terça-feira, 10 de abril de 2012

Inglaterra

Introdução

A Inglaterra é uma das nações constituintes do Reino Unido. Historicamente dominante, ocupa a metade sul da ilha da Grã-Bretanha, à exceção de uma área a oeste, correspondente ao País de Gales. Limita a Norte com a Escócia, a Leste com o mar do Norte, a Sul com o canal da Mancha e a Oeste com o oceano Atlântico, Gales e o mar da Irlanda. Sua capital é Londres. Tem uma área de 130 439 quilômetros quadrados e uma população de 49 milhões de habitantes.
A área que é agora chamada de Inglaterra foi ocupada por povos de várias culturas por cerca de 35 mil anos, mas leva o seu nome dos Anglos, uma das tribos germânicas que ali se instalaram entre o séculos V e VI. A Inglaterra tornou-se um Estado unificado em 927 d.C., e desde a época dos Descobrimentos, que iniciou-se no século XV, teve um significativo impacto cultural e jurídico em todo o mundo. O idioma Inglês, a Igreja Anglicana e o sistema parlamentar têm sido adotados por outras nações. A Revolução Industrial teve origem na Inglaterra no século XVIII,se transformando no primeiro país industrializado, e a Royal Society lançou as bases da ciência experimental moderna.
O Reino da Inglaterra, que depois de 1284 incluiu Gales, era um Estado soberano até 1 de Maio de 1707, quando os Atos de União puseram em prática as condições estabelecidas no Tratado da União do ano anterior, resultando em uma união política com o Reino da Escócia para criar o Reino Unido da Grã-Bretanha. Em 1800, a Grã-Bretanha uniu-se com a Irlanda através de uma outra lei da União para se tornar o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda. Em 1922 o Estado Livre Irlandês foi estabelecido como um domínio separado; posteriormente, a Irlanda do Norte foi incorporada ao Reino Unido, criando o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte.

   Bandeira da Inglaterra

    Brasão de armas


  
Etimologia

O nome Inglaterra é derivado do Inglês antigo "ENGLAND" (England), que significa "terra dos anglos". Os Anglos foram uma das tribos germânicas que se estabeleceram na Inglaterra durante a Alta Idade Média. Segundo o Dicionário Oxford, o primeiro uso conhecido de "Inglaterra" para se referir à parte sul da ilha da Grã-Bretanha ocorreu em 497, e sua ortografia moderna foi usada pela primeira vez em 1038.

Cidades mais populosas


Educação

Universidade de Oxford.

A Educação é obrigatória no Reino Unido dos 5 aos 16 anos de idade, sendo oferecida em escolas financiadas pelo governo (state-funded schools) ou particulares (mais conhecidas por independent, também chamadas de public schools na Inglaterra e País de Gales). As escolas britânicas se classificam também por género, podendo ser escolas para garotos, escolas para garotas ou escolas chamadas co-educacionais. Podem ser ainda day schools (escolas diárias em que os alunos apenas estudam de dia) ou boarding schools (alguns ou todos os alunos estudam e residem na escola), sendo que a maioria das escolas independentes são boarding schools. Existe ainda uma outra classificação dentro do sistema britânico, que são as Grammar schools, destinadas aos alunos mais bem dotados academicamente. De outro lado, ainda existem as escolas especiais, que atendem alunos com necessidades educativas especiais, embora o sistema regular (mainstream) acolha estes alunos em regime de educação inclusiva.



    Geografia
Localização: Europa
Cidades Principais: Londres, Birmingham, Liverpool, Manchester, Leeds, Southampton, Nova York e Sheffield.
Clima: temperado oceânico
Temperatura média anual:
13ºC

Dados Culturais e Sociais

Idioma: inglês (oficial)
Religião:
cristianismo 80% , islamismo 11%, sikhismo 4%, hinduísmo 2%, judaísmo 1%, outras 2%
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): 0,940 (padrão elevado)
 
Economia
 
PIB (Produto Interno Bruto): US$ 1,9 trilhões (2006)
Renda per Capita:
US$ 38.000
Principais atividades econômicas:
indústria, finanças, turismo e comércio exterior.
Principais produtos exportados:
produtos químicos, automóveis, têxteis, aeronaves, produtos de metal, máquinas.
Principais produtos agrícolas produzidos:
cereais, trigo, aveia, centeio.
Moeda: libra esterlina

 Ponto Turístico - London Eye

A London Eye também conhecida como Millennium Wheel (Roda do Milênio), é uma roda-gigante de observação. Situada na cidade de Londres, capital do Reino Unido, foi inaugurada no ano de 1999 e é um dos pontos turísticos mais disputados da cidade. Desde 2006, a roda gigande deixou de ser a maior do mundo, após a inauguração da Estrela de Nanchang (160 m), localizada na cidade de Nanchang, China. Atualmente, a maior roda gigante do mundo é a Singapore Flyer, a qual realizou sua primeira volta no dia 11 de fevereiro de 2008.

História


A London Eye é considerada como um ponto turístico singular em Londres. Isso não apenas pela ousadia de seu projeto, mas também pelas dificuldades que a acompanharam desde quando foi concebida até sua inauguração.

A idéia


A ideia por trás da London Eye remonta ao início da década de 1990. Nessa época, tendo em vista o novo milênio que se aproximava, vários projetos foram apresentados para marcar essa passagem. Em Londres, o jornal The Sunday Times, em conjunto com a Architecture Foundation, decidiu dar início a uma competição onde se escolheria um projeto para uma nova estrutura na cidade.
Os arquitetos David Marks e Julia Barfield tiveram a idéia de criar uma grande roda-gigante. Mas não seria uma roda-gigante comum; ela possibilitaria uma vista de toda a Londres. Em vez de simples gôndolas, como nas rodas-gigantes convencionais, haveria grandes cabines fixadas à roda, dotadas de amplas janelas de vidro. As cabines se movimentariam de acordo com a rotação, sempre deixando o visitante numa posição ereta. De fato era um projeto muito inovador, diferente de tudo que já tinha sido construído na cidade desde então.
Mas será que era realmente necessário ter uma estrutura enorme bem no meio de Londres? Será que todos se importavam tanto com o novo milênio que era necessário até criar um novo ponto turístico? Independente dessas idéias, o Sunday Times ignorou as sugestões enviadas e acabou com a competição.
A London Eye vista da ponte de Westminster,a noite.

