que a maioria foi simpática e prestativa, bem mais agradáveis do que os italianos e, principalmente, do que os portugueses.


O interior do Pantheon é fantástico. Igreja bem bonita, repleta de quadros legais. É bem grande e a atmosfera é de paz. Ficamos um tempinho ali e fomos atrás do Cluny, o Museu da Idade Média. Passamos pela Sorbonne, famosa universidade francesa. Chegamos. O museu é legal, rico em tapetes com decorações medievais, além de alguns objetos da época. Ficamos umas 2 horas por lá.


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Saímos, passamos pela Place de la Sorbonne, entramos na Rue Cujas, até chegarmos a um mercado, o Monoprix. De fato, faz jus ao nome. Só há um tipo de preço, o caro. O lugar é especializado em coisas para o homem moderno como eu, que só come besteiras e coisas fáceis de se fazer, mas também há algumas outras coisas que vendem nos mercados comuns. Abastecemos e fomos para o Jardim de Luxemburgo. Lá fizemos um piquenique com o que havíamos comprado, o farofão


Gostamos bastante do lugar, é bem bonito, programa para se passar a tarde. Mas não ficamos muito tempo, pois estava um frio absurdo. Em praticamente todo jardim tem essas cadeiras, onde o pessoal pode se sentar livremente e ficar de bobeira. Sonho meu se o Brasil fosse assim … se colocarem aqui não vai demorar duas horas e vão carregar pra casa todas as cadeiras.


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Seguimos nosso caminho em direção ao bairro Saint Germain. Como em todo lugar amplo, como praças, shoppings e jardins, a dificuldade de se orientar é um pouco grande. Você sabe para onde ir, mas não tem uma bússola pra saber. E o curioso é que o Google Maps dá instruções como “siga para a direção oeste, indo para a rua tal”. Ora, como vou saber pra onde é o oeste, ainda mais num dia nublado, sem poder sequer me guiar pelo sol ? Você olha os nomes das ruas e muitas vezes vê o que não está no mapa (no Gmaps só aparece dependendo do zoom que você der). Quando é uma praça a coisa piora, pois no nome de cada rua que a contorna aparece “Praça X”.


Bem, acabamos nos “achando” num ponto bem diferente do roteiro original. Seguimos pela Rue Bonaparte e nos vimos na Place Saint-Sulpice. Ali entramos na igreja que dá o nome à praça, que não estava no roteiro original. Foi ótimo, pois é bem bonita e não custa nada para visitar, ao contrário de algumas igrejas italianas.


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Andamos mais um pouco e avistamos o Café des Deux Magots, um dos mais famosos de Paris. Era freqüentado por Hemingway e mais uns fulanos. Resolvemos fazer uma extravaganciazinha e pagamos o cafezinho mais caro de nossas vidas, 4 euros, curtindo por alguns minutos a vida dos parisienses chiques. Um senhor simpático se ofereceu para tirar uma foto nossa


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Pertinho dali estava a famosa igreja Saint Germain des Près. Foi meio decepcionante, pois metade dela estava em reforma, de modo que improvisaram um altar que provavelmente não chegava aos pés do original. Naturalmente, ficamos pouco tempo e seguimos o passeio. Conhecemos os famosos “macarons”, doce típico da França, passamos pela Escola Nacional de Belas Artes e pela Pont des Arts, uma pontezinha bem legal, lotada de cadeados de casais apaixonados. Na foto, a Pont des Arts e o Institut de France


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Atravessamos a Pont des Arts, andamos em direção à Ile de France e pegamos a Pont Neuf, a ponte mais antiga que atravessa o rio Sena.


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Atravessamos a Ile de la Cité, avistando construções gêmeas, de cujo nome ainda não sabemos e caminhamos um pouco por ali, passando pelo Square du Vert-Galant, Palais de Justice, Place Dauphine, Monnais de Paris e por aí vai. Nossa idéia era continuar com o roteiro original e seguir para a livraria Shakespeare and Co e arredores, mas eu estava apertadíssimo para ir ao banheiro. Seguimos a rua Dauphine e andamos sem rumo por Saint Germain em busca de um, até que finalmente parei numa padaria. O frio é um problema e como eu bebo muita água, passei por esse perrengue a viagem toda. Normalmente o Mc Donald’s era minha salvação, mas dessa vez foi essa padaria.


Ainda andamos pela rue de Buci, rue Saint-André des Arts, mas a bateria estava arriando e nossos pés já não mais existiam. Pegamos o metrô e nos mandamos para o hotel, satisfeitos por termos seguido o ditado de Victor Hugo


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Dicas:

- este dia foi dos mais legais. Paris tem inúmeras atrações, o que leva o viajante a querer ver todas. Muita gente se esquece que andar pela cidade também é uma atração, e das melhores. Vimos muita coisa mesmo. Naturalmente, um bom mapa é essencial.


- Paris é sempre mais fria do que você imagina. Pegamos um calorão na Itália quase igual ao do Brasil, mas na França só pegamos frio, mesmo no dia mais ensolarado. Pra quem viaja no outono e primavera especialmente, leve ao menos um casaco e algumas roupas de manga comprida, de modo que você vai tirando ou colocando mais roupas conforme o clima vai mudando.


- Tudo na cidade é meio caro, principalmente compras em geral. Comida nem tanto, mas também não se pode dizer que é barato. Hospedagem é os olhos da cara.


- Falando em hospedagem, achamos todos os arrondissements (distritos) do 1 ao 10 tranquilos de se hospedar. Talvez até Montparnasse seja. Não achamos Montmartre um lugar legal pra esse fim, muitas ladeiras e gente mal encarada. Ficamos em Notre Dame e foi muito bom. Quartier Latin e Marais parecem excelentes.


- o transporte público de lá é o que há. É o futuro da humanidade. Você volta deprimido pro Brasil, parece que estamos na idade das cavernas. Lá em tudo quanto é canto há estação de metrô e você demora no máximo 3 minutos esperando. Nos horários de pico são cheios, obviamente, mas nem tudo é perfeito. Então não se preocupe muito com distâncias dentro da grande Paris (a parte interna do Sena, nos 20 distritos), o principal é ficar num lugar legal, perto de restaurantes, supermercados e seguro o suficiente.


- se quiser economizar, evite o monoprix e procure outro supermercado mais em conta. Lá é bom pra quem quer comer besteira sem se importar muito com quanto vai pagar.

Paris dia 2 - L'invalides e Torre Eiffel

Podres de cansaço, acordamos uma hora depois do esperado e pegamos o metrô para o museu Les Invalides. Saltando da estação, é possível ver a bela Ponte Alexandre III E o L’invalides ao fundo. O lugar na verdade é um complexo de museus, uns 4 ou 5 se não me engano, além de uma igrejinha. Como me explicou um amigo meu o lugar foi construído para restaurar a moral dos ex-combatentes de guerra, que chegavam pela Pont Alexandre III, a mais bonita de Paris e se revestiam de uma sensação de grandeza ao retornarem para sua pátria.


Mas faltou alguém me dizer que o Invalides é um mundo, enorme, na magnitude do Louvre, creio. A idéia original era visitar Invalides e o Rodin, mas não deu tempo. Começamos pelo Museu da Guerra, seção “armas e armaduras”, Salle Royale. Tirei bilhões de fotos, tudo me interessava. Não dá sequer pra escolher algumas, peço a quem se interesse para ver as fotos no blog.