British Airways entra em cena


Mas David e Julia não abandonaram sua idéia. Decidiram criar a empresa Marks Barfield, levando em frente o projeto com seu próprio dinheiro. Até o tablóide londrino Evening Standard resolveu dar um impulso, fazendo publicidade em busca de parceiros para custear o plano.
Quando todos já achavam que nada ia dar certo, que todo o trabalho tinha sido em vão, a British Airways aparece. Numa parceria com a Marks Barfield, eles decidem pagar pela construção da então batizada British Airways London Eye.

A London Eye à noite, vista do Bankside.

A construção


O aval já tinha sido dado, e o lugar escolhido para a London Eye seria a margem sul do Tâmisa, bem próximo ao Parlamento. O distrito de Lambeth permitiu que ela ficasse, com a condição de ser desmontada cinco anos depois. Mas o problema era como ela chegaria ali.
Considerando que as ruas de Londres são demasiado estreitas e que seria impossível mover uma roda-gigante de 135 metros de diâmetro rio acima, foi decidido que ela seria construída no próprio Tâmisa, sendo suspendida depois. Todo o material usado viria por balsas. Apesar de ser um ícone londrino, muito pouco da London Eye é de fato inglês. As partes da roda foram fabricadas na Holanda, as cabines são dos Alpes Franceses, e as janelas foram produzidas em Veneza.
Todo o material subiu o rio até chegar ao lugar onde iria ser montada a roda. Em setembro de 1999, ela já estava pronta, e então iria começar o trabalho de 16 horas até suspender as 1.700 toneladas da London Eye. Mas, contra todas as expectativas, um cabo se rompeu. O novo milênio se aproximava e a mídia já chamava o projeto de Wheel of Misfortune (Roda do Infortúnio). Levou mais um mês e 10 dias até que ela estivesse "em pé". As cabines chegaram logo depois, e após 16 meses de trabalho, a inauguração estava marcada para o dia 31 de dezembro de 1999

A inauguração


Tudo já estava preparado. A abertura da London Eye se daria na passagem do ano, com a presença do Primeiro Ministro Tony Blair.
Mas ninguém poderia adivinhar que uma das cabines não iria ser aprovada num teste de segurança. Levaria mais um mês até que o público pudesse desfrutar do "vôo", como a British Airways chama o passeio.
Mas isso não impediu que a roda girasse sem passageiros. Nos últimos minutos de 1999, Tony Blair apertou um botão, um Concorde voou sobre o céu de Londres e os fogos foram lançados. O novo milênio já tinha chegado, e com ele a London Eye.
No primeiro dia de fevereiro de 2000, o público finalmente teve a chance de entrar na London Eye. O tempo estava essencialmente britânico, com muita neblina, mas isso não impediu os londrinos de experimentar seu novo ponto turístico. A mais nova roda-gigante de Londres provou ser um sucesso imediato.
Ironicamente, um outro projeto para o novo milênio que tinha sido amplamente apoiado pelo governo, o Millennium Dome, não fez sucesso algum. O mesmo foi recentemente comprado pela operadora de celular O2, a qual criou um espaço para shows com capacidade de 22.000 pessoas.
Hoje o "The O2", como é conhecido, é palco de grandes nomes como Linkin Park, Celine Dion e o show de Reunião do Led Zeppelin em 2006.

Turistas numa cabine da London Eye.

A London Eye hoje


A British Airways parou de patrocinar a London Eye desde o inicio de 2008. A atracao hoje e de propriedade da Merlim Entertainment Group, um dos maiores grupos de entretenimento da Europa. O grupo possui varios parques na Inglaterra bem como o famoso museu de cera Madame Tussauds com sede principal em Londres. As 32 cabines podem comportar 15.000 visitantes por dia e a volta completa dura um pouco menos de 30 minutos. Há diversos pacotes oferecidos aos visitantes da London Eye. Desde simples "voos" saboreando uma taca de champagne ate a possibilidade de alugar sua propria Capsula Privada com canapes, champagne e vinho.
Havia, como foi dito, uma restrição de cinco anos para a London Eye. Os críticos já tinham dado o apelido de Eyeful Tower, numa referência à Torre Eiffel, que também fora concebida para ser desmontada no futuro. Mas em 2002 o distrito de Lambeth concedeu à British Airways uma licença permanente.

London Eye a noite.
O terreno onde se encontra a London Eye é de propriedade do South Bank Centre, que possui vários outros prédios nos arredores. Em 2005 foi divulgado na mídia o conteúdo de uma carta que supostamente teria vindo da diretoria do SBC, afirmando que o aluguel passaria dos atuais £65,000 para £2,5 milhões, o que a British Airways considerou inviável. Nessa época houve boatos que a London Eye seria então movida para o Hyde Park, ou até mesmo para Paris. O South Bank Centre negou o conteúdo da carta.
Em 2006, depois de um conflito jurídico sobre o valor do aluguel, a British Airways e o South Bank Centre fizeram um acordo onde a London Eye deveria repassar pelo menos £500,000 por ano ao SBC, num contrato válido por 25 anos.
A London Eye entrou para o Guinness, como a maior roda-gigante do mundo. Mas em breve esse título deverá ser revogado, haja vista que há planos para construir uma roda-gigante de 170m de altura em Las Vegas e outra de 200m em Shanghai.
As estações do metrô mais próximas são Waterloo e Westminster.

Vídeo com fotos de diversos pontos turísticos de Londres, na Inglaterra.