Crianças tinham aula no museu, vendo ao vivo as coisas que por aqui só nos fazem decorar. Na Cabinet Historique, havia paineis que ilustravam a evolução dos cavaleiros ao longo dos séculos. Ficamos bastante tempo no Museu da Guerra vendo as coleções medievais de armas e armaduras. Saímos daquela seção, tiramos umas fotos do exterior e entramos na seção da Monarquia e Guerras Napoleônicas. Paramos pra almoçar no restaurante de lá. O lugar é meio estranho, há vários pratos num mostruário aberto, como se fossem para serem retirados, uma espécie de self service de PFs. É quase isso. Ao tocar nos pratos, o que 100 % dos turistas faziam, uma francesa caricata começava a falar rápido com uma voz fininha que você deveria pegar uma senha e esperar que ela esquentasse o prato desejado. Eu entendi isso, mas quem não sabia nada de francês ficava olhando sem entender nada.


Bem, antes não tivéssemos entendido e virado as costas. A comida era horrível e deixamos praticamente tudo. Nos viramos com algum lanche que já estava na mochila e voltamos para o Museu da Guerra, dessa vez para ver a coleção das duas grandes guerras.


Sem dúvida alguma é o museu que mais gostei de toda a Europa e lamentei muito que no Brasil não houvesse algo assim. Enorme, rico em conteúdo e informação, tudo que você vê tem explicação por escrito em francês e inglês, além de algumas placas situando no contexto histórico. Mapas gigantescos, fardas de oficiais, armas, armaduras, tanques, simuladores eletrônicos com audioguia gratuito. Você tinha tudo para entender como a guerra realmente ocorreu. O lugar estava repleto de estudantes. Não há muita desculpa para ser ignorante em Paris.


Fomos na Igreja Saint Louis, que fica ali dentro do complexo dos
Invalides. Muito bonita por fora e por dentro.

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Em seu interior estava a Tumba de Napoleão, gigantesca.

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Engraçado fazerem algo tão grande pra um sujeito tão baixinho. É como falei pra minha esposa, queriam que a imagem de Napoleão ficasse pela eternidade como sendo a de uma espécie de ser inatingível e místico.


Seguimos para o Auditório Charles de Gaulle, onde recebemos um audioguia gratuito, que funcionava automaticamente via wireless quando você se aproximava do ponto de interesse. O auditório é repleto de salas de filmes e painéis interativos, onde você podia se informar da história recente francesa, da época do presidente que dá o nome ao local.

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Já estava perto da hora do museu fechar, então ficamos uma meia hora e saímos. Ainda passamos rapidamente no Museu des Plans-Reliefs, um museu de maquetes, onde vimos o Mont Saint Michel em miniatura.


Já com muita fome, abastecemos num mercado chamado Naturalia, onde compramos vários produtos mais adequados para minha esposa, que tem restrições alimentares. Apesar do peso das sacolas, resolvemos caminhar até a Torre Eiffel, que não estava muito longe dali. Paramos em frente à Escola Militar para descansarmos, até que eu vi uma das cenas mais curiosas da viagem. Um cachorrão no meio do nada surge com uma bola de tênis na boca. Deixou no chão e começou a olhar pra mim, abandonando o rabo. Não tive dúvidas e dei um bico na bola. Ele partiu em disparada, pegou a bola, trouxe de volta e aí tive uma terrível revelação: até os cachorros franceses jogam mais futebol do que eu. O cão não só trouxe a bola, como CHUTOU para mim. Nunca vi nada igual. Fiquei que nem um babaca chutando a bola pra ele, que rapidamente a agarrava com a boca, trazia de volta e chutava pra mim. Minha esposa filmou tudo e bem observou que na verdade era uma cadela, com coleira e muito bem tratada.


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... OVYhRDap0k


Deixamos nossa nova amiga pra lá, correndo atrás de outros manes pra jogar bola com ela. Vimos mais dois cachorros jogando bola bom um sujeito. Não é à toa que a França tem dado um banho de bola no Brasil, eles treinam até os cachorros. Continuamos andando e chegamos ao Campo de Marte, onde avistamos a belíssima Torre Eiffel.


Após inúmeras tentativas frustradas de tentarmos tirar fotos de nós mesmos, um grupo de mulheres falando espanhol se ofereceu pra tirar uma nossa em troca, obviamente, de tirarmos umas delas.

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Seguimos em direção à Torre. Já começava a anoitecer, de modo que a vimos começando a se acender, bem legal. Mais fotos.


Passamos por debaixo dela e adivinha ? Mais fotos. Tudo era fascinante. Após atravessarmos a Torre, comentamos que a miniatura do meu cunhado tem piscava umas luzes aleatórias e lamentamos pelo fato da original não estar assim. Achamos que aquilo era só no natal.


Bem, demos mais uma olhada pra trás e eis que o espetáculo das luzes tinha acabado de começar ! Bem bonito. Mais tarde descobrimos que começa a cada hora inteira, durando 5 minutos.


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... vN6KxdmU08


Atravessamos a ponte D’léna e beiramos o Sena atrás de uma estação de metrô, pois já estava cansado de carregar as compras. Passamos pelo Museu de Arte Moderna, o Palais de Tokyo e pegamos o metrô em Alma-Marceau, de volta para o hotel.

Dicas:

- se você for como 90 % dos homens, amante de história de guerras, o L'invalides terá para você uma importância tão grande quanto o Louvre, ou até maior. Até minha esposa gostou. O lugar é imenso, muito grande mesmo. Você até pode programar outra coisa pro mesmo dia, como o Rodin ou o D'orsay, mas acho que fica cansativo. Faça o L'invalides e tire o resto do dia pra uma atividade ao ar livre, como caminhar, a Torre ou o passeio de barco. Se gostar, volte no outro dia e faça o mesmo, intercale com algo que não seja museu.


- Você até pode não subir na Torre Eiffel, muita gente diz que não vale a pena (darei minha opinião nos próximos posts). Mas é indispensável ao menos passear pelo Campo de Marte e ir até ela, por baixo. É linda demais. Faça isso pouco antes do pôr do sol (é possível conferir os horários em vários lugares do mundo nesse site http://www.timeanddate.com/worldclock/sunrise.html ), de modo que você a verá de dia, começando a se iluminar de noite e, pouco tempo depois, com as luzes piscando.


- se você joga futebol, cuidado com os cachorros franceses. Irão te humilhar.

Paris dia 3 - Notre Dame e o Marais

Hoje o dia começa pela Notre Dame. Fomos andando, para apreciarmos as margens do Rio Sena.

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Passamos pelo Institut du Monde Árabe, o Musée de l’Assistance Publique e pegamos a Pont de L’archevêché, pequena ponte de arquitetura semelhante à Pont des Arts e igualmente lotada de cadeados. Notre Dame ao fundo.

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Contornamos a Notre Dame e fomos direto pra fila para subir a cúpula. O ideal é chegar cedo e evitar essa fila, pois só sobe um determinado número de pessoas por vez. Mas não conseguimos e esperamos uns 20 minutos nela, num frio do cão. A subida é bem mais tranqüila que a da cúpula da Basílica de São Pedro. Você tem mais pontos para descansar e é mais bem ventilada. Os souvenirs da lojinha eram mais baratos que nos Invalides.


Chegamos às gárgulas. É realmente impressionante, o que torna esta igreja a mais bonita de Paris. Entramos na torre do sino e tiramos ótimas fotos panorâmicas. Subimos mais e tiramos mais fotos.

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http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... Nd2vs7k44A


Descemos e entramos na Notre Dame, de interior bem bonito.

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Em seguida, fomos para a Conciergerie. Houve mais uma vez alguma dificuldade de localização, especialmente considerando que fica tudo numa ilha. Pelo mapa parece fácil identificar, mas na hora confundimos o que era ilha e o que não era e ficamos um pouco perdidos. Mas achamos a Conciergerie. O lugar é meia boca mesmo, como todo mundo diz, mas vale a visita se você tem o passe. O salão inicial é de arquitetura bonita, mas é vazião.


Depois você sobre pras prisões, que nada mais são do que quartos com bonecos simulando os antigos prisioneiros, tudo acompanhado de explicações. Havia alguns painéis interativos. Pra quem quer aprender história, vale muito a pena.


Como não tínhamos tempo, já partimos para a Saint Chapelle. Pegamos uma fila que não andava de jeito nenhum. Enquanto isso um sujeito com uma máscara feia ficava dando pegadinha nos outros, mais um artista de rua em busca do pão de cada dia. Isso ajudou o tempo passar.


Enfim entramos. Descobrimos porque a fila não andava, pois havia um esquema de segurança quase anti-terrorista. Não acreditei que aquilo era medo de explodirem a capela, o que me levou a concluir que era para evitar atingirem o Palais de Justice, que fica ao lado e pode ser visitado.


A capela é bonita, mas descobri que não vimos tudo ! Parece que são duas capelas, parte inferior e parte superior e só vimos a inferior. Não me lembro de ter visto em nenhum lugar escadas pra subir. Decepção, depois de perder tanto tempo na fila não ter visto tudo por estar mal sinalizado.

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A visita agora continua pelo Marais, famoso bairro dos boêmios parisienses. Paramos na Place du Chatelet, que tem um monumento bem bonito

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e seguimos para o Hotel de Ville, construção gigantesca e bonita.

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Seguimos pela Rue du Renard até o Pompidou. Paramos na Place Igor Stravinsky, repleta de monumentos de arte moderna. Achamos legal, apesar de não apreciarmos arte moderna.


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... -1Yd5M8k9k


Como estávamos com o passe, resolvemos entrar no Pompidou. O lugar tem uma cara de shopping, com várias escadas rolantes.

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Passeamos um pouco, fomos no topo, onde há uma vista panorâmica. Estava frio demais pra ficar do lado de fora, de modo que não valia a pena tirar fotos. O passeio prossegue pelas ruas do bairro. Pegamos a Rue du Temple e passamos pelo Museu D’art e D’histoire du Judaisme. No bairro vimos muitas referências à cultura judaica, dentre elas uma sinagoga.


Passamos pela Rue des Archives, onde há um museu que leva o nome da rua e dobramos na Rue du Roi de Sicile. Pegamos a rue des Ecouffes, rue des Rosiers, passando pela Biblioteque Historique de la Ville de Paris, Jardin de L’Hotel Lamoignon até finalmente chegarmos a Place des Vosges, onde ficaríamos até anoitecer, após vermos a Maison de Victor Hugo.


Porém, mais uma vez tive que ir ao banheiro. Rodamos por ali pra achar um lugar em conta e nada. Entrei num restaurante e pedi um café com crepe. Esvaziei a bexiga aliviadíssimo. Após apreciar o café e batermos um papo, fomos para a Praça. Ali veio a decepção, fechada. Achávamos que as praças não fechavam, mas fecham.


Caminhamos desiludidos e pegamos a Rue Saint Antoine, passando pelo Hotel de Sully e parando para rever o roteiro na estação Saint Paul. Decidimos andar até a Bastilha e encerrarmos o roteiro, pois já estávamos cansados e era noite. Só que eu, animal, nos guiei pela direção errada, de modo que eu paguei o mico de filmar a Place de L’hotel de Ville, onde já estivemos, e dizer que aquela era a Place de la Bastille. Quando vi o Bazar de Ville, pensei: “que merda”.


Estava determinado a conhecer a Place de La Bastille e a Ópera, de modo que minha esposa se comoveu e resolveu usar seus 10 % de energia restantes para pegarmos o metrô até lá. Saltamos. O lugar é legal mesmo, cheio de vida e bem iluminado. Tiramos fotos do monumento que ficou lá, já que a antiga prisão que foi a Bastilha não existe mais. E conhecemos por fora a Ópera Bastille. Pegamos o metrô e voltamos “pra casa”.

Dicas:

- Chegue bem cedo tanto na Notre Dame, se quiser subir nas torres, quanto na Saint Chapelle, pro passeio regular. Ambas são cheias mesmo em baixa temporada. No caso de Notre Dame, parece que só sobem 20 pessoas por vez. A igreja é imperdível e a subida vale muito a pena.


- Fique atento na Saint Chapelle, pra não dar o mesmo mole que demos.


- planeje bem sua visita ao Marais, pesquisando o que há de interessante pra se fazer por lá. Foi dos passeios a pé que menos gostamos, mas acho que deixamos de passar pelos lugares mais interessantes. Achamos bem comum. Deste trajeto que fizemos, creio que Chatelet, Place des Vosges e Hotel de Ville sejam os pontos altos, assim como a Bastille, de noite. 


Paris dia 4 - Do Louvre até o Arco do Triunfo.

Hoje era o dia do Louvre. Acordamos o mais cedo que pudemos e partimos. Como o dia estava nublado, não levamos óculos escuros. Grande erro. A claridade estava forte mesmo assim e incomodou minha esposa, que teve uma enxaqueca. Nem adiantou comemorar o fato de que entramos facilmente pela pirâmide, sem enfrentarmos nenhuma fila (pra quem tinha o passe). Só deu tempo de vermos Cour Marly e um pedaço dos fossos medievais e eu sugeri de voltarmos pro hotel, pra ela tomar um remédio, descansar e, se estivesse melhor, voltar com os óculos. Foi o que fizemos.


Entrar no Louvre novamente foi fácil.

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Não sei se era porque já estava tarde, ou se era a época. Mas dentro do museu estava tudo cheio. Resolvemos visitar as principais obras indicadas num mapinha que pegamos gratuitamente na entrada. Retomamos os fossos medievais, que não eram tão legais quanto pareciam.


Pegamos a ala egípcia, muito interessante, mas enormeeeee.


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... YMaAyeMC9A

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http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... TNQ2yfEmyM


Mumia


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... TNQ2yfEmyM


Ficamos bastante frustrados porque a ala do livro dos mortos estava fechada. Só deu pra tirar uma foto roubada, por cima da porta.


Após muito andarmos, conseguimos finalmente sair da ala egípcia e vimos a Vitória de Samotrácia.

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Próximo dali chegamos às pinturas italianas, onde pudemos ver obras de Da Vinci e outros pintores e, é claro, a Monalisa. É bem pequena como dizem. O museu não estava tão cheio, de modo que conseguimos chegar perto pra tirar fotos.