Rússia

Introdução

Rússia (em russo Россия, transl. Rossíya), oficialmente Federação Russa ou Federação da Rússia, é um país localizado no norte da Eurásia (Europa e Ásia em conjunto).
Faz fronteira com os seguintes países (de noroeste para sudeste): Noruega, Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia (ambas através de Kaliningrado), Bielorrúsia, Ucrânia, Geórgia, Azerbaijão, Cazaquistão, China, Mongólia e Coreia do Norte. Faz também fronteiras marítimas com o Japão (pelo mar de Okhotsk) e com os Estados Unidos (pelo Estreito de Bering). Com 17.075.400 quilômetros quadrados, a Rússia é o país com maior área do planeta, cobrindo mais de um nono da área terrestre. A Rússia também é o nono país mais populoso, com 142 milhões de habitantes.
A história do país começou com os eslavos do leste, que surgiram como um grupo reconhecido na Europa entre o séculos III e VIII. Fundada e dirigida por uma classe nobre de guerreiros vikings e pelos seus descendentes, o primeiro Estado Eslavo do Leste, o Principado de Kiev, surgiu no século IX e adotou o cristianismo ortodoxo do Império Bizantino em 988, dando início à síntese das culturas bizantina e eslava que definiram a cultura russa. O Principado de Kiev finalmente se desintegrou e suas terras foram divididas em muitos pequenos Estados feudais. O estado sucessor do Principado de Kiev foi Moscóvia, que serviu como a principal força no processo de reunificação da Rússia e na luta de independência contra a Horda de Ouro. Moscóvia gradualmente reunificou os principados russos e passou a dominar o legado cultural e político do Principado de Kiev. Por volta do século XVIII, o país teve grande expansão através da conquista, anexação e exploração de territórios, tornando-se o Império Russo, que foi o terceiro maior império da história e se estendia da Polônia, na Europa, até o Alasca, na América do Norte.
Estabeleceu poder e influência em todo o mundo desde os tempos do Império Russo  (1721-1917) até ser o maior e principal estado constituinte da União Soviética (1922-1991), o primeiro e maior Estado socialista constitucional e reconhecido como uma superpotência que desempenhou um papel decisivo na vitória aliada na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A Federação Russa foi criada na sequência da dissolução da União Soviética em 1991, mas é reconhecida como um Estado sucessor da URSS. A Rússia é a oitava ou nona maior economia do mundo por PIB nominal e a sexta maior economia do mundo em paridade de poder de compra, com o quinto maior orçamento militar nominal e o terceiro maior em PPC. É um dos cinco Estados reconhecidos com armas nucleares do mundo, além de possuir o maior arsenal de armas de destruição em massa do planeta. A Rússia é membro permanente do Conselho de segurança das Nações Unidas, membro do G8, G20, APEC, OCX, EurAsEC, além de ser um destacado membro da Comunidade de Estados Independentes. O povo russo pode se orgulhar de uma longa tradição de excelência em todos os aspectos das artes e das ciências, bem como uma forte tradição em tecnologia, incluindo importantes realizações como o primeiro voo espacial humano.

  Bandeira da Rússia

  Brasão de armas

Cidades mais populosas na Rússia

Infraestrutura

 

Educação 

 

A Rússia tem um sistema de educação gratuito garantido para todos os cidadãos pela Constituição,no entanto, o ingresso ao ensino superior é altamente competitivo. Como resultado da grande ênfase em ciência e tecnologia na educação, médicos, matemáticos, cientistas e os pesquisadores aeroespaciais russos são, geralmente, de altamente qualificados. 

Desde 1990, a formação escolar de 11 anos foi introduzida no país. A educação estatal em escolas secundárias é gratuita; o "primeiro" ensino superior (nível universitário) é gratuito, mas com reservas: uma parte significativa dos estudantes está inscrito para o pagamento integral (instituições do Estado começaram a abrir posições comerciais nos últimos anos).

Em 2004, a despesa do estado com a educação atingiu 3,6% do PIB russo, ou 13% do orçamento do Estado. O governo aloca fundos para pagar as mensalidades dentro de uma cota estabelecida ou pelo número de estudantes de cada instituição estatal. Nas instituições de ensino superior, os estudantes recebem um pequeno salário e recebem alojamento gratuito.

 

Energia

Rede de oleodutos e gasodutos ligando a Rússia ao resto da Europa.

Nos últimos anos, a Rússia tem sido frequentemente descrita na mídia como uma "superpotência energética". O país tem as maiores reservas mundiais de gás natural, a 8ª maior reserva de petróleo e a segunda maior reserva de carvão. A Rússia é o maior exportador e o segundo maior produtor de gás natural do mundo, ao mesmo tempo em que é o segundo maior exportador e o maior produtor de petróleo do planeta, embora dispute o último estatuto com a Arábia Saudita, de tempos em tempos.
A Rússia é o terceiro maior produtor de eletricidade do mundo e o quinto maior produtor de energia renovável, este último devido à produção hidroeléctrica bem desenvolvida no país. Grandes usinas hidrelétricas são construídas na Rússia Europeia ao longo de grandes rios, como o Volga. A parte asiática da Rússia também possui um grande número de importantes usinas hidrelétricas, porém o gigantesco potencial hidrelétrico da Sibéria e do Extremo Oriente russo permanece largamente inexplorado.
A Rússia foi o primeiro país a desenvolver a energia nuclear para fins civis e construiu a primeira usina nuclear de energia do mundo. Atualmente, o país é o quarto maior produtor de energia nuclear. A energia nuclear na Rússia é gerenciada pela estatal Rosatom Corporation. O setor está se desenvolvendo rapidamente, com o objetivo de aumentar a quota total de energia nuclear a partir dos 16,9% atuais para 23% até 2020. O governo russo pretende atribuir 127.000 milhões de rublos (5,42 bilhões dólares) para um programa federal dedicado à próxima geração de tecnologia de energia nuclear. Cerca de 1 trilhão de rublos (42.700 milhões dólares americanos) deverá ser atribuído do orçamento federal para a energia nuclear e para o desenvolvimento da indústria até 2015.

 

Ciência e tecnologia


A ciência e tecnologia na Rússia floresceram na época do Iluminismo, quando Pedro, o Grande fundou a Academia de Ciências da Rússia e Universidade Estatal de São Petersburgo e o polímata Mikhail Lomonosov estabeleceu a Universidade Estatal de Moscou, pavimentando o caminho para uma forte tradição nativa de aprendizagem e inovação. Nos séculos XIX e XX o país produziu um grande número de notáveis cientistas e inventores.
Mikhail Lomonosov, cientista polímata, inventor, poeta e artista.