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Mais pinturas italianas, como a Coroação de Napoleão

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O museu já estava perto de fechar, pois já entramos tarde. Ainda tentamos correr pra ver se dava pra ver a ala dos apartamentos de Napoleão, mas não deu. Também já estava tarde pra ver a L’orangerie, o museu impressionista que fica ali perto. Saímos, tiramos fotos naquele espaço agradabilíssimo que fica ao redor do Louvre. Por ali há um jardim com estátuas.


Chegamos até uma fonte bem agradável, com cadeiras pra você se sentar. Ficamos parados um bom tempo por ali. Caminhamos mais pelo Jardim des Tuileries até chegarmos a mais uma fonte. Andamos mais, até que vi o monumento da Place Concorde. É lindíssimo, assim como umas fontes que ficam por ali, de decoração egípcia.

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Atravessamos e caminhamos pela Champs Élysées. Passamos pelo Grand Palais, mas não paramos. Seguimos pela rua e paramos em algumas lojas, em busca de opções para presentes. Não achamos nada que nos agradasse. A rua só tem lojas de marca e é tudo caro. É até legal de se ver, mas não curto muito esse tipo de passeio, prefiro outras coisas. Após andarmos muuuito, chegamos ao Arco do Triunfo. Já estávamos cansados demais para subi-lo, de modo que só tiramos fotos dali debaixo mesmo.

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Pegamos o metrô meio cheio, fizemos conexão na Bastille e assim se encerra o dia

Dicas:

- O Louvre é enorme e por isso muita gente fala em um dia inteiro só pra ele. De fato é enorme, mas muito tempo fazendo a mesma coisa deixa a atividade saturada. Divida o Louvre em mais de um dia, se te interessar, especialmente se você tiver o Paris Museum Pass. Creio que 4 horas por dia pro Louvre estejam de bom tamanho. Recomendo também pesquisar sobre a visita, para ir somente nos lugares que te agrada. Não dá pra ver tudo. Na entrada há um mapinha com a localização das atrações mais populares, é uma sugestão que seguimos por não termos tido o cuidado de pesquisar previamente.


- Entramos pela pirâmide porque não vimos filas, talvez pela época, mas o normal é ter filas imensas, pelos relatos, pois esta é a entrada mais popular. Se a vontade é passar por dentro da pirâmide, faça isso na saída. Segundo estes relatos, a melhor entrada é pelas Galerias Richelieu, cuja entrada é acessível pela saída da estação de metrô "Palais Royal - Musée du Louvre".


- Achamos o roteiro deste dia bem planejado, mesmo com os imprevistos. A Champs-Elysees é grande, mas você pode parar para descansar em alguma das inúmeras lanchonetes no caminho. Tudo é bem linear, você não se perde e vê muita coisa bonita entre o Louvre e a Concorde. Porém, pra quem vai subir o Arco, não recomendo andar toda a Champs-Elysees, como fizemos. Você chegará morto no final e ainda teria escadas pra subir.


- o aquecimento no Louvre parece ser o mais forte de Paris. Nem pense em ir com roupas de frio que você não pode tirá-las, use ao menos uma roupa mais fina por baixo. Chegamos lá encasacados e no final estávamos com apenas uma camisa.

Paris dia 5 - D'orsay, L'orangerie e passeio pelo Sena

Mortos e destruídos, custamos a acordar. O dia era pra conhecer Versalhes, mas acordamos tão tarde que achei melhor deixar pra outro dia. Resolvemos mudar o roteiro inicial e fomos pro D’orsay, que estava programado para conhecermos depois de voltarmos do Vale do Loire. Antes, paramos pra almoçar no restaurante do museu, bem bonito.

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A comida era mais ou menos. Você pede o prato, mas só vem a carne. Na Europa em geral é assim, se quiser ficar realmente satisfeito você tem que pedir entrada, prato principal, que é geralmente uma carne e uma sobremesa. Detalhe, carnes sempre mal passadas, você tem que pedir pra vir bem passada pra poder vir razoavelmente no ponto.

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O museu estava em reforma, de modo que várias de suas obras mais importantes estavam indisponíveis. E o esquema de segurança é extremamente fresco, não te deixam tirar nenhuma fotinha. Mas ainda assim gostamos inicialmente, pois havia muitas explicações sobre as obras e os estilos, como o simbolismo, naturalismo e movimentos de curta duração e pouco famosos, cujos nomes não me recordo agora. Mas já estávamos saturadíssimos de arte e não ficamos muito tempo lá. Partimos para a Loja de Lingerie, digo, L’orangerie, um mini museu impressionista onde estão as Ninféias de Monet e otras cositas. As ninféias são até legais, mas penso que o museu é pequeno demais para exibi-las. Você precisa ver de longe e sempre tem um mané na frente.

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No andar inferior havia obras de outros artistas, onde pudemos ver um quadro impressionista de Dali, dentre outros. Os fiscais estavam determinados a não deixarem ninguém tirar fotos e já estávamos cansados mesmo, não tiramos nenhuma. Mentira, tiramos uma, o que nos leva a suspeitar de que temos descendência japonesa.


Caminhamos pelas margens do Sena e atravessamos a lindíssima Pont Alexandre III, a que considero ser a mais bonita de Paris. Decorada com estátuas e detalhes de ouro.

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Seguimos andando até chegarmos ao ponto inicial do Bateaux Parisiens, uma das companhias que faz o passeio de barco no Sena. Optamos por esta, pois supostamente estava incluída a Estátua da Liberdade no passeio, o que mais tarde vimos que não ocorreu. Vimos a Torre Eiffel de dia e nos despedimos dela

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O passeio é bem legal e altamente recomendado. Chegamos quase na hora de partir, de modo que ficamos na rabeira da fila. O pessoal que entrou primeiro correu pra pegar lugar na parte de dentro, do lado da janela. Pensei, que povo otário, dentro não dá pra tirar fotos, é bem melhor ficar fora. Bem, otário fui eu, pois fez um frio de doer os ossos. Ao menos valeu, pois deu pra fazer um vídeo sem janelas pra atrapalhar


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... CD6B8uh4K0


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... TUkg6wGo1I


Acabamos resolvendo ficar na parte de dentro e pegamos um lugar meio ruim, no meio. Não dava pra filmar, nem fotografar direito, o que nos frustrou um pouco. 1h de passeio e chegamos. Resolvemos voltar mais cedo, pois no dia seguinte acordaríamos cedo para ir ao Vale do Loire. Passamos pela Maison de la Culture du Japon à Paris, pegamos o metrô e partimos.

Dicas:

- Pra quem quiser fazer o jantar no Sena, há uma companhia que faz mais barato, chamada "Vedettes du Pont Neuf". Você pega o barco justamente ali, embaixo da Pont Neuf, perto da Notre Dame. Pro passeio regular, creio que tanto faz.


- Não fique do lado de fora se estiver fazendo frio, como fizemos. Corra para pegar um lugar na parte de dentro, perto da janela.


Vale do Loire - Tours

Pegamos o trem cedíssimo para a Gare du Nord, preocupados com a hora. Mas foi moleza. Os trens em Paris saem no horário marcado, dificilmente tendo atrasos e as plataformas aparecem no visor 20 minutos antes. Que diferença pra Itália, onde a informação saía aleatoriamente. A viagem foi curta, mas conseguimos dormir. Estava muuuito frio neste dia.


Chegamos na estação e ficamos meio perdidos, pois não havia nenhuma indicação de onde era a companhia que vendia as excursões. Pensei, fodeu. E com isso o tempo passando, chegamos 9:10 e já sairia uma excursão 9:30. Nós, que até aquele momento tínhamos nos virado sem precisar pedir informação, teríamos que arriscar o francês.


E assim foi. Entrei no lugar errado, na empresa de ônibus chamada Touraine, achando que era lá que vendia a nossa excursão (que também tinha “touraine” no nome, a Touraine-Evasion). Perguntei em francês se a senhora falava inglês, mas não falava. Tive que mandar meu francês bizarro e ela explicou em francês onde era. Deu pra entender, ufa. Era pra irmos ao escritório de turismo, ali pertinho e assim procedemos. A funcionária do centro de turismo era bem simpática e falava inglês, de modo que foi fácil. Pegamos a excursão Azay Le Rideau e Villandry, de 9h30 até 12h30, numa van que dificilmente fechava a porta. A motorista parecia saída do filme do Blade, meio forte e grande, toda vestida de preto e tinha uma capa, ou algo parecido.


Felizmente ela não nos mordeu, nem nos matou. Falava um inglês perfeito e tinha um jeito meio masculino. Só havia eu, minha esposa e duas senhoras com cara de japa. Ficamos em Azay Le Rideau. Inicialmente não estava planejado de entrar nele, mas acabamos entrando, pois pela excursão havia desconto. O castelo é bem pequeno e pouco decorado. O exterior é bonito. Como primeira impressão, valeu, mas pra quem já conhecia outros certamente se decepcionaria.

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Fomos para Villandry, onde optamos por ficarmos só nos jardins. Foi suficiente, pois os jardins são grandes e bonitos. Na primavera o espetáculo deve ser maior, mas no outono já estava bem bonito.

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Terminamos a excursão no centro de Tours. Fomos na estação de trem e consegui falar o suficiente pra comprar o bilhete de ida e volta pra Chenonceau. Felizmente fui atendido por um funcionário simpático e prestativo. Estávamos famintos e o trem partiria em pouco mais de meia hora. Resolvemos ir no Mc Donald’s, que era ali pertinho. Estava lotadíssimo e bem bagunçado. Após alguma dificuldade de comunicação, consegui fazer meu pedido e deu tempo de levarmos o lanche pro trem. Chegamos rapidinho, em menos de 20 minutos. Diferente do que mostra o Google Maps, a entrada pro castelo já fica quase ao lado da estação de trem. Ficamos preocupados com a volta, pois a estação não tem quase nada, deserta, sem nem um guichê.

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O castelo fica rodeado por um bosque bem legal. Lindas cores se formaram entre árvores e céu. Passamos um tempo ao redor, andando na beira de um lago e ficando um pouco num jardim.

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Entramos. O castelo não é muito grande, mas é bem legal. Visitamos tudo, seguindo um mapinha que dão gratuitamente.


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... oTiVnW-5ek


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... t-q1VstSLw


Na volta, ainda conhecemos um outro jardim e um labirinto de jardim.


Na volta o desespero pra comprar a passagem. Cadê a tal da máquina ? Nada. Perguntamos pra uma mulher e um cara, que passavam por ali. Ela disse que não era de lá, mas que achava que a máquina deveria estar em algum lugar por ali. Passou mais um sujeito e ela perguntou pra ele, que apontou onde era a bendita máquina. Tudo isso em francês, que parto. Achamos a máquina, mas o problema não acabou. Com a estação ainda deserta, precisávamos aprender a comprar. As instruções estavam todas em francês. Tentamos manter a calma e li as instruções. Havia uma etapa que não passava de jeito nenhum, até que de tanto futucar eu percebi que o botão além de poder se apertado, também girava. Problema resolvido, girando o botão você selecionava a opção que faltava e comprava. Após grande sufoco, passagem na mão. Ficamos tão felizes com nossas passagens lindas que resolvemos tirar mais fotos com elas


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Fomos fazer o check-in no hotel. A cidade estava iluminada e bonita, nos arrependemos de deixarmos as fotos pra depois. No hotel, fomos recebidos por uma bichoooooooona, mas daquelas bichas que juram ser quase mulher. Fazendo caras e bocas, nos deu as instruções que precisávamos e perguntou se pegaríamos o café da manhã do hotel, cobrado a parte. Tudo isso em francês. Achei que ele não falava inglês e fui respondendo no meu francês "homem das cavernas". Até que me enrolei em algo e ele falou em inglês, aquele puto. Cansados, fomos dormir.

Dicas:

- Há 3 formas de se conhecer o Loire: transporte público, excursões e de carro. Com a primeira opção não é fácil visitar todos os castelos. O acesso a dois dos principais, Chambord e Cheverny, é bem difícil dessa maneira, pois os ônibus são pouco frequentes. Pra quem vai viajar entre junho e agosto (se não me engano, nesse período) há um ônibus turístico que faz este trajeto. Fora desta temporada, o ônibus passa apenas uma vez por semana, em horários restritos. Já pra visitar Chenonceau, um dos castelos "top 3" da região, é facílimo, como descrevi. Pegou o trem, saltou na estação, praticamente chegou no castelo. E prestando atenção no que eu escrevi você não terá dificuldades em voltar. Já por excursões, você resolve tudo no centro turístico de Tours, que fica a poucos passos da estação de trem. É cômodo e não é caro, pelo benefício obtido, mas é corrido. De carro é a opção mais popular, há muitos estacionamentos gratuitos, inclusive nos castelos e as estradas são boas, não optamos por isso por questões pessoais. Dizem que o caminho nas estradas é bonito. Nós na excursão não vimos nada de mais, talvez em outra estrada. Há ainda a comodidade de parar onde quiser, pelo tempo que preferir.


- os jardins de Villandry são imperdíveis, especialmente se você vai na primavera. Nós fomos no outono e ainda assim estava legal. Já a entrada no castelo creio que seja dispensável. Entrar em um só pra mim é suficiente, depois fica tudo meio igual ... a diferença básica que vimos entre Chenonceau e Azay le Rideau por dentro é que o primeiro é mais decorado. Entre só em Chenonceau ou Cheverny e conheça o resto por fora.


- os trens na região são confortáveis e não se atrasam. Pode pegá-los sem se preocupar. Não vale a pena agendar excursões em Paris para conhecer o Loire, é perda de grana. Pegue o trem e vá pra Tours, agendá-las. Na maioria das vezes não há problemas de que esgotem, mas há exceções, como descreverei a seguir.

Vale do Loire - Amboise

Na manhã seguinte, tomamos o bem meia boca café da manhã do hotel e fomos pro escritório de turismo comprar a excursão “Chambord-Cheverny”. Mas estava completa e não havia outra igual. A funcionária ofereceu outras, mas nenhuma contemplava os dois castelos e algumas incluíam Chenonceau, que já havíamos conhecido e teria sido perda de tempo ver por excursão. Frustrados, compramos a passagem de trem pra Amboise e partimos para ver um pouco mais de Tours. Chegamos à Catedral de Saint-Gatien

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Pegamos o trem e chegamos a Amboise. Não conseguir pegar a excursão acabou sendo o melhor que fizemos. A cidade é linda e caminhar por lá foi muito legal.