A escola física russa começou com Lomonosov, que propôs a lei da conservação da matéria anterior à lei da conservação de energia. As descobertas e invenções russas, em termos físicos, incluem o arco elétrico, a eletrodinâmica lei de Lenz, o grupo espacial de cristais, células fotoelétricas, efeito Tcherenkov, ressonância paramagnética eletrônica, heterotransistores e holografia 3D. Lasers e masers foram co-inventados por Nicolay Basov e Aleksandr Prokhorov, enquanto a idéia de um tokamak para a fusão nuclear controlada foi introduzida por Igor Tamm, Andrei Sakharov e Lev Artsimovich, que acabarão por conduzir o moderno e internacional projeto ITER, da qual a Rússia é parte.
Desde o tempo de Nikolai Lobachevsky (um "Copérnico da Geometria", que foi pioneiro na geometria não euclidiana) e do proeminente professor Pafnuty Chebyshev, a escola matemática russa se tornou uma das mais influentes no mundo. Entre os alunos de Chebyshev incluem-se Aleksandr Lyapunov, que fundou a moderna teoria da estabilidade, e Andrei Markov, que inventou as cadeias de Markov. No século XX, matemáticos soviéticos, como Andrei Kolmogorov, Israel Gelfand e Sergei Sobolev, fizeram grandes contribuições para várias áreas da matemática. Nove matemáticos russos/soviéticos foram agraciados com a Medalha Fields, prêmio de maior prestígio na matemática. Em 2002, Grigori Perelman recebeu o primeiro Problemas do Prémio Millenium por sua prova final da Conjectura de Poincaré.
O químico russo Dmitri Mendeleev inventou a tabela periódica, o quadro principal da química moderna. Aleksandr Butlerov foi um dos criadores da teoria da estrutura química, desempenhando um papel central na química orgânica. Biólogos russo incluem Dimitri Ivanovski, que descobriu o vírus, Ivan Pavlov, que foi o primeiro a experimentar o condicionamento clássico e Ilya Mechnikov, que foi um pesquisador pioneiro do sistema imunológico e probióticos.
Muitos cientistas russos e os inventores eram emigrantes, como Igor Sikorsky, que construiu os primeiro aviões e helicópteros modernos; Vladimir Zworykin, muitas vezes chamado de o "pai de TV"; o químico Ilya Prigogine, conhecido por seu trabalho sobre estruturas dissipativas e sistemas complexos; os economistas vencedores do Prêmio Nobel Simon Kuznets e Wassily Leontief; o físico George Gamow (autor da teoria do Big Bang) e o cientista social Pitirim Sorokin. Muitos estrangeiros trabalharam na Rússia por um longo tempo, como Leonard Euler e Alfred Nobel.
Soyuz TMA-2 é lançada de Baikonur, no Cazaquistão, carregando um dos primeiros grupos residentes da Estação Espacial Internacional.

As invenções russas incluem a soldadura desenvolvida por Nikolai Benardos, além de Nikolai Slavyanov, Khrenov Konstantin e outros engenheiros russos. Gleb Kotelnikov inventou o paraquedas de mochila, enquanto Evgeniy Chertovsky inventou o traje pressurizado. Alexander Lodygin e Pavel Yablochkov foram os pioneiros da iluminação elétrica e Mikhail Dolivo-Dobrovolsky introduziu os primeiros sistemas trifásicos de energia elétrica, amplamente usado hoje. Sergei Lebedev inventou a primeira borracha sintética comercialmente viável e produzida em massa. O primeiro computador ternário, Setun, foi desenvolvido por Nikolai Brusentsov.
As realizações da Rússia no domínio da tecnologia espacial e exploração espacial têm origem nos trabalhos de Konstantin Tsiolkovsky, o pai da austronáutica teórica. Seus trabalhos inpiraram os principais engenheiros de foguetes soviéticos, como Sergei Korolev, Valentin Glushko e muitos outros que contribuíram para a sucesso do programa espacial soviético nos estágios iniciais da corrida espacial e também posteriormente. Em 1957, o primeiro satélite artificial em órbita da Terra, o Sputnik 1, foi lançado; em 1961, a primeira viagem humana ao espaço que teve êxito foi feita por Yuri Gagarin; e muitos outros recordes da exploração espacial soviética e russa se seguiram, inclusive com a primeira caminhada espacial realizada por Aleksei Leonov, o primeiro veículo de exploração espacial, o Lunokhod-1, e a primeira estação espacial, a Salyut 1. Atualmente, a Rússia é o país que mais lança satélites no mundo e é o único fornecedor de serviços de transporte para turismo espacial.
No século XX, um número de proeminentes engenheiros aeroespaciais soviéticos, inspirado nas obras fundamentais de Nikolai Zhukovsky, Sergey Chaplygin e outros, criaram centenas de modelos de aeronaves civis e militares e fundaram uma série de KBs (Serviçõs de Construção) que passaram a constituir a maior parte da russa United Aircraft Corporation. Entre as famosas aeronaves civis russas incluem os Tupolevs, Sukhois e aviões de combate Mikoyan, séries de helicópteros Kamov e Mil; muitos modelos de aeronaves russas estão na lista dos aviões mais produzidos da história.
Entre os famosos tanques de batalha russos incluem-se o T-34, o melhor tanque da Segunda Guerra Mundial, e tanques adicionais de série T, incluindo o tanque mais produzido na história, T-54/T-55. O AK-47 e AK-74, por Mikhail Kalashnikov, constituem o tipo mais usado de fuzis do mundo, tanto que rifles do tipo AK foram mais fabricados do que todos os outros rifles de assalto combinados.
Com todas estas conquistas, no entanto, desde a dissolução da União Soviética, o país ficou atrasado em relação ao ocidente em uma série de tecnologias, principalmente aquelas relacionadas à conservação de energia e produção de bens de consumo. A crise dos anos 1990 levou à redução drástica do apoio do Estado à ciência e a uma "fuga de cérebros" da Rússia.
Nos anos 2000, na onda de um novo boom econômico, a situação da ciência e tecnologia na Rússia tem melhorado e o governo lançou uma campanha destinada a modernização e inovação. O presidente russo, Dmitry Medvedev, formulou 5 principais prioridades para o desenvolvimento tecnológico do país: uso eficiente de energia, informática (incluindo os produtos comuns e os produtos combinados com a tecnologia espacial), a energia nuclear e os produtos farmacêuticos. Atualmente a Rússia está a terminar o GLONASS, o único global sistema de navegação por satélite além do GPS estadunidense, e construindo a primeira usina nuclear móvel.

Transportes

A marca do km 9 288, no final da Ferrovia Transiberiana em Vladivostok.

O transporte ferroviário na Rússia está, na maior parte, sob o controle do monopólio da estatal Ferrovias Russas. Os lucros da empresa respondem por mais de 3,6% do PIB da Rússia e trata 39% do tráfego de carga total (incluindo gasodutos e oleodutos) e mais de 42% do tráfego de passageiros. A extensão total das vias férreas comumente usados ultrapassa os 85,500 km, perdendo apenas para os Estados Unidos. Há mais de 44.000 km de linhas eletrificadas, a maior rede do mundo e, adicionalmente, existem mais de 30.000 km de linhas de carga não-comum. As ferrovias da Rússia, ao contrário da maioria do mundo, usam de bitola larga de 1,520 mm, com exceção de 957 km na ilha Sacalina, que tem bitola estreita de 1.067 mm. A estrada de ferro mais famosa da Rússia é Transiberiana (Transsib), abrangendo um recorde de 7 fusos horários, sendo o terceiro mais longo serviço contínuo do mundo, depois dos serviços das linha de Moscou-Vladivostok (9,259 km), Moscou-Pyongyang (10,267 km) e Kiev-Vladivostok (11,085 km).
Em 2006, a Rússia tinha 933,000 km de estradas, dos quais 755.000 eram pavimentadas. Algumas destes compõem o sistema de auto-estradas federais russas. Com uma grande área de terra a densidade de estradas é a menor de todos os países do G8 e do BRIC.
102,000 km das vias navegáveis na Rússia vão, na maior parte, por rios ou lagos naturais. Na parte europeia do país, a rede de canais faz ligação com as bacias dos principais rios. A capital da Rússia, Moscou, é às vezes chamada de "o porto dos cinco mares", devido à sua ligação com a hidrovia para o Mar Báltico, Branco, Cáspio, Negro e Azov.
Os principais portos da Rússia incluem o Rostov do Don no Mar de Azov, o Novorossiysk no Mar Negro, Astrakhan e Makhachkala no Cáspio, de Kaliningrado e São Petersburgo no Báltico, Arkhangelsk, no Mar Branco, Murmansk, no Mar de Barents, Petropavlovsk-Kamchatski e Vladivostok, no Oceano Pacífico. Em 2008, a marinha mercante do país tinha 1.448 navios. A única frota do mundo de quebra-gelos nucleares avança a exploração econômica da plataforma continental do Ártico e o desenvolvimento do comércio marítimo na Passagem do Nordeste, entre a Europa e a Ásia Oriental.
Pelo comprimento total de gasodutos, a Rússia possui a segunda maior rede do planeta, atrás apenas da dos Estados Unidos. Atualmente, muitos projetos de novos gasodutos estão sendo realizados, incluindo os gasodutos Nord Stream e South Stream, que levarão gás natural à Europa, e o oleoduto ESPO, para o Extremo Oriente Russo e China.
A Rússia tem 1.216 aeroportos, sendo o mais movimentado Sheremetyevo, Domodedovo e Vnukovo, em Moscou, e Pulkovo, em São Petersburgo. O comprimento total das linhas aéreas na Rússia ultrapassa os 600,000 km.
Normalmente, as grandes cidades russas têm sistemas bem desenvolvidos e diversificados de transportes públicos, sendo as variedades mais comuns de veículos os ônibus, trólebus e bondes. Sete cidades russas, Moscou, São Petersburgo, Nizhny Novgorod, Novosibirsk, Samara, Ecaterimburgo e Cazã, têm sistemas de metrô, enquanto Volgogrado possui um metrotram. O comprimento total de metrôs na Rússia é de 465,4 quilômetros. O Metrô de Moscou e São Petersburgo são os mais antigos da Rússia, inaugurados em 1935 e 1955, respectivamente. Esses dois estão entre os sistemas de metrô mais rápido e mais movimentado do mundo e são famosos pela rica e única decoração de suas estações, que é uma tradição comum em metrôs e ferrovias russas.

Cultura


Cultura popular e gastronomia


Matrioshkas, artesanato típico russo.

Há mais de 160 diferentes grupos étnicos e povos indígenas na Rússia. Os russos étnicos com suas tradições eslavas ortodoxas, os tártaros e bashkires com a sua cultura turco-muçulmana, os nômades budistas buriates e calmucos, os povos xamânicos do Extremo Norte e da Sibéria, os montanheses do Cáucaso do Norte e os povos fino-úgricos da Região Noroeste e da Região do Volga, todos contribuem para a diversidade cultural do país.
O artesanato, como os brinquedos matrioshka e dymkovo, khokhloma, gzhel e a miniatura de palekh, representam um importante aspecto da cultura popular russa. Roupas étnicas russas incluem o kaftan, kosovorotka e ushanka para os homens, sarafan e kokoshnik para mulheres, com lapti e valenki como sapatos comuns. As roupas dos cossacos do sul da Rússia incluem a burka e papaha, que partilham com os povos do Cáucaso do Norte.
Mulher do Mercador, por Boris Kustodiev, apresentando a cultura do chá russo.

A culinária russa utiliza muitos peixes, aves, cogumelos, frutos e mel. As culturas de centeio, trigo, cevada e milho fornecem os ingredientes para vários tipos de pães, panquecas e cereais, bem como para kvas, cerveja e vodka. O pão de centeio é bastante popular na Rússia, em comparação com o resto do mundo. Saborosas sopas e guisados incluem borsch, shchi, ukha, solyanka e okroshka. Smetana (um creme azedo) é frequentemente adicionado a sopas e saladas. Pirozhki, blini e syrniki são tipos nativos de panquecas. Frango Kiev, pelmeni e shashlyk são populares pratos de carne, os dois últimos com origem nos tártaros e Cáucaso, respectivamente. Saladas incluem a salada russa, vinagrete e a Sel'd' Pod Shuboi.
O vários grupos étnicos da Rússia têm tradições distintas de música folclórica. Instrumentos musicais étnicos típicos do país são gusli, balalaika, zhaleika e garmoshka. A música popular teve grande influência nos compositores clássicos russos e nos tempos modernos é uma fonte de inspiração para uma série de bandas folclóricas mais populares, incluindo a Melnitsa. Canções populares russas, assim como canções patrióticas soviéticas, constituem o grosso do repertório do renome mundial da Assembleia Alexandrov e outros conjuntos populares.
Os russos têm muitas tradições, incluindo a lavagem em banya, um banho de vapor quente semelhante à sauna. Folclore russo antigo tem suas raízes na religião pagã eslava. Muitos contos de fadas russos e épicos bylinas foram adaptados para filmes por diretores de destaque, como Aleksandr Ptushko e Aleksandr Rou. Poetas russos, incluindo Pyotr Yershov e Leonid Filatov, fizeram uma série de bem conhecidas interpretações poéticas dos contos de fadas clássicos.

Arquitetura


Catedral de São Basílio em Moscou, a obra-prima da arquitetura russa.