Chegamos ao restaurante Villa Roma, onde fomos orientados a fazer o check-in para acessar o quarto, que fica em cima dele. Fomos atendidos por uma funcionária bem simpática e meio escrava, pois trabalhava horrores e ainda tinha que atender a gente. O quarto era ótimo, bonito, confortável e com uma vista legal.


Pensamos em ir a Blois, que não estava no roteiro, mas era famosa por ser uma cidade bonitinha. Pensei, Amboise posso conhecer no dia seguinte, antes de voltar pra Paris. Andamos até a estação e vi que ficaria corrido ir pra Blois e ainda por cima não sabia o horário do trem pra voltar. Desistimos, resolvemos andar pela cidade e passear pelas margens do Rio Loire. Creio que tenha sido um dos melhores momentos de toda a viagem. Algo tão simples e tão legal. Sentamos na margem do rio e ficamos conversando um bom tempo. Depois caminhamos e tiramos várias fotos dessa paisagem pitoresca. Há mais no blog.


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... HEp1h8dmk0


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... R2l0FdmSnY

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Foi um momento bem “Antes do Amanhecer” (famoso filme), embora na verdade fosse pouco antes do pôr do sol. Em palavras é difícil descrever o que foi aquilo, mas as fotos ajudam um pouco. Já de noite, ainda andamos um pouquinho ao redor do Castelo de Amboise, mas esfriou muito. Jantamos no restaurante do hotel e fomos dormir.

Dicas:

- como você pode ver, o Loire é mais do que um conjunto de castelos. O lugar é pra relaxamento, andar sem pressa, admirando sua beleza. Vá a um ou dois castelos e deixe pra conhecer o resto por fora.


- recomendo a hospedagem em Amboise, pra quem está de carro e Tours, pra quem precisa de excursão.


- o almoço no Villa Roma achei com bom benefício pro custo apresentado, algo inferior a 10 euros contemplando prato principal (massa), sobremesa (Tiramisú) e bebida não alcoólica. Já o jantar é meia boca.Paris, dias 6 e 7 - Amboise, Montmartre, Ópera e compras.


O dia seguinte era o meu aniversário. Não conseguimos acordar muito cedo. Fomos até Clos-Lucé, antiga morada de Leonardo da Vinci, onde ele ficava enquanto trabalhava no Castelo de Amboise. Parece que havia uma passagem que ligava os dois lugares. Bem, não entramos, pois achei um assalto a entrada e já estava chegando perto da hora de pegar o trem, de modo que não haveria tempo para curtirmos muito. Cheguei a subir uma ruazinha dali perto, onde havia um ponto de observação

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http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... t2o3iQtSUw


Pegamos o trem, chegamos em Paris pouco mais de 2 horas depois, por volta de 15h15. Fizemos check-in novamente no hotel e fomos para o Mc Donald’s usar o wi-fi e comer algo. Tive a péssima idéia de comprarmos logo os presentes que faltavam e deixar pra comemorar o aniversário em outro dia. O funcionário do hotel, que falava português, nos indicou um shopping na Place d’Italie. Para lá fomos. Rodamos o resto do dia por lá e conseguimos comprar o presente da minha mãe e de nosso sobrinho. Acabou o dia :/


No dia seguinte, o bairro Ópera era o destino. Mas antes pegamos o metrô e saltamos em Pyramides, para passar na loja do Assimil, uma antiga rede francesa que vende cursos de idiomas em livros. Comprei alguns com o desconto que a vendedora nos deu, bem atenciosa. De lá, caminhamos até a Place Vendôme. Finalmente ela. Não achamos nada de extraordinário, é basicamente um monumento no meio. Começava a chover um pouco, de modo que tivemos que nos apressar. Chegamos na belíssima Ópera Garnier

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Andamos pela rue Saint-Honoré e chegamos à igreja Madeleine, bem bonita por fora e por dentro.

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Mas não pudemos aproveitar muito, pois mais uma vez no frio que fazia eu tinha que ir ao banheiro. Corri pra achar um Mc Donald’s e lá fomos. Entramos na Boulevard des Capucines e chegamos novamente à Ópera, com a chuva começando a apertar. Infelizmente o salão principal estava fechado por um motivo que não me recordo, de modo que mais uma vez só a vimos por fora. Lindíssima.


Pegamos o metrô para Anvers, para visitarmos Montmartre. A chuva já havia praticamente passado. Arredores da estação Anvers é um lugar horroroso, cheio de gente estranha e mal encarada. Fiquei meio paranóico ali. Seguimos pelas ruazinhas em direção à Sacré-Coeur, que podia ser avistada dali. Achamos desnecessário pegar o Funiculaire. Na escadaria havia uns negões sem fazer nada mexendo com algumas pessoas que passavam, ou vendiam coisas. Acho que mexeram com a gente, mas passamos reto e fiz que não ouvi. Subimos as escadas. Cansa, mas nada de outro mundo.

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A Basílica é bonita por dentro e por fora, mas dentro não pode tirar fotos. Ficam uns sujeitos lá de dentro o tempo todo dando esporro, falando em voz alta “no photo”. É engraçado como pra eles é mais importante não deixar tirar fotos do que preservar o silêncio de um lugar santo. Simbolizando toda a minha discordância com esta hipocrisia, posto aqui mais uma foto roubada :)

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Começou a chover de novo. Saímos rapidamente de lá e chegamos à Place du Tertre, onde alguns artistas fazem retratos. O lugar é realmente único, mas por outro lado a chuva e a preocupação com nossos pertences não me fez relaxar.


Place du Tertre, quadros ao fundo

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Vimos as placas pro Museu Dali. Entramos nele. Alugamos um audioguia em português a 3 reais. A mulher que gravou o audioguia tinha um sotaque engraçado, meio marrento. O museu é legal, conta muito a história do artista. Creio que ficamos 1h30 lá.

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http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... JBlp4QgGTI


Vale a visita. O sujeito era muito criativo, não só pintava de uma forma única, como era escultor, arquiteto e muitas outras coisas.


Começou a chover forte e passamos dos maiores perrengues da viagem. Chegamos a comprar uma capa chinesa vagabunda, mas foi o eu nos salvou. A chuva aumentou e o frio ficou insuportável. Já não sentia direito meus dedos. Caminhamos horrores em busca de uma estação de metrô e nada … deveria ser mais fácil achar uma, é mal sinalizado. Já congelados e molhados, chegamos à Place de Clichy, onde finalmente pegamos o metrô.


Ainda tínhamos reserva para a Torre Eiffel às 20h. Ficamos na dúvida se valia a pena irmos molhados e com frio, mas encaramos, com o apoio que Luciana deu. Quase sem filas, chegamos e subimos direto para o terceiro andar, pois o segundo era aberto e ainda estava chovendo. Lá em cima, com o frio absurdo que fazia, pouco aproveitamos. Foi só pela experiência de estar lá e porque a reserva tava feita. Voltamos pro hotel.

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Dicas:

- Como se pode ver, reservar a Torre tem seus prós e contras. Não pegamos nenhuma fila e em algumas ocasiões ela pode ser enorme. Mas demos azar de reservar num dia chuvoso. A reserva precisa ser feita com muita antecedência, coisa de mais de um mês antes, se você quiser pegar os melhores horários nos dias mais disputados. A uma semana da data quase todos os horários estão esgotados.