Desde a cristianização do Principado de Kiev, por várias eras a arquitetura russa foi influenciada, principalmente, pela arquitetura bizantina. Além de fortificações (kremlins), os edifícios de pedra da antiga Rússia eram as igrejas ortodoxas, com suas cúpulas, muitas vezes, douradas ou pintadas.
Aristóteles Fioravanti e outros arquitetos italianos do Renascimento trouxeram novas tendências para a Rússia no século XV, enquanto o século XVI viu o desenvolvimento das igrejas em forma de tenda, que culminaram na Catedral de São Basílio. Nessa época o projeto de cúpula acebolada também foi totalmente desenvolvido. No século XVII, o "estilo fogo" de ornamentação floresceu em Moscou e Yaroslavl, gradualmente pavimentando o caminho para o Barroco Naryshkin da década de 1690. Após as reformas de Pedro, o Grande, a mudança de estilos arquitetônicos na Rússia geralmente seguiam os da Europa Ocidental.
O século XVIII foi marcado pela preferência à arquitetura rococó e levou à obras ornadas por Bartolomeo Rastrelli e seus seguidores. O reinado de Catarina, a Grande e seu neto, Alexandre I, viu o florescimento da arquitetura neoclássica, principalmente na então capital do país, São Petersburgo. A segunda metade do século XIX foi dominada pelo estilo Neobizantino e pelo "Revival Russo". Os estilos predominantes do século XX foram os da Art Nouveau, do Construtivismo e da Arquitetura Stalinista.
Em 1955, um novo líder soviético, Nikita Kruschev, condenou os "excessos" da antiga arquitetura acadêmica, e o final da era soviética foi dominado pelo funcionalismo na arquitetura. Isso ajudou, em parte, a resolver o problema da habitação, mas criou uma grande quantidade de edifícios de baixa qualidade arquitetônica, em contraste com os suntuosos estilos anteriores. A situação melhorou nas últimas duas décadas. Muitos templos demolidos nos tempos soviéticos foram reconstruídos e esse processo continua, juntamente com a restauração de vários prédios históricos destruídos na Segunda Guerra Mundial. Um total de 23.000 igrejas ortodoxas foram reconstruídas entre 1991-2010, o que efetivamente quadruplicou o número de igrejas que operam na Rússia.

 

Música e dança


A cena Dança da Neve, do balé O Quebra-Nozes, composto por Piotr Ilitch Tchaikovsky.

A música da Rússia do século XIX foi definida pela tensão entre o compositor clássico Mikhail Glinka, junto com seus seguidores, que abraçou a identidade nacional russa e adicionou elementos religiosos e populares em suas composições, e a Sociedade Musical Russa, liderada pelos compositores Anton e Nikolai Rubinstein, que eram musicalmente conservadores. A tradição posterior de Pyotr Ilyich Tchaikovsky, um dos maiores compositores da era romântica, foi continuada no século XX por Sergei Rachmaninoff. Compositores de renome mundial do século XX incluem também Alexander Scriabin, Igor Stravinsky, Sergei Prokofiev, Dmitri Shostakovich e Alfred Schnittke.
Os conservatórios russos geraram gerações de solistas famosos. Entre os mais conhecidos estão os violinistas David Oistrakh e Gidon Kremer; o violoncelista Mstislav Rostropovich; os pianistas Vladimir Horowitz, Sviatoslav Richter e Emil Gilels; e os vocalistas Feodor Chaliapin, Galina Vishnevskaya, Anna Netrebko e Dmitri Hvorostovsky.
No início do século XX, os dançarinos russos de balé Anna Pavlova e Vaslav Nijinsky alcançaram a fama. O empresário Sergei Diaghilev e as viagens ao exterior da sua companhia, a Ballets Russes, influenciaram profundamente o desenvolvimento da dança no mundo inteiro. O balé soviético preservou e aperfeiçoou as tradições do século XIX e as escolas de coreografia da União Soviética produziram muitas estrelas de renome internacional, como Maya Plisetskaya, Rudolf Nureyev e Mikhail Baryshnikov. O Balé Bolshoi, em Moscou, e o Balé Mariinsky, em São Petersburgo, tornaram-se famosos em todo o mundo.
O rock russo moderno tem suas raízes tanto no rock and roll, quanto no heavy metal ocidental, e nas tradições dos poetas russos da era soviética, como Vladimir Vysotsky e Bulat Okudzhava. Entre os grupos de rock russos mais populares incluem-se Mashina Vremeni, DDT, Akvarium, Alisa, Kino, Kipelov, Nautilus Pompilius, Aria, Grazhdanskaya Oborona, Splean e Korol i Shut. A música pop russa se desenvolveu do que era conhecido nos tempos soviéticos como "estrada", para uma indústria de pleno direito, com alguns artistas a ganhar reconhecimento internacional amplo, como t.A.T.u. e Vitas.

 

Literatura e filosofia

Leo Tolstoy (1828–1910), novelista e filósofo.

A literatura russa é considerada uma das mais influentes e desenvolvidas do mundo, contribuindo com muitas das mais famosas obras literárias da história. No século XVIII o seu desenvolvimento foi impulsionado pelos trabalhos de Mikhail Lomonosov e Denis Fonvizin e no início do século XIX uma moderna tradição nativa surgiu, produzindo alguns dos maiores escritores de todos os tempos. Este período, também conhecido como a "Idade de Ouro da poesia russa", iniciou-se com Alexander Pushkin, que é considerado o fundador da literatura russa moderna e muitas vezes descrito como o "Shakespeare Russo." Esse período prosseguiu pelo século XIX com a poesia de Mikhail Lérmontov e Nikolai Nekrasov, os dramas de Aleksandr Ostrovsky e Anton Chekhov e a prosa de Nikolai Gogol e Ivan Turgenev. Leo Tolstoi e Fiodor Dostoievski, em particular, são figuras "titânicas" da literatua, a tal ponto que muitos críticos literários têm descrito um ou o outro como o maior escritor de todos os tempos.
Por volta de 1880, a idade dos grandes romancistas acabou, enquanto os contos e a poesia se tornaram os gêneros dominantes. As próximas décadas ficaram conhecidas como a "Era de Prata da poesia russa", quando o realismo literário anteriormente dominante foi substituído pelo simbolismo. Os principais autores desta época incluem poetas como Valery Bryusov, Vyacheslav Ivanov, Aleksandr Blok, Nikolai Gumilev e Anna Akhmatova e romancistas como Leonid Andreiev, Ivan Bunin e Maxim Gorky.
A filosofia russa floresceu no século XIX, quando foi definida inicialmente pela oposição dos "ocidentalistas", que defendiam o modelo político e econômico ocidental, e os "eslavófilos", que insistiam no desenvolvimento da Rússia como uma civilização única. Este último grupo inclui Nikolai Daniliévski e Konstantin Leontiev, os fundadores do eurasianismo. Na desenvolvimento da sua filosofia, a Rússia sempre foi marcada por uma profunda conexão com a literatura e o interesse pela criatividade, sociedade, política e nacionalismo; o cosmismo russo e a filosofia religiosa eram outras áreas importantes. Notáveis filósofos do fim século XIX e início do século XX incluem Vladimir Soloviov, Sergei Bulgakov e Vladimir Vernadsky.
Após a Revolução Russa de 1917, muitos escritores e filósofos proeminentes deixaram o país, incluindo Ivan Bunin, Vladimir Nabokov e Nikolai Berdyayev, enquanto uma nova geração de autores talentosos se uniram em um esforço para criar uma cultura distinta da cultura da classe trabalhadora do novo Estado Soviético. Nos anos 1930, a censura sobre a literatura foi reforçada em consonância com a política do realismo socialista. Desde o final dos anos 1950, as restrições contra a literatura foram relaxadas e nas décadas de 1970 e 1980, os escritores russos cada vez mais ignoravam as orientações oficiais. Os principais autores da era soviética incluem os romancistas Yevgeny Zamyatin, Ilf e Petrov, Mikhail Bulgakov e Mikhail Sholokhov e os poetas Vladimir Maiakovski, Yevgeny Yevtushenko e Andrei Voznesensky.

 

Teatro e cinema


O Teatro Bolshoi.

O teatro russo é, sem dúvida um dos mais ricos do mundo, devido à sua quantidade de dramaturgos, escritores e peças de teatro. Pensa-se que os russos são aqueles que mais vão ao teatro em todo o mundo. Um dos maiores símbolos do teatro russo é o Teatro Bolshoi em Moscovo, onde são representadas inúmeras peças de teatro russas ou estrangeiras, além de ballet e ópera. O teatro russo começa desde muito cedo, antes da dinastia Romanov, onde se usavam marionetas e música tradicional.
O cinema surgiu na Rússia com os irmãos Lumière durante o fim da era czarista, quando estes exibiram filmes em São Petersburgo e Moscovo no ano de 1896. Aleksandr Drankov foi o primeiro realizador russo ao produzir Stenka Razin.
Durante a I Guerra Mundial, muitos foram os filmes produzidos sobre a guerra revelando ideias antigermânicas.
Sob a URSS, os filmes foram produzidos de forma condicionada o regime em vigor. Apenas as línguas oficiais da União eram aceites. Com a criação do programa espacial soviético, muitos filmes da URSS basearam-se em ficção científica como Solaris. Para muitos, o maior cineasta da era soviética foi Serguei Mikhailovitch Eisenstein.
No fim do século XX e início do século XXI, ou seja, depois da era da URSS, o cinema russo sofreu um golpe na qualidade dos seus filmes e muito poucos eram produzidos. Um dos filmes mais famosos e aceite pela crítica foi o Barbeiro da Sibéria (1998).

 

Pintura


A Nona Onda, por Ivan Aivazovskii.

A pintura na Rússia tem uma história demarcada por cinco fases bem distintas. Inicia na cristianização do Khaganato de Rus, ocorrida em torno de 860, quando o intercâmbio cultural com o Império Bizantino levou para lá a tradição da pintura de ícones. Essa tradição, toda voltada para a religião, constituiu a única manifestação em pintura na Rússia até a ocidentalização do país no século XVIII por Pedro, o Grande, quando em menos de meio século formou-se uma escola de pintura toda nova, de caráter profano, e correlacionada ao fim do Barroco que se desenvolvida no resto da Europa.
Integrando-se à evolução geral da arte européia desde então, a pintura russa teria um momento de destaque e daria uma importante contribuição própria à arte ocidental por ocasião da emergência das vanguardas no início do século XX, quando pintores como Kandinsky e Malevich seriam os precursores dos movimentos abstratos na pintura.
Quando a Rússia foi socializada em 1917, os pintores foram obrigados pelo Estado a seguir uma estética figurativa populista, originando o estilo conhecido como Realismo Socialista, que só perderia força com a progressiva liberalização do regime político local no fim do século XX, quando um grupo de artistas do underground iniciou um movimento de contestação das fórmulas da arte oficial e introduziria conceitos contemporâneos na pintura russa, diversificando enormemente seus horizontes.

 

Desporto/Esportes

Maria Sharapova, a atleta feminina mais bem paga do mundo.

Desde já, o país tem uma das maiores federações olímpicas do mundo. O comité olímpico russo conta com inúmeros atletas. Natação, atletismo, judo são apenas alguns exemplos de modalidades olímpicas praticadas na Rússia. Nos Jogos Olímpicos de 2004, a Rússia mandou uma comitiva muito grande arrecadando um total de 92 medalhas (3.º lugar). Dentre os atletas destacados, encontram-se o corredor Yuriy Borzakovskiy, o ciclista Mikhail Ignatyev, a ginasta Alina Kabaeva, o corredor Denis Nijegorodov, a saltadora Svetlana Feofanova, além de uma das principais atletas do país, Yelena Isinbayeva, dona de muitos recordes mundiais no salto com vara. Após a Rússia - ainda no tempo da URSS - ter recebido os Jogos Olímpicos de 1980, outra cidade russa foi escolhida para acolher os jogos: Sochi vai receber os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014.
Dmitry Medvedev com a Seleção da Rússia de Hóquei no Gelo.

O ténis profissional na Rússia, embora grandes atletas se tenham vindo a revelar, é recente. Contudo, a Rússia conta com cerca de dez tenistas olímpicos, como Andrei Cherkasov, Elena Dementieva, Maria Sharapova, Yevgeny Kafelnikov, Anastasia Myskina, Marat Safin, Mikhail Youzhny, Nikolay Davydenko, Svetlana Kuznetsova e a ex-tenista Anna Kournikova. Outro grande destaque é o patinador de gelo mais famoso do mundo, com o maior número de títulos da categoria, Evgeni Plushenko.
O futebol também ocupa uma posição de destaque, graças às equipas que constituem a liga principal de futebol russo; as mais conhecidas são as moscovitas Spartak, o CSKA, o Dínamo de Moscovo, o Lokomotiv, além do FC Zenit São Petersburgo. Em 2006, o campeão da primeira liga russa foi o FC Zenit São Petersburgo. Diversas equipas russas tiveram participação na Taça UEFA e na Liga dos Campeões; o CSKA venceu a Taça UEFA em 2005 e o FC Zenit São Petersburgo em 2008, além de a equipe de São Petersburgo, ter feito história ao levantar a Supercopa da Europa, no mesmo ano.
Em relação às principais competições internacionais entre selecções nacionais, a selecção de futebol da Rússia nunca teve um desempenho muito marcante, embora muito recentemente, no Euro 2008 tenha logrado atingir as meias finais da competição, eliminando a Holanda, tendo sido no entanto derrotada por 3-0 pela selecção detentora do título, a sua congénere espanhola.
Em 2 de dezembro de 2010 o país foi escolhido como sede da Copa do Mundo FIFA de futebol em 2018.