- A subida é algo controverso. Vi muita gente dizendo que é imperdível e também muitos que disseram haver vistas melhores. Nós gostamos, mas também gostamos da vista de Notre Dame. Há ainda a do Pompidou, da Sacré-Coeur (que nem gostamos muito), Tour Montparnasse e do Arco do Triunfo. Esta última dizem ser a melhor, mas não subimos para conferir.


- programe bem seu tempo para compras. É um saco, toma tempo demais. Saia do Brasil com tudo anotado, onde e o que comprar, ou perderá tempo valioso dentro de uma loja. E o pior, é tudo caro. Deixe pra comprar nos EUA, no Paraguai, enfim, onde é realmente barato.


- se optar por um espetáculo na Ópera Garnier, fique acompanhando o site com meses de antecedência, logo assim que sair. Os ingressos mais baratos se esgotam muuito rapidamente. A visita normal você consegue na hora, sem reserva. Só não entramos porque no dia estava fechado.


- Visite Montmartre sem nada de valor. Uma câmera compacta no bolso da frente creio que não haja problemas. Foi o único lugar de Paris que não me senti seguro durante o dia. Até mesmo em algumas estações de metrô há avisos para você não dar mole, especialmente em Pigalle, estação de metrô que fica por ali.


- evitamos o funicolare (o bondinho) porque achamos as escadarias tranquilas. De fato, nada de outro mundo, se você não tem problemas cardíacos ou algo do gênero. O problema são os desocupados que ficam por ali intimidando quem passa. Eu não recomendo, é melhor pegar mesmo o funicolare. Pra pegá-lo basta usar um bilhete válido de metrô.


- Montmartre em geral tem muitas ladeiras, não recomendo pra quem tem dificuldade com isso.

Estrasburgo

Foi duro sair da cama. O trem partiria bem cedo e além de estarmos cansados, fazia muito frio e chovia um pouco. Creio que se não fosse pelo trem já reservado teríamos mudado de passeio. Fomos até a Gare de L’est e pegamos o TGV, que em 2 horas depois chegou à estação. Chegamos. E agora ? Um frio absurdooooo, um dos maiores que já peguei na vida. Luciana, coitada, acostumada com aquele calorão do Nordeste, certamente pegou o pior frio da vida dela. E ainda chovia ! Ficamos naquilo, sair ou não sair, eis a questão. Após alguma indecisão, saímos, já que o trem de volta estava reservado para 20h e ainda eram 11.


Botamos nossa capa chinesa vagabunda, feia pra caramba e andamos. Lá na frente estava ele, tentador, o famoso Mc Donald’s. Sinônimo de comida que conhecemos, barata, wi-fi grátis e banheiro, lá entramos. Ficamos um pouco esperando passar a chuva e nada. Pela janela, víamos franceses e possivelmente alemães malucos andando sem capa, sem luva, mulheres de saia, tudo isso num frio que deveria estar perto de 0 grau.


Após lancharmos, criamos coragem e tentamos seguir o roteiro. Ou melhor, tentamos seguir uma rota alternativa para chegarmos logo à La Redoute, uma loja que venderia um sobretudo que minha irmã escolheu para ganhar de presente. Era o equivalente ao ponto H do roteiro original, de modo que tivemos que improvisar para começar por ele. Pegamos uma avenida que acreditávamos ser paralela à do roteiro, de modo que não ficássemos perdidos.


Com aquela horrível capa, sem nenhuma visão periférica e numa avenida que não era realmente paralela, acabamos nos perdendo. Vi pelo mapa que estávamos nos afastando bem do lugar desejado. O problema é que o mapa do Google Maps é uma merda, pois não aparece o nome de muitas ruas. Pegamos uma transversal e caminhamos, até chegarmos a uma praça chamada Les Halles, onde havia um shopping. Resolvemos entrar, para nos protegermos do frio e, quem sabe, acharmos o sobretudo da minha irmã, com um preço mais em conta. Até achamos em duas lojas, a New Look e a H&M, mas resolvemos não arriscar e procuramos a loja onde havia exatamente o modelo que minha irmã queria.


Saímos de lá em direção ao rio e vimos por acaso num mapa do lado de fora da Printemps que a rua da loja, rue de La Haute Montée, estava ali pertinho. Andamos por ela e não achamos a loja de jeito nenhum. Andamos, andamos, até percebermos que a rua tinha acabado. Voltamos e numa olhada mais minuciosa, vimos que a loja tinha fechado há pouco tempo e outra ficaria no lugar. Tudo isso naquele frio horroroso. Mais uma vez os desatualizados sites europeus nos pregaram peças.


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Voltamos pro tal shopping e compramos o tal sobretudo. De lá, resolvemos finalmente passear um pouco, tentando seguir o roteiro naquilo que fosse possível.


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... GNs6zXTONg


Na Place Kléber, havia um povo ouvindo essa banda estranha


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... yk2hAkMa04


Pela Église du Temple Neuf, Place Broglie, Opera du Rhin (que estava fechada), até chegarmos à Place de la Republique. Voltamos, andando em busca da Catedral, mas confiando apenas no senso de direção pelas referências (rio, o topo da igreja ao fundo, que acreditávamos ser a catedral), pois estava complicado nos orientarmos pelo mapa do Google Maps.


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Até chegarmos à bendita Catedrale Notre-Dame. Entramos. Lindíssima por dentro. Lá dentro há o relógio astronômico, que entra em funcionamento por volta de meio dia. No nosso roteiro inicial estava incluída vê-lo funcionando, mas com o frio e a chuva que fez, tivemos que alterá-lo.


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http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... zXhgCkVatQ


Saímos e caminhamos pela cidade


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http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... AlKVdkm3Zc


Já sem chuva, estávamos nos apaixonando pela cidade e tivemos vontade de fazer o passeio de barco. Mas nosso tempo estava acabando e fomos em direção à estação. Não foi fácil. Tudo escuro, tive que confiar mais uma vez no senso de direção e me guiar pelas referências, mas cheguei a ter que parar pra perguntar. Os moradores foram muito simpáticos e deram todas as referências, mas somente em francês. Quase congelados, finalmente chegamos à estação e pegamos nosso trem de volta para Paris.

Dicas:

- reservando com antecedência sai muito mais barato. É possível fazê-lo com 3 meses de antecedência, se não me engano. Mesmo esquema, entre no site da SCNF em francês. A cidade é fácil de se conhecer numa daytrip. Tentamos fazer o roteiro dele: http://wazari.wordpress.com/2009/10/07/estrasburgo/ mas só conseguimos parcialmente. Recomendo segui-lo.


- o lugar é frio mesmo. Parece que há decoração de natal lá, mas só recomendo ir no inverno se você gosta e tolera bem frio. Caso contrário, vá no verão.


- leve um mapa detalhadíssimo, pois não é muito bem sinalizado. A cidade parece pouco turística, acho que de toda a nossa viagem foi o lugar onde vimos menos turistas.


- não sei se foi azar nosso, mas à exceção de alguns poucos vendedores, ninguém falava inglês. Tivemos que nos virar com o francês, de modo que é bom anotar ao menos frases básicas. Leve papel e caneta, de modo que a pessoa poderá escrever se você não entender o que ela disse. Todos que pedimos informações foram muito bem receptivos. 


Paris dia 8 - mais compras e a despedida.