Dias comemorativos 

A tabela que se segue apresenta os dias feriados obrigatórios e oficiais a nível federal. Como cada república tem a sua própria autonomia, estas podem ter os seus próprios feriados.

Feriados
Data Em português Em russo Observações
1 de Janeiro Dia de Ano Novo Новый год .
13 de Janeiro Ano novo "antigo" Старый новый год Calendário Juliano
7 de Janeiro Natal Рождество Христово Ortodoxo
23 de Fevereiro Dia da Defesa Russa День Защитника Отечества Antiga festa do Exército Vermelho
8 de Março Dia da Mulher Международный женский день .
12 de Abril Dia dos Cosmonautas День космонавтики .
1 de Maio Dia do Trabalhador День международной солидарности трудящихся .
9 de Maio Festa da Grande Vitória na Guerra Patriótica День Победы в Великой Отечественной войне Homenagem aos milhões de soviéticos mortos na Segunda Guerra Mundial.
12 de Junho Dia da Independência День Независимости Declaração de soberania nacional da República Socialista Federativa Soviética da Rússia.
4 de Novembro Festa da Unidade Popular День национального единства Еxpulsão das tropas católicas-romanas de Moscou.

    Dados principais

Área: 17.075.400 km²
Capital: Moscou
População:142,9 milhões (Censo de 2010)
Moeda: rublo
Nome Oficial:
Federação Russa (Rossíyskaya Federátsiya).

Nacionalidade: russa
Data Nacional: 12 de junho (Dia da Pátria).
 Brasão de Armas da Rússia


Geografia da Rússia

Localização: uma parte no leste da Europa e outra no norte da Ásia
Fuso Horário:  + 6 horas em relação à Brasília 
Clima da Rússia: subpolar (extremo N), temperado continental (maior parte), de montanha (centro). 
Cidades da Rússia (Principais): Moscou,São Petersburgo, Ninji Novgorov , Novosibirsk, Yekaterinburgo, Rostov-na-Donu, Kasan 
Composição da população: russos 82%, tártaros 4%, ucranianos 3%, chuvaches 1%, outros 10% (1996).
Idiomas: russo (oficial), chuvache, calmuco, chechene
Religião: cristianismo (59,7%), sem religião (25,8%), islamismo (7,6%), ateísmo (5,1%), , outras (1,8%) - dados de 2005
Densidade demográfica: 8,3 hab./km2
Crescimento demográfico: -0,2% ao ano (1995 a 2000).
Taxa de analfabetismo: 0,5% (censo de 2007).
IDH: 0,755 (elevado) - Pnud 2011

Economia da Rússia

Produtos Agrícolas: batata, trigo, cevada, outros cereais.
Pecuáriasuínos, bovinos, ovinos, aves
Mineraçãocobre, minério de ferro níquel, turfa, aluminio, carvão, gás natural, petróleo.
Indústria
alimentícia, máquinas, siderúrgica (ferro e aço), equipamentos de transporte, química.
PIB: US$
2,21 trilhões (estimativa 2010)
PIB per Capita: US$ 10.522 (estimativa 2010)

Relações Internacionais

       Banco Mundial, APEC, CEI, FMI, G-8, ONU

     Ponto Turístico - Catedral de São Basílio
        A Catedral de São Basílio, é uma catedral ortodoxa russa erguida na Praça Vermelha em Moscou, Rússia entre1555 e 1561. Construída sob a ordem de Ivã IV da Rússia, para comemorar a captura de Kazan e Astrakhan, marca o centro geométrico da cidade e o centro do seu crescimento, desde o século XIV. Foi o edifício mais alto de Moscou até a conclusão do Campanário de Ivã, o Grande, em 1600.
O edifício original, conhecido como "Igreja da Trindade" e depois de "Catedral da Trindade", continha oito igrejas laterais dispostas ao redor do edifício central; a décima igreja foi erguida em 1588 sobre o túmulo do santo venerado local Vasily (Basílio). Nos séculos XVI e XVII a catedral, considerada o símbolo terreno da "Cidade Celestial", era popularmente conhecida como "Jerusalém" e serviu como uma alegoria ao Templo de Jerusalém no desfile de Domingo de Ramos com a presença do Patriarca de Moscou e do czar.
O projeto do edifício, em forma de chama de uma fogueira subindo ao céu, não tem análogos no domínio da arquitetura russa: "É como nenhum outro edifício russo. Nada semelhante pode ser encontrado no milênio inteiro da tradição bizantina, do século V ao XV ... um estranhamento que surpreende pela sua imprevisibilidade, complexidade e beleza." A catedral antecipou o clímax da arquitetura nacional da Rússia no século XVII.
A catedral tem operado como uma divisão do Museu Histórico do Estado, desde 1928. Foi completamente secularizada em 1929 e, em 2010, continuou a ser uma propriedade federal da Federação Russa. A catedral é parte do Kremlin e da Praça Vermelha, Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1990.

História

Pertencente à Igreja Ortodoxa Russa, a catedral teve sua construção ordenada pelo Czar Ivan o Terrível para comemorar a conquista de Kazan , que realizou entre 1555 a 1561. Em 1558 o Czar Fiodor Ivanovich ordenou que se agregasse uma nova capela no lado leste da construção, sobre a tumba de São Basílio o Bendito, santo por cujo nome foi chamada popularmente a catedral.
São Basílio se encontra no extremo sudeste da Praça Vermelha, justamente à frente da Torre Spasskaya do Kremlin. Não sendo muito grande, consiste de 9 pequenas capelas construídas.
Num jardim à frente a igreja há um estátua de bronze, erguida em honra a Dmitry Pozharsky e Kuzma Minin que reuniram voluntários para o exército que lutou contra os invasores polacos durante o período conhecido como Tempos de Dificuldades.
O conceito inicial era construir um grupo de capelas, cada uma dedicada a cada um dos santos em cujo dia o Czar ganhou uma batalha, mas a construção de uma torre central unifica estes espaços em uma só catedral. A lenda fala que o Czar Ivan deixou cego o arquitecto Postnik Yakovlev, para evitar que construísse uma construção mais magnífica para mais alguém.
A Catedral de São Basílio não deve ser confundida com o Kremlin de Moscovo , que está situado na Praça Vermelha, mesmo local onde a Catedral de São Basílio está situada.