Mais um retorno a Paris e mais uma vez havia compras a se fazer. Pela manhã, fomos até a Republique comprar uma mala para colocarmos alguns dos presentes comprados.

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Fizemos um lanche e de lá fomos até a Rue de Rivoli procurar a H&M e a New Look. A primeira foi fácil de achar. A segunda ficava num tal Forum des Halles, mas o Google Maps dizia que ficava na Place de L’Hotel de Ville. Bem, o lugar estava totalmente errado e penamos pra encontrar. Uma senhora simpática nos viu com cara de perdidos e nos deu orientação do local verdadeiro. Seguimos.


Próximo ao local, o Forum des Halles, mais confusão. As poucas placas existentes apontavam em direções opostas (!!!). E o lugar era meio feio. Após rodarmos um pouco, finalmente achamos a bendita loja. Após fazermos as compras, já era bem tarde. Só havia tempo para deixarmos as compras na mala, na sala de bagagens do hotel e voltar para passearmos um pouco pela cidade e, principalmente, deixarmos nosso cadeado na ponte, como manda a tradição dos casais que visitam Paris.


Chegamos finalmente à Pont de l’Archevêché, escolhida para abrigar nosso cadeado. Perto da bela Catedral de Notre-Dame, pequena e não tão badalada quanto as outras, mas com seu próprio charme. Ali deixamos nossa lembrança e nos despedimos de Paris, para voltarmos ao Brasil.

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Dicas:


- Notre Dame tem uma beleza especial vista de noite, como você pode ver pelas fotos. Vale a pena visitar de dia e de noite, se seu tempo não estiver muito curto.

Epílogo

Pegamos nossas malas no hotel e pegamos o RER C, saltando novamente em Saint-Michel, onde pegamos o RER B. O trem estava lotado ! Quase não conseguimos entrar. Uma gordona entrou atrasada, deu uma ombrada na gente para poder entrar no vagão e quase nos jogou longe, rs. Pior de tudo, a FDP pegou o trem no sentido errado ! Saltou em seguida. Por sorte saímos logo daquela lata de sardinha, pois em vez de irmos até Antoine pegar o Orlyval, o trem automático que leva ao aeroporto Orly, resolvemos saltar em Denfert-Rochereau, onde pegamos o Orlybus, ônibus que leva ao mesmo aeroporto.


Foi o melhor que fizemos, pois o ônibus partiu vazio e havia muito espaço para deixarmos as malas. Chegamos bem rápido, em menos de 15 minutos. O aeroporto é enorme e não havia muita sinalização, de modo que estávamos no setor errado (a TAP partia do setor oeste e estávamos no setor sul). Não havia nenhuma indicação, fomos para o sul na sorte, ao pegarmos o Orlyval. Para ir do sul ao oeste o trem é de graça.


Bem, o aeroporto estava deserto. Nosso vôo era só 8 da manhã. Descobrimos que não existem vôos de madrugada. Pior de tudo, começamos a ficar com fome e praticamente não havia o que comer, tudo fechado. Conseguimos comprar um refrigerante e um biscoito numa máquina. Por sorte tínhamos moedas, pois só se aceita este tipo de pagamento.


Foram longas horas de espera no saguão do aeroporto. Dormimos um pouco, mas passamos a maior parte do tempo acordados. Fizemos o check-in e entramos no avião, que partiu de Paris para Porto. O vôo foi bem tranquilo, mal dormimos e já acordamos.


O aeroporto de Porto (que cacofônico, hehe) é bem moderno, gostamos. Colocamos o formulário do Tax Free, que é um reembolso de impostos (12 % do valor do produto) que a Europa dá a turistas que gastam numa mesma compra mais de 170 euros, o que ocorreu no caso da câmera. Após mais uma fila inútil que a TAP criou, chamando passageiros muito antes do horário de embarque e demorando séculos para conferir documentação, finalmente embarcamos.


Viemos no pior vôo de nossas vidas. A maioria era de portugueses, visitando o Rio de Janeiro. Infelizmente esse povo não é chegado a higiene e o mau cheiro era horroroso. Não é exagero. As pessoas tinham um bafo horrível, que dava para sentir à distância e foi assim a viagem toda, pois não calavam a boca. Pra piorar, foi um vôo longo (10 horas) em que mal conseguimos dormir e ainda pegamos uma turbulência muito sinistra no final, o que levou a uma salva de palmas para o piloto quando ele pousou, hahaha.


Chegamos bem tarde no Rio e levamos uma eternidade para pegarmos nossas malas, algo em torno de 1h já descontado o tempo para passar na imigração.


No dia seguinte, resolvemos matar a saudade da tradicional comida brasileira. Fomos num bom restaurante aqui de perto, meio com cara de boteco, mas com uma comida excelente. Arroz, feijão e churrasco com fritas. Comemos como animais, sentindo um prazer que há muito não sentíamos. Definitivamente em matéria de culinária a Europa não deixou saudade.


Foi uma experiência interessante e passamos um tempo bem agradável em nossa viagem. É como eu costumo dizer para as pessoas que perguntam, os 28 dias de viagem parecem ter sido um tempo bom. Menos do que isso, ficaríamos com sensação de “quero mais”. Mais, já estaríamos cansados demais.


Vemos o velho continente com seus prós e contras, sem aquela aura de mágica que alguns insistem em se iludir. Os meios de transporte são muito melhores e quase tudo tem horário, até mesmo em cidades do interior. Lá existem muitos furtos e golpes, mas dificilmente você se sente ameaçado de violência. Parece haver menos impunidade, o que leva a interpretação errada de que os europeus parecem muito mais educados do que nós. Bem, de fato se cumpre mais os protocolos de polidez, mas é como já falei ao longo do blog, isto se deve mais a uma mecânica rígida desenvolvida com o tempo do que uma maior empatia. Os europeus podem ser mais egoístas e golpistas do que nós. Na verdade, acredito até que sejam. Fora da vigilância social, você vê pessoas tentando passar a perna, mal educadas e antipáticas. Aqui no Brasil os turistas são muito mais bem recebidos, afinal, o bom anfitrião quer receber bem seus convidados em agradecimento por terem vindo de tão longe prestigiar a nossa terra e o nosso povo.


A comida é outro ponto negativo. Tão bem falada, talvez seja maravilhosa para quem tem muito dinheiro. Mas para quem quer fazer refeições econômicas, definitivamente se come muito melhor no Brasil com 20 reais do que com 20 euros na Europa. E olha que estou desconsiderando o câmbio desfavorável. As comidas aqui são muito mais bem servidas e temperadas.


Sentimos muita falta da bela arquitetura europeia, seus museus fantásticos e sua natureza bem preservada. É ótimo ver um rio limpo e não ver lixo jogado por aí. Até vimos na Itália, mas na França o cuidado é maior. Uma pena que no Brasil em geral a arquitetura seja tão utilitária, agindo a construção apenas com o propósito de habitação, não como um lugar belo para se viver e admirar, de modo que o prazer de andar sem rumo por aqui não é o mesmo.


Enfim, a viagem serviu para curtirmos um ótimo momento num lugar de cultura diferente, paisagens diferentes, mas também para valorizarmos aquilo que temos de bom por aqui. O saldo final é muito positivo e mal podemos esperar para voltarmos, dessa vez para outros países. Só falta a oportunidade aparecer